Gustavo Fernandes, campeão carioca de 2008, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ). Foto: Pedro Monteiro / Fotocom.net.

O ano de 2008 vai ficar na memória do surfista Gustavo Fernandes por muito tempo. Depois de garantir o título nacional em setembro, Guga voltou às ondas da Barra da Tijuca e conquistou neste domingo o bicampeonato estadual ao disputar a final e terminar em quarto na terceira e última etapa do Circuito Vivo de Surf Profissional, neste domingo, na Barra da Tijuca.

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O título da etapa ficou com o carioca Pedro Henrique, que na decisão deixou ainda o paulista Diego Santos em segundo e o baiano radicado no Rio Léo Hereda em terceiro. Pela conquista, Pedrinho recebeu o prêmio de R$ 8 mil, além de 2000 pontos no ranking estadual e 750 para o ranking do Brasil Tour, a divisão de aceso do surfe nacional.
 
?Este foi um ano especial para mim. Estou muito feliz por mais uma vez poder comemorar um título em casa, junto da minha família?, disse Guga Fernandes, que em setembro conquistou o título brasileiro nas mesmas ondas da Barra da Tijuca.
 
Como Gustavo Fernandes, campeão, e Jorge Spanner, vice-campeão estadual, já estavam garantidos no Supersurf, o veterano Victor Ribas, que venceu a primeira etapa do Circuito Vivo, no Arpoador, mas não foi bem na Barra, ficou em terceiro lugar e com a vaga destinada ao melhor do ranking carioca na elite nacional de surfe.
 
Depois de um sábado sem competições por falta de ondas, a última etapa foi disputada com boas condições e ondas de cerca de um metro. Na final, Pedro Henrique garantiu o título em sua última onda, com um aéreo impressionante quando faltavam cerca de quatro minutos para o término da bateria. Pedrinho voou e saiu da água, aguardando a divulgação de sua nota 9, que lhe garantiu o título. De certa forma, Pedrinho se vingou de Diego Santos, que na final do Rio Surf Pro, em Grumari, ficara com o primeiro lugar, deixando o carioca com a segunda colocação. Após chegar perto do título em várias competições, Pedrinho finalmente pôde subir ao lugar mais alto do pódio:
 
?Quando veio aquela onda, eu fui para o tudo ou nada. Nem estava preocupado com a nota que eu precisava tirar, queria era completar a manobra. Trabalhei e estou trabalhando muito duro neste ano e graças a Deus o resultado veio. Garanti minha vaga no Supersurf, mas quero mesmo é voltar ao WCT. Acredito que com um quinto lugar no Havaí eu consiga meu objetivo?, disse o surfista, que embarcou ontem mesmo para o Havaí.
 
Na primeira semifinal, Léo Hereda abusou dos aéreos para garantir o primeiro lugar, deixando Guga com a segunda vaga. O baiano Dennis Thiara e o paulista Ricardo Ferreira terminaram em terceiro e quarto respectivamente, dando adeus à competição.  A segunda bateria foi eletrizante. Pedro Henrique saiu na frente, enquanto Diego Santos, Hizunome Bettero e Simão Romão lutavam pela segunda vaga. Porém, quase no final, Diego Santos e Hizunome passaram para primeiro e segundo lugares. Pedrinho conseguiu se recuperar numa de suas últimas ondas e ficou em segundo, atrás de Diego Santos.
 
Na premiação, mais um pouco de emoção com os alunos do Instituto Benjamin Constant, que foram ao pódio receber os troféus no pódio. O campeão foi Julio ?Cego Slater? Cesar, seguido por Ana Carla, Ericksson e Tamires.
 
O domingo foi de muita correria no Circuito Vivo de Surfe Profissional, na Barra da Tijuca. Por falta de ondas tanto na tarde de sexta-feira quanto no sábado, a competição sofreu um atraso muito grande, pois a organização decidiu apostar suas fichas na melhora das condições no domingo. E a aposta foi acertada. A Barra amanheceu com ondas de cerca de um metro, com boa formação, para a alegria de todos, principalmente os surfistas, que puderam mostrar o seu talento.

Gabriel Pastori, um dos pouco que tinha entrado na água no primeiro dia de disputas, na sexta-feira, também comemorou a chegada das ondas:
 
?Atitude de segurar o campeonato foi um pouco arriscada, mas se mostrou inteligente. Graças a Deus, o mar deu uma reagida e está sendo bom para todo mundo, tanto para os atletas quanto para a comissão técnica. Todo mundo está de parabéns pela decisão?, disse Pastori, um dos grandes nomes da nova geração carioca.
 
Resultado

1 Pedro Henrique (RJ)
2 Diego Santos (SP)
3 Léo Hereda (BA)
4 Gustavo Fernandes
5 Ricardo Ferreira (SP)
5 Hizunome Bettero (SP)
7 Simão Romão (RJ)
7 Dennis Thiara (BA)
9 Léo Trigo (RJ)
9 Flávio Nakagima (SP)
9 Felipe Martins (CE)
9 Wilson Nora (BA)
13 Jano Belo (PB)
13 Gabriel Pastori (RJ)
13 Yan Guimarães (RJ)
13 Eduardo Rol Lins (RJ)