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Expedição Auêra Auára de SUP – Dia 02

Expedição Auêra Auára de SUP. Foto: Denis Sarmanho / Crowd.net

Nesta quarta-feira os membros da Expedição Auêra Auára de SUP contaram com a presença de uma equipe de reportagem da Rede Globo de Televisão que acompanhou o dia de aventuras da equipe.

Às 5h00, enquanto os preparativos para a aventura eram providenciados, Noélio Sobrinho, presidente da ABRASPO (Associação Brasileira de Surf na Pororoca), explicou ao repórter a importância que o trabalho desenvolvido pela entidade está trazendo a regiões atingidas pela Pororca. Noélio contou que essas regiões, antes praticamente isoladas, viam a onda como uma maldição, no entanto, como trabalho da ABRASPO, ao longo de dez anos fomentando o turismo nessas áreas, contriuiu para o investimento de infra estrutura a pequenas comunidades ribeirinhas, como luz elétrica e melhoramento de estradas. 

“Antes as pessoas tinham medo da Pororoca. Viam a onda como um inimigo. Mas ou longo desses anos em que trabalhamos realizando eventos, trazendo equipes de televisão e organizando viagens, fomos mostrando à comunidade e aos governantes o potencial que a Pororoca tem pra atrair o turismo e assim atraindo investimentos para essa região. Hoje essas pessoas entenderam que podemos juntar forças com a natureza ao invés de batermos de frente com ela”, disse Noélio durante entrevista, antes do grupo partir para seu destino.

No caminho, uma surpresa. A ponte que dava acesso à única estrada que levava ao quartel general da ABRASPO, onde os jet skis e a lancha estavam guardados, estava parcialmente quebrada, o que levou a expedição a se aglomerar nos carros menores, deixando a pickup SUP que trazia parte dos mantimentos estacionada antes da ponte. Em meio a muita adrenalina os carros passaram a ponte e a equipe seguiu viagem.

Cerca de quarenta minutos depois, todos estavam a postos, a caminho do surfe. Com as bancadas de ontem já mapeadas, foi mais fácil se posicionar esperando pela onda. E após uma breve espera em um banco de areia no meio do rio Mearim, surge a pororoca. Rapidamente todos se posicionar em suas respectivas embarcações perseguindo a onda que se formava, esperando o momento certo para pular na água. Mas a pequena parede que se formou, em meio a muita espuma, não instigou ninguém a se arriscar e a equipe seguiu perseguindo a onda esperando que ela alacançasse melhor formação em uma outra bancada mais à frente.

Nesse momento Marcelo Bibita e Noélio Sobrinho orientaram as embarcações para seguirem no sentido rio Pindaré, que por ser mais estreito e mais raso provavelmente iria potencializar a pororoca que se ramifica entre os rios da região.

E foi o que aconteceu. Logo na entrada do rio, a onda se formava novamente, com uma parede maior e mais manobrável. Assim, Roberto Vicentin se jogou na água enquanto a equipe de TV registrava as imagens. Todo o restante da equipe se jogou na sequência para surfar a onda, mas quem conseguiu se manter por mais tempo foi Vicentin.

Nessa hora a equipe se dividiu. Enquanto um jet ski, juntamente com a voadeira que leva os reporteres seguia Vicentin, a outra metade da equipe preferiu agurdar na boca do rio, pois no dia anterior uma pororoca bem maior avia sido avistada nessa área onde orio forma um gargalo, muito raso nas margens, oque empurra a pororoca para cima, fazendo a onda aumentar muito de tamanho.

O grupo era formado por Marcelo Bibita, Luciano Meneghello, Flavio Ramalho, Fabiano Tissot, Vinicius Cabocão e Jerônimo “Minhoca” Junior. Eles não precisaram esperar muito, pois de repente, surgiu no horizonte, colada à margem esquerda do rio, outra onda – de fato, bem maior. Todos se posicionaram, cada uma a sua maneira, enquanto a onda se aproximava, com sólidos seis pés de face, a toda velocidade, fazendo um barulho ameaçador. A adrenalina vai a mil nessas horas e a onda varreu quase todo o grupo. 

Luciano Meneghello despencou do lip da onda, completando um drop no limite e disparou a toda velocidade. Flávio Ramalho, que estava mais próximo da espuma não teve a mesma sorte e foi engolido. Vicius Cabocão e Marcelo Bibita não conseguiram entrar na onda, enquanto Fabiano Tissot, foi mais feliz e conseguiu surfar alguns metros, mas ao tentar uma manobra mais aberta, não conseguiu retornar à parede, uma vez que a correteza contrária era muito forte. Enquanto isso, Jerônimo “Minhoca” surfava a direita, na mesma onda, um pouco menor do que a esquer mas muito perfeita. Luciano seguiu surfando até ser perigosamente pressionando pela espuma a seguir em direção à margem e após ultrapassar uma árvore que estava muito próxima, boiando na água, foi obrigado a sair da onda, se prevenindo assim de uma colisão com a margem ou com troncos boiando.

Após a adrenalina baixar, o grupo se reuniu e seguiu em direção ao restante da equipe. Lá na frente, o grupo surfava a primeira pororoca, que se desnvolvia em uma parede perfeita com cerca de um metro. Novamente todos surfaram a onda, mas foi Noélio Sobrinho quem conseguiu se manter por mais tempo, fazendo a alegria do câmera da TV Globo, que registrava o momento.

Amanhã é o último dia da expedição, e o grupo pretende encontrar novamente a onda da entrada do rio Pindaré, dessa vez com a câmera a postos, pois vale o registro!

Auêra Auara!

 

 

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