Fábio Fabuloso dropa nas telonas

Fábio Gouveia passou a bateria surfando altos tubos

Fábio Gouveia é o primeiro surfista brazuca a ter sua história contada nos cinemas. Foto: Nilton Santos / Divulgação Super Surf.

Fábio Fabuloso é o primeiro filme que conta a história de um surfista brasileiro com estréia marcada nos cinemas das principais capitais brasileiras.

 

A data ainda não foi definida, mas a previsão é que o lançamento ocorra em novembro.

 

O filme conta de forma bem humorada, em tom de fábula, a trajetória do paraibano Fábio Gouveia, considerado um dos maiores surfistas brasileiros de todos os tempos.
  
A produção reúne muito surf e registro dos momentos mais importantes de sua carreira, e também m
ostra o lado mais íntimo e familiar do surfista, evidenciando toda a

Ricardo Bocão e Fábio Gouveia reuniram imagens para a produção. Foto: Divulgação.
singularidade e o carisma desse ídolo do esporte nacional.

 

O projeto é uma parceria da Hang Loose, patrocinadora de Fabinho, e as empresas Woohoo Videofilmes e Artezanato Eletrônico. 

 

O documentário foi produzido por Ricardo Bocão, Antônio Ricardo e Pepê Cezar, responsáveis pelo conteúdo do vídeo, além de participações de nomes como Julio Adler, Bruno Bocaiúva, Eugênio Sarmento, Marcelo Vianna, entre outras. Fábio Fabuloso tem duração de 70 minutos e censura livre.

 

Confira abaixo a entrevista com Fábio Gouveia, em que ele fala sobre o lançamento do filme e

Além do talento, Gouveia é dono de um carisma singular. Foto: Chico Padilha.

suas expectativas.

 

Como se sente sendo o primeiro surfista brasileiro a ter sua história contada nas telas dos cinemas?

 

Fico muito amarradão, é um presente que não tenho como agradecer. O Brasil é um país muito carente na produção de vídeos de surf. Espero que este filme dê força para que as outras empresas façam o mesmo com seus atletas.

 

As marcas no Brasil não fazem este tipo de trabalho. São poucas as empresas que cresceram com seus atletas, como aconteceu comigo e a Hang Loose. Temos uma parceria de 16 anos e, hoje, eles podem contar minha biografia, que está totalmente ligada à marca.

 

Atualmente, as marcas criam vínculo de dois anos, no máximo três, o que é muito triste. No exterior, as grandes empresas investem nos atletas durante boa parte da carreira, pois depois eles tornam-se referências e depois ainda trabalham em outros setores das empresas.

 

Aqui no Brasil, as marcas não sabem lidar com as fases pelas quais os atletas passam. Na primeira fase ruim, o surfista já e cortado da equipe. Todos têm más fases e as empresas no Brasil não esperam os competidores levantar depois da primeira queda.

 

Como surgiu a idéia de preparar um filme sobre você? 

 

Em 89, adquiri uma câmera e depois que casei minha esposa constantemente me filmava, o que resultou em um arquivo muito grande. Já havia visto alguns filmes do Pepê Cezar e me identificava muito com seu estilo.

 

Um dia liguei para ele e contei que tinha muitas imagens, que queria fazer um filme, mas ele estava superocupado com outros projetos e não pudemos colocar a idéia em prática naquele momento. Eu não queria dinheiro, nada, só divulgar as imagens.

 

O Bocão nos acompanhava no circuito mundial e também tem muito material. Sempre conversávamos sobre o assunto, tínhamos novas idéias. Como o Bocão também conhece o Álfio (Lagnado, proprietário da Hang Loose), eles conversaram sobre isso e acabaram juntando todo o pessoal. O filme começou a sair sem eu saber.

 

De quem foi a sugestão de batizar o filme com o nome “Fábio Fabuloso” e contar a história no formato de uma fábula?

 

Os locutores dos campeonatos australianos sempre brincaram comigo e com o Teco (Flávio Padaratz), trocando nossos nomes. Eu tinha uma imagem gravada, bem no momento em que eles falavam: “Fábio fabulous, Flaying Flávio”. Aí, o Bocão pegou o gancho para o nome, mas a idéia de contar no formato de fábula foi do Pepê.

 

O que as pessoas poderão conferir no filme?

 

Uma coisa bem diferente, pois não tem as características normais de um filme de surf. É um documentário sobre minha carreira, mas também tem imagem de outros atletas, que se relacionaram comigo durante todos estes anos. Bem como bastidores, imagens antigas, com a família e também enfoque em caras que são ídolos para mim, como o Tom Curren. Enfim, é um filme muito bem trabalhado, em que as pessoas envolvidas realmente se dedicaram totalmente.

 

Como está sua expectativa em relação ao lançamento?

 

Estou louco para que saía logo, pois começamos a prepará-lo no início de 2003. Minha expectativa é de que as pessoas gostem e que gere novos vídeos no Brasil. A molecada vendo filmes com atletas estrangeiros, cria ídolos internacionais.

 

Quero que este filme alavanque o mercado nacional e incentive as outras marcas a fazerem o mesmo com seus atletas. É preciso que os atletas de destaque no momento sejam os ídolos da nova geração. Alguns gringos tornam-se ídolos pela divulgação que obtém das marcas, e nem tanto pelo surf.

 

Ficha Técnica – Fábio Fabuloso


Diretor – Pedro Cezar, Ricardo Bocão e Antônio Ricardo
Roteiro – Pedro Cezar
Produtor Executivo – Álfio Lagnado
Fotografia – Anita Teixeira
Montagem – Julio Adler e Pedro Cezar
Diretor de Arte – Marcelus Viana e Gustavo Bomba
Trilha Sonora – Marcos Cunha

Distribuição – Lumière

Patrocínio – Nova Schin e Oi

Apoio – Fluir e Waves.Terra
 
 

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