Filme sobre Gouveia é a onda do festival

Pedro Cezar, Ricardo Bocão e Antônio Ricardo

Fábio Gouveia brinda com a esposa Elka em Florianópolis o sucesso de Fábio Fabuloso. Foto: Tusino.
Na última quinta-feira, o filme Fábio Fabuloso foi escolhido como melhor documentário pelo jurí popular – composto pelas platéias da Première Brasil, que votavam ao final de cada sessão do Festival de Cinema do Rio.

 

De acordo com Ricardo Bocão, um dos produtores, o prêmio é muito importante, pois o Festival de Cinema do Rio é o maior da América Latina, quinto maior do mundo, reúne mais de 320 filmes e cerca de 1,3 mil pessoas trabalhando em todo o evento.

 

“É importante porque disputamos a premiação com produtores tradicionalíssimos. A gente pirou, pois ganhamos um prêmio cobiçado por todos.

James Santos, Marcelo Preto, Tusino, Gouveia, Binho e Dú comemoram o prêmio em Floripa. Foto: Tusino.

Com esta conquista, o filme passa a contar com uma grife, já tem um prêmio no curriculo”, diz Bocão.

 

“Acho um tremendo mérito termos conseguido contar uma história diferente, de um cara com uma personalidade única, e isto abrirá os olhos das pessoas ‘normais’ para o esporte”, continua Bocão.

 

Bocão atribui o sucesso da produção ao trabalho de toda a equipe, em que segundo ele, cada um se superava a cada momento. “Nossa idéia sempre foi a de fazer um filme diferente. Usamos a escola tradicional, mas queríamos surpreender as pessoas. Acredito que conseguimos, pois é uma história engraçada, interessante e dinâmica”, completa Bocão.

 

Fábio Fabuloso é o responsável pela maior bilheteria do Festival de Cinema do Rio. Foto: Divulgação.

Para o co-produtor Pedro Cezar, o fato de o filme ter sido escolhido pelo júri popular é muito relevante, já que indica a opinião do público, que vota logo após a exibição.

 

“A votação espontânea reflete a opinião de surfistas e não-surfistas. Fizemos um filme tocante para qualquer brasileiro. Este prêmio é uma surpresa, pois o filme ultrapassou nossa proposta inicial e é muito gratificante ver aonde ele está chegando”, comenta Cezar.

 

Pepê atribui o sucesso ao fato de Fabinho ser um brasileiro típico, popular, que fala com todo mundo. “É um filme com muita poesia e acho que todo mundo precisa disso”, analisa Pepê.

 

Pepê Cezar, Ricardo Bocão e Antônio Ricardo recebem o prêmio de melhor documentário. Foto: Site Oficial Festival de Cinema do Rio
O atleta Fábio Gouveia não pôde comparecer à premiação e acompanhou a festa do restaurante japonês Nigiri, em Florianópolis, onde aguardou o resultado ao lado da esposa e amigos, sendo informado minuto-a-minuto sobre tudo o que rolava no Rio.

 

“Foi uma ótima surpresa. Estou muito feliz, pois o filme está indo bem além do que imaginávamos inicialmente. Primeiro, ele só seria lançado em DVD, depois tornou-se viável a idéia de ir para o cinema, o que já é um sonho para mim. Partir para o Festival, e ainda ganhar o prêmio, nem se fala. Estou muito amarradão, principalmente por todos que produziram o documentário”, diz Fabinho.

 

Patrocinador de Fabinho e do filme, Álfio Lagnado, proprietário da Hang Loose, considera a obra uma bela “homenagem” ao atleta. “O filme sobre o Fabinho merece esse prêmio por tudo que ele representa para o surfe brasileiro”, diz o empresário.

 

Segundo ele, a “energia” de Fábio Gouveia uniu toda a equipe durante um ano de “missão” e o resultado foi um filme que “retribui tudo o que o Fábio fez pela gente”.

 

Os diretores do filme receberão R$ 20 mil do Prêmio Cinemark. A TV Globo também  dará um prêmio especial ao filme: dez chamadas de 15 segundos serão exibidas na semana anterior ao lançamento do filme.

 

Ainda neste mês a produção terá lançamento em São Paulo, para depois ser levada  às outras regiões do país. “Pensamos também em outras praças, principalmente na região Nordeste”, informa Pepê.

 

Clique aqui para ver a galeria de fotos de Fábio Fabuloso. 

 

Ficha Técnica – Fábio Fabuloso

 

Direção – Pedro Cezar, Ricardo Bocão e Antônio Ricardo
Roteiro – Pedro Cezar
Produtor-Executivo – Álfio Lagnado
Fotografia – Anita Teixeira
Montagem – Julio Adler e Pedro Cezar
Diretor de Arte – Marcelus Viana e Gustavo Bomba
Trilha Sonora – Marcos Cunha
Distribuição – Lumière
Patrocínio – Nova Schin e Oi
Apoio – Fluir e Waves.Terra

Realização – Hang Loose


 

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