O título de capital catarinense do surfe confirma a relação de Garopaba (SC) com o esporte que tornou a cidade mundialmente famosa. Uma homenagem merecida ao lugar com belas praias, ondas perfeitas e palco de campeonatos históricos que ajudaram a profissionalizar o surfe no Brasil.
O cenário não poderia ser melhor para a realização de um circuito diferenciado como o Silverbay Garopabense de Surf 2017. A variedade e qualidade das ondas fazem de Garopaba (em Guarani, YGARA PABA, ou “enseada das canoas”) um lugar singular no litoral brasileiro.
Será a segunda edição deste circuito, que acontece no próximo fim de semana (18 e 19/3). As previsões indicam a chegada de boas ondas para a competição, e a direção de prova aguarda o melhor lugar para definir o local da prova.
O passado mostra a forte ligação da cidade com o desenvolvimento do surfe em Santa Catarina e no Brasil. A década de 80 foi de descoberta para cariocas, gaúchos e paulistas, que viajavam quilômetros atrás de ondas perfeitas e diversão, colocando de vez Garopaba na rota das “surfe trips” no país.
“Foi um elo que uniu o surfe a Garopaba que acabou rendendo o título de capital do surfe de Santa Catarina em 2003. A diretoria da ASG na época (Associação de Surf de Garopaba) recebeu essa homenagem e contou com a presença dos surfistas garopabenses na Assembleia Legislativa de Santa Catarina”, relembrou Nelson Mitke, atual presidente da ASG.
Inscrições abertas – As inscrições estão abertas e podem ser feitas diretamente com a Fecasurf, ou em depósito na conta do Banco do Brasil, Agência: 5201-9, Conta Corrente: 844759-4.
*Para os surfistas catarinenses, é obrigatória a filiação junto a Fecasurf para o circuito em 2017. *Surfistas de outros estados não precisam estar filiados a Fecasurf para competir no circuito.
Talentos de Garopaba – Roni Ronaldo foi o primeiro surfista da região a ganhar notoriedade nas competições. O popular “Galego” foi um dos responsáveis em divulgar o nome de Garopaba para todo o Brasil e para o Mundo.
Fellipe Ximenes, Yuri Gonçalves (campeão catarinense profissional de 2012) e Marco Giorgi vieram na sequência, mantendo a tradição da cidade em revelar excelentes surfistas e competidores.
Eventos que entraram pra história – A década de 80 foi crucial para a consolidação de Garopaba como uma das “surf cities” mais badaladas do país. Muito se deve aos campeonatos que tiveram repercussão internacional, como o intercâmbio Brasil x EUA (1986/1987), realizado na praia do Silveira.
Em 1988, a cidade entrou de vez na rota dos grandes eventos, com a realização do Mormaii Surf Pro, válido pelo novo circuito brasileiro profissional da ABRASP na época.
O campeonato começou na praia da Ferrugem e foi finalizado no Silveira em condições épicas. Séries com 12 pés revelaram o potencial das ondas no Sul do Brasil, confirmando a vocação da cidade para o surfe.
No decorrer dos anos, Garopaba recebeu etapas do Super Trials, Brasil Tour e Super Surf da ABRASP (Associação Brasileira de Surf Profissional), além dos Pro Juniores, Circuito Catarinense de Surf Profissional e um dia de CT, em 2003 na Silveira.