Evento chega na reta final na praia Mole

Peterson Rosa - Onbongo Pro Surfing 2003

Praia cheia para as fases finais do evento. Foto: Ricardo Macario.
Num sábado finalmente ensolarado em Florianópolis aconteceu a tão aguardada estréia dos cabeças-de-chave do Onbongo Pro Surfing 2003, última etapa da perna brasileira do circuito mundial, na praia Mole.

 

Um grande público compareceu para prestigiar os melhores do mundo mostrando um show de surf na praia mais badalada de Floripa, que apresentou boas ondas de até 1,5 metros com boa formação.

 

Os líderes do ranking Neco Padaratz e o aussie Trent Munro conseguiram se classificar para as oitavas-de-final e acirram a disputa pelo título mundial do World Qualifying Series (WQS) 2003. Uma vitória nesta etapa vale 2.500 pontos e US$ 15 mil da premiação total de US$ 125 mil oferecida no penúltimo evento de nível máximo 6 estrelas da temporada.

 

A competição reinicia às 9:30 horas com as baterias restantes das oitavas-de-final, com a final prevista para começar às 14 horas. A previsão do swell indica que o domingo ainda terá boas ondas, talvez um pouco menores que o sábado.

 

Neco Padaratz surfou bem e continua na briga pelo título do Onbongo Pro Surfing 2003. Foto: Ricardo Macario.
Assim como Munro, que passou atrás do também australiano Shaun Gossmann, o catarinense Neco Padaratz não teve um caminho fácil para conseguir uma vaga nas oitavas, ficando em segundo lugar na bateria vencida pelo gaúcho radicado em Florianópolis, Ricardo Azevedo.

 

“Foi uma disputa complicada. As ondas estão boas, mas muito criticas. Está bom para pegar onda, porém bem complicado para competir, porque tem muito volume de água e tira bastante o gás da gente. Graças à Deus, no final eu consegui uma boa onda para garantir a classificação”, falou Neco Padaratz, que contou com total apoio da torcida.

 

“Vai ser cansativo, mas estou preparado para isso e que Deus me ajude para que o meu pé (direito) melhore, porque dei uma topada ali que está doendo. Hoje tivemos um dia maravilhoso, com a praia lotada, tem altas ondas e só espero que amanhã tudo isso se repita e que eu possa continuar avançando até a final”, disse Neco Padaratz, principal atleta da equipe Onbongo.

 

A praia Mole é conhecida pelas belas mulheres que costumam lotar suas areias nos dias de sol. Foto: Ricardo Macario.
Apesar da muito festejada classificação do líder do ranking Neco Padaratz, o Brasil sofreu algumas baixas inesperadas na sexta fase. O paulista Renan Rocha e os potiguares Marcelo Nunes e Danilo Costa, que estavam na briga direta pelas últimas vagas na lista dos 15 surfistas que o WQS indica para completar a elite mundial do WCT, acabaram eliminados logo em suas estréias na competição.

 

O baiano Armando Daltro espera repetir a boa atuação do ano passado no evento, quando carimbou o passaporte para disputar o WCT neste ano. “Foi difícil pra caramba. A primeira bateria é sempre muito nervosa e demorei muito para fazer minha primeira onda boa. O Dornelles (Rodrigo) saiu na frente, mas graças à Deus eu consegui achar duas esquerdas boas para me classificar”,  contou Mandinho.

 

“No ano passado estava bem mais fácil, porque eu já cheguei aqui no Brasil na lista dos 15 e eu só mantive o meu posto aqui. Agora, estou na 27a posição e preciso de um excelente resultado para poder aparecer entre os 15 que se classificam para o WCT. Mas, a gente sempre vem mais confiante para um evento que você já conseguiu ir bem”, falou Daltro.

 

Peterson Rosa busca um bom resultado para se manter na elite mundial do WCT em 2004. Foto: Ricardo Macario.
Já o tricampeão brasileiro Peterson Rosa, um dos melhores brasileiros no Onbongo Pro Surfing de 2002, dividindo a quinta colocação com Daltro, estreou bem, com vitória sobre o inglês Russel Winter e o americano Dane Reynolds, com Raoni Monteiro em segundo.

 

“Comecei bem e espero que continue dando ondas. Hoje (sábado), o dia está lindo com altas ondas aqui na Praia Mole e eu preciso de um bom resultado, já que estou numa zona perigosa no WCT, em 26o lugar no ranking, e também estou fora dos 15 do WQS. Meu objetivo é sair daqui já classificado para não depender de resultado no Hawaii, onde eu nunca sou bem recebido e sempre enfrento problemas com os locais lá. Em 10 anos de WCT, esta é a primeira vez que me encontro nesta situação delicada, mas vou para lá encarar tudo de novo e com certeza vou ter energia e força para dar a volta por cima”, prometeu Peterson.   

 

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