MF Surfboards

Fanning na onda da soft

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Quem gosta de alta performance pode torcer o nariz para essa ideia, mas a verdade é que as soft boards, ou soft top, estão fazendo sucesso. Tanto que Mick Fanning deve lançar, ainda em setembro, os seus modelos MF Soft Boards.

 

Muitas empresas já tentaram emplacar pranchas de espuma que se comportassem como pranchas normais, feitas com aquele tipo de material dos bodyboards. Nunca deu muito certo, mesmo produzindo modelos com fundo mais rígido. Essas pranchas apresentavam shape tosquinho, eram muito flexíveis, com quilhas de plástico mole, para piorar. Jamie O’Brien deu seu showzinho com algumas delas, mais por pura papagaiada.

 

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Fanning testa o modelo Little Marley nas ondas de Snapper Rocks. Foto: Divulgação.

 

Porém, o último verão na Califórnia mostrou que hoje há muita gente nem aí com performance e / ou prefere que seus filhos comecem com algo mais seguro do que uma prancha normal. Sim, as soft boards caíram no gosto de muita gente e venderam razoavelmente bem, inclusive em grandes redes de supermercados.

 

Enquanto isso, na Austrália, Fanning, por acaso e conta de seu amigo Mark Mathews, esbarrou num projeto que já estava em andamento. Testou as pranchas e gostou. Foi convidado a entrar no negócio. Começaram a desenvolver protótipos com a galera que trabalha em Epoxy para Haydenshapes e Chilli e chegaram a três modelos que, segundo Mick declarou, funcionam tão bem quanto pranchas normais.

 

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Em 1980, surgiram pranchas com materiais mais rígidos no bottom, na tentativa de melhorar a performance, mas não funcionou tão bem. Em 1997, as Sorftops, da Surftech, retomaram o conceito. Foto: Divulgação.

 

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A ideia veio dos bodyboards, criados em 1973. Tom Morey e Mike Doyle criaram as primeiras pranchas soft de surfe, com longarina de fibra, em 1976, na Califórnia. Foto: Divulgação.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Bom, como sugeriram e ele topou, as pranchas agora levam seu nome e, pelo que mostra o vídeo, ele talvez esteja exagerando um pouco quando fala de performance.

 

De todo jeito, as pranchas parecem bem divertidas. O shape dos modelos é interessante, mais apurado, com fundo mais bem trabalhado do que o que havia no mercado. As quilhas rígidas, com encaixe da FCS, deram um upgrade no conceito e, quem sabe, eles não tenham atingido o ponto certo para que aquele pai, na dúvida da segurança e bolso, não opte por uma dessas antes de dar a seus filhos uma mais afiada.