Festival é atração em Santos

Picuruta Salazar, Santos Surf Festival 2006, Quebra-Mar, Santos (SP)

Picuruta Salazar marca presença no Santos Surf Festival 2007. Foto: Ivan Storti.

O 3º Santos Surf Festival tem início neste domingo (dia 21), com a solenidade de abertura no Quebra-Mar.

O início do evento coincide com o Dia Municipal do Surf, criado pela Lei nº 2.172, de autoria do vereador Fábio Nunes, o Fabião, por todo o envolvimento histórico e cultural que a modalidade proporciona.

Com a participação da Banda da Polícia Militar, a programação terá início às 10 horas, junto à estrutura montada no local, que abrigará, entre outras atrações, o Museu do Surf.


Logo após a cerimônia oficial, o público poderá conferir um show de manobras radicais nos pranchões com a Expression Session, disputa sem regras valendo o melhor ?bico?, a melhor ?batida? e uma terceira manobra surpresa.

Todos os inscritos no campeonato podem participar. ?Já vamos começar com uma festa do esporte, os atletas competindo de forma descontraída?, comentou Diniz Iozzi, o Pardhal, idealizador do Santos Surf Festival, que segue até o outro domingo (dia 28).


Em paralelo, o público poderá conferir o Museu do Surf, com acesso grátis, contendo um acervo de 150 pranchas, que contam toda a evolução do esporte. Há, também, o Cine Surf, apresentando filmes sobre o assunto.

Já na segunda-feira, a programação contará com o início do Campeonato, com R$ 5 mil de premiação. Outro grande momento do evento será a homenagem aos pioneiros da modalidade, segunda-feira, às 17h30, no Salão Esmeraldo Tarquínio, no Paço Municipal.


Miguel Sealy, conhecido no meio do surf como o Miguel Alemão, Armando ?Nando? Gouveia, Marcelo Pardal, Luiz Carlos Frigério e Pitito (in memorian) receberão do prefeito João Paulo Tavares Papa uma placa alusiva ao Dia do Surf. Eles foram escolhidos por criar o ?Big Kahuna?, o primeiro surf club do Brasil, na década de 60.


?Como nos dois anos anteriores, será um momento de emoção, de resgatar a história e cultura desse esporte, apresentando ao público aqueles que trilharam o início de uma trajetória?, afirma Pardhal.

Segundo ele, o Santos Surf Festival tem a proposta de reverenciar todas as pessoas que, de alguma forma, contribuíram para que o esporte evoluísse. ?A Cidade tem muitos talentos. Começamos com aqueles que surfaram as primeiras ondas em Santos, no Brasil e estamos avançando?, explicou Pardhal.


Na década de 30, Thomas Rittscher e sua irmã Margot (ainda vivos) e os amigos Osmar Gonçalves, Silvio Malzoni e João Roberto Suplicy Haffers deslizaram em pé sobre as ondas perto do Canal 3.


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Diniz Iozzi, o “Pardhal”, é o idealizador do evento. Foto: Ader Oliveira.

A Cidade sempre esteve ligada ao Surf e seu maior representante, sem dúvida, é Picuruta Salazar, um dos maiores surfistas de todos os tempos e, aos 46 anos de idade, ainda dando muito trabalho.

 

Outros competidores também fizeram história. Amaury Piu Pereira também foi um pioneiro, mas em outros tempos.

Junto com dois grandes ídolos do esporte, Fabinho Gouveia e Teco Padaratz, ele desbravou o Circuito Mundial Profissional, no início da década de 90. Quem também se destacou na elite mundial foi Renato Wanderley.

Outros exemplos são Almir Salazar, Jair de Oliveira, que fizeram seus nomes como grandes campeões paulistas. Além de competidores, Santos destacou muitos profissionais. Marcos Bukão, um engenheiro surfista, hoje comanda a parte técnica do ISA World Games em qualquer canto do planeta. Até mesmo para a China, ele já foi, para avaliar o potencial daquele país para um campeonato.

Além dele, a organização de eventos conta com o próprio Pardhal e Silvio da Silva, o Silvério, presidente da Federação Paulista e que meteu as caras na informática e hoje tem um sistema de computação utilizado em outros países. A nova geração conta com Marcos Quito, que hoje está nos bastidores, mas já representou muito bem Santos nas ondas, sendo vice-campeão pan-americano.


Há, ainda, juízes com experiência internacional como os irmãos Sérgio e José Cláudio Gadelha, Mauro Rabellé, e até mesmo locutores, como Paulo Issa. Na área empresarial, há marcas fortes, como AntiQueda e Natural Art; lojas que vivem o surf, como a SurfStore, Sthill, Hot Water e Hawaii Surf Point; shapers como os irmãos Sylvio e Adriano Oliveira, o Tico e o Teco, da Silver Surf, ganhando até o mercado norte-americano, e Beto Loureiro, da Ripwave, há muito tempo entre os tops do mercado.


O surf também produziu artistas, como Marcelo Costa, o Macarrão, que com canetas hidrográficas, cria obras em pranchas. O 3º Santos Surf Festival tem o patrocínio da Prefeitura Municipal de Santos, com os co-patrocínios de VI Fiberglass, Surfstore, Sthill, Hot Water e Hawaii Surf Point. Apoios de Silver Surf, Ripwave e Natural Art. Homologação da Federação Paulista de Surf e da Associação Santos de Surf e divulgação da FMA Notícias.

 

Polícia Militar em destaque – Como no ano passado, a Polícia Militar terá destaque no Santos Surf Festival. Nesta segunda-feira, são esperados 70 policiais militares, além de bombeiros do 17º GB, que conhecerão de perto a estrutura de uma competição de surf, além das outras atrações no Dia do Surfista PM.

O comandante do 6º BPMI, tenente coronel Sérgio Del Bel Júnior e o comandante do CPI6, tenente coronel Geraldi, estarão presentes, prestigiando a programação.


A organização do Festival prestará uma homenagem ao 6º BPMI, pelo serviço prestado à comunidade, em especial na região do Quebra-Mar. ?É um trabalho excelente e que está tornando o local cada vez mais adequado ao lazer da população que freqüenta a orla?, afirmou Diniz Iozzi.

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