No último sábado, Fábio Fabuloso foi consagrado no reformado Cine Odeon. Foto: Juninho. |
Jamais houve um filme de surf feito no Brasil com tantos ingredientes da cultura nacional.
A direção aposta numa simbologia brazuca, unindo arte e literatura de cordel, poesia e tecno-baião numa narrativa única, carregada com sotaque nordestino para caracterizar de uma maneira muito cativante tudo o que Fabinho representa como o surfista que domina a “linha” da onda.
Depois de estrear no Festival no sábado
Ricardo Bocão na sala do Centro Cultural da Justiça Federal. Foto: Juninho. |
A trajetória de Fabinho, marcada por grandes conquistas como o Mundial de Porto Rico em 88, primeiro título internacional conquistado por um surfista brasileiro, é percorrida por intermédio de muitas imagens de arquivo do próprio surfista.
É bacana ver valorizado esse tipo de material, afinal trata-se de um documentário. Mesmo assim, não é aquele tipo de documentário
Ricardo Bocão, Rick e Laíla Werneck e família na exibição de ontem. Foto: Juninho. |
Apesar da brasilidade explícita, o filme passa longe do manifesto nacionalista. Afinal, há vários depoimentos de personalidades do surfe internacional, como o ex-campeão mundial Martin Potter e o fotógrafo Paul Sargeant, admirados pela influência mais natural do gênio Tom Curren.
“Fábio Fabuloso” é um marco na cinematografia de surfe no Brasil. Não só pela roupagem verde-amarela, mas principalmente pelas doses exatas de brasilidade que compõem e dão unidade e identidade ao filme, “Fábio Fabuloso” é uma prova concreta de que é possível viajar em cima de nossa cultura, apesar de todo o lifestyle importado que o surf adota.
Depoimentos
“A pura arte” – Binho Nunes (Free surfer)
“O mais criativo filme de surf que eu já vi” – Bruno Wainer (Lumière)
“Um dos caras mais legais que eu conheço” – Kelly Slater (Top WCT)
“Ele é um cara especial” – Martin Potter (ex-WCT)
“A linha de surf mais limpa já executada” – Rob Page (ex-WCT)
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Nota da Redação Fábio Fabuloso está em exibição no Festival do Rio de Janeiro e entra em cartaz nos cinemas a partir de novembro.
Ficha Técnica – Fábio Fabuloso
Direção – Pedro Cezar, Ricardo Bocão e Antônio Ricardo
Roteiro – Pedro Cezar
Produtor-Executivo – Álfio Lagnado
Fotografia – Anita Teixeira
Montagem – Julio Adler e Pedro Cezar
Diretor de Arte – Marcelus Viana e Gustavo Bomba
Trilha Sonora – Marcos Cunha
Distribuição – Lumière
Patrocínio – Nova Schin e Oi
Apoio – Fluir e Waves.Terra
Realização – Hang Loose