Fim de tarde apocalíptico em Bali

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Como de costume, partimos no último dia 3 de Jimbaram com destino a Uluwatu, passando por todos os picos da Península.

Já na saída, tomamos um embaço, pois o quebra-côco de Jimbaram quase virou o Zodiac.

Respirei fundo e vi o outside de Jimbaram quebrando. Não poderia ir costeando como sempre fiz e tirei uma reta num destróier americano que está ancorado bem no meio da baía na reta da cabeceira do aeroporto.

Passada a baía, já se viam as réguas no horizonte espumando no outside Balangan.

Meia dúzia de caras sentados no outside pegavam ondas de 6 a 8 pés de formação olímpica.

Passei em Bingin e o crowd que se espremia no dia anterior, era de apenas alguns caras espassados no outside esperando a melhor série.

Em Impossibles, apenas dois surfistas com cara de perdidos no meio do mar procuravam se posicionar dentro da bancada para pegar uma boa sem ser varrido pela série que entrava sem pedir licença.

Em Padang, os tubos começavam a querer abrir, pois a maré estava apenas começando a sair, deixando a onda mais ôca.

Fui a Uluwatu e o Corner com muita água não estava funcionando. Apenas uns picos enormes no outside davam aperto na barriga só de ver.

Voltei pra Padang na esperança do acerto da maré durante a tarde.

Quando cheguei já estava funcionando com séries de 4 a 5 pés bem tubulares.

Dei um banho de três horas que me matou.

Fotografei bastante enquanto surfava e, depois, fiz fotos no barco também.

Atracamos às 6:15 da tarde em Jimbaram, com o sol morrendo bem atrás do destróier, dando um clima apocalíptico ao fim de tarde de um dia de surf sincero na ilha de Bali.