Arnette Pro Junior

Filipe salva a pátria

Filipe Toledo, Arnette Pro Junior 2011, Arpoador, Rio de Janeiro (RJ)

 

Filipe Toledo segue vivo na briga pelo caneco do evento. Foto: Aleko Stergiou.
Jack Freestone completa aéreo nervoso e faz a maior nota do dia. Foto: Aleko Stergiou.

Oito das 16 baterias da terceira fase da categoria Masculino foram disputadas nesta quinta-feira e dos sete brasileiros que caíram na água, Filipe Toledo foi o único que avançou à quarta fase do Quiksilver apresenta Arnette ASP World Junior Championship 2011 no Arpoador, Rio de Janeiro (RJ).

 

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Na terceira bateria do dia, o principal expoente da nova geração ubatubense encarou Medi Veminardi, atleta das Ilhas Reunião, e mandou muito bem. Atual campeão sul-americano e do US Open Pro Junior, Filipinho mesclou rasgadas, batidas, aéreos rodando – sua especialidade – e mandou o francês de volta para casa (15.50 a 14.10).

 

“A temporada tem sido excelente. Vencer o US Open e o sul-americano foi animal. Encontrei uma direita boa logo no começo, consegui encaixar as manobras, finalizar com um aéreo e fazer o high score. A prancha está no pé e vou com tudo em busca do título”, promete Toledo, que finalizou a primeira etapa na 17a posição e precisa de um bom resultado para subir no ranking e entrar na briga pelo caneco do circuito.

 

No primeiro confronto do dia, o brasileiro naturalizado havaiano Kiron Jabour enfrentou Luan Carvalho. Enquanto Jabour apostou nas esquerdas, Carvalho investiu nas direitas, um pouco menores, e nos aéreos. A tática não funcionou e Luan acabou eliminado (14.33 a 11.04).

 

“A bateria foi meio devagar, mas consegui uma nota boa em uma esquerda (8.00), achei aquela direitinha (6.33), mandei duas manobras e passei”, comenta Kiron.

 

O português Frederico Morais e o catarinense Caue Wood caíram no mar na segunda bateria. Com um ataque sólido de backside, repleto de batidas verticais, Morais ditou o ritmo e não deu chances para Wood (15.77 a 10.43).

 

“O mar está difícil, consegui aproveitar bem as ondas que vieram e apesar de ter derrotado o Caue, meu amigo de infância, estou muito feliz por ter passado de fase”, comemora o lusitano local de Caiscais, região do litoral português com altas ondas.

 

O francês Maxime Huscenot e o australiano Matt Banting duelaram na quarta bateria. O aussie escolheu melhor as ondas, virou nos últimos minutos e avançou com placar apertado (16.50 a 16.13). “Dei sorte, consegui achar uma boa onda no final e virei a bateria. Sem dúvida foi uma ótima disputa”, afirma Matt.

 

Na quinta bateria, o australiano Jack Freestone, atual campeão mundial Pro Junior, deu show de surf competitivo e escovou o brasileiro Lucas Silveira por ampla vantagem. 

 

Solto na vala, o aussie exibiu vasto repertório de manobras modernas, arrancou 8.50 pontos ao destruir uma boa esquerda e 9.53 pontos (melhor nota do dia) depois de completar um aéreo rodando na base em uma direita intermediária. O brazuca lutou até o final pela vitória, mas a performance arrasadora do australiano minou qualquer chance de virada (18.13 a 12.46). 

 

“Achei um aéreo que me rendeu aquela onda na casa dos 9.00 pontos. Estou me sentindo bem, totalmente à vontade e espero fazer um bom resultado. Depois de 10 anos, recuperei o título do circuito para a Austrália e pretendo manter ele em casa”, afirma Freestone.

 

Peterson Crisanto, brasileiro melhor colocado na etapa de abertura do circuito (5a posição ao lado de Caio Ibelli), foi para a água no sexto confronto contra Arashi Kato. Os atletas apresentaram um surf moderno e revezaram-se na liderança. 

 

Nitidamente determinado, o japonês destruiu as esquerdas. Petersinho investiu nos aéreos e buscou um high score na rampa de direita do inside. No fim, a escolha de ondas fez a diferença e o brasileiro acabou eliminado.

 

“A bateria foi disputada, o japonês surfou muito bem e infelizmente perdi. Fui bem na primeira etapa na Indonésia e os pontos vão me ajudar no ranking. Não tem nada perdido. Agora é treinar forte para a  decisão na Austrália”, lamenta Crisanto.

 

A sétima bateria marcou mais uma derrota brazuca na etapa. Local do Guarujá (SP), Sidney Guimarães tentou bater de frente com Tanner Hendrickson, mas não se encontrou no outside, passou a maior parte do confronto em combinação e foi eliminado pelo havaiano  (14.34 a 7.87).

 

Local de Saquarema (RJ), Yan Guimarães disputou a última bateria do dia contra Davey Cathels, australiano de North Narrabeen, e se deu mal. Campeão da primeira etapa do circuito e atual líder do ranking, o aussie impressionou a galera na areia. 

 

Com um surf polido e agressivo, atacou as valas de meio metro sem dó e despachou o brasileiro com certa facilidade (15.17 a 8.00). Yan pareceu um pouco pesado para o tamanho das ondas e não conseguiu sequer uma nota acima de 4.07 pontos.

 

Um nova chamada acontece às 7:45 horas desta sexta-feira no Arpex. 

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