Floripa inaugura perna brasileira do mundial

Danilo Costa surfou bem para avançar a fase

Danilo Costa é um dos surfistas que podem garantir a vaga para o WCT 2003 na Joaquina. Foto: Ricardo Macario.
Cancelada no ano passado devido aos atentados terroristas de 11 de setembro, a “perna brasileira” de fim de ano do circuito mundial está de volta em 2002 e será inaugurada nesta semana com a estréia do Petrobras Open Surf, evento nível 4 estrelas, na praia da Joaquina, em Florianópolis (SC).

 

Válido como 40a etapa do WQS, o evento começa nesta quarta (16/10) e distribuirá um total de US$ 60 mil em prêmios, além de 1.500 pontos para o campeão, a ser definido no próximo domingo (20), no ranking que classifica quinze surfistas para a elite mundial do WCT 2003.

 

Oito dos dez brasileiros que integram a elite mundial do WCT 2002 já estão confirmados como cabeças-de-chave do Petrobras Open Surf: Peterson Rosa (PR), Fábio Gouveia (PB), Guilherme Herdy (RJ), Renan Rocha (SP), Paulo Moura (PE), Victor Ribas (RJ), Rodrigo Dornelles (RS) e Marcelo Nunes (RN).

 

Já a maior estrela internacional na Joaquina será o californiano Shane Beschen, único surfista na história do Circuito Mundial a tirar três notas 10 fechando com a pontuação máxima uma bateria do WCT. Beschen tenta recuperar a sua vaga no grupo dos melhores surfistas do mundo e ocupa atualmente a 30a posição no WQS.

 

Todos os atletas acima citados fazem parte do grupo dos 32 principais cabeças-de-chave do Petrobras Open Surf que só vão estrear na sexta-feira ou sábado e os seus adversários serão conhecidos nas triagens que estão previstas para começarem às 8 horas desta quarta na Joaquina.

 

Destes, apenas o tricampeão brasileiro Peterson Rosa tem sua vaga confirmada na elite mundial do ano que vem. Os outros podem garantir os seus nomes entre os quinze que sobem pelo WQS nas duas etapas da “perna brasileira” marcadas para a ilha de Santa Catarina. Mas, por enquanto só Victor Ribas (sétimo lugar no ranking), Paulo Moura (décimo), Armando Daltro (11o) e Danilo Costa (15o) aparecem nesta relação após as 39 provas já realizadas.

 

Com o terceiro lugar no Japão, Costa ficou mais tranquilo para buscar a vaga na perna brasileira. Foto: Divulgação.

“Estas duas etapas serão muito importantes pros surfistas brasileiros e quem está entre os 40 primeiros podem chegar lá”, acredita o baiano Armando Daltro, campeão mundial do WQS em 2000, que está próximo de garantir o seu retorno à elite mundial do WCT.

 

Quem também está bastante confiante é o potiguar Danilo Costa, que no ano passado terminou em 16o lugar na lista dos Top 15 do WQS e por pouco acabou ficando de fora do grupo principal do surfe mundial. “Se a perna brasileira de 2001 não tivesse sido cancelada eu até poderia ter entrado, e agora vou tentar garantir a minha vaga já no Petrobras Open Surf, que não vai ter tanta gente de fora como no outro evento”, analisa Danilo.

 

“Fui pro Japão sabendo que tinha que me dar bem para chegar no Brasil com chances reais de conquistar a minha vaga e consegui um terceiro lugar no 5 estrelas de lá”, falou Costa, ainda revelando que por quatro vezes já chegou às semifinais na Joaquina e espera repetir este retrospecto para ganhar mais posições no ranking WQS.

 

Estreando no esporte das ondas, a Petrobras confia no sucesso do evento que promove em Florianópolis (SC). “A Petrobras optou por atuar no segmento esportivo também através dos esportes náuticos, já que seus maiores campos petrolíferos estão no mar. Dentro dessa concepção, o surfe não poderia ficar de fora por ser um esporte de extrema plasticidade, traduzindo perfeitamente a harmonia entre o homem e a natureza, utilizando uma energia limpa, vinda do vento, da água, enfim, do meio ambiente. Com certeza, teremos um belo espetáculo na Praia da Joaquina?, afirmou Cláudio Thompson, coordenador de patrocínios esportivos da Petrobras.

 

Além da competição, uma grande preocupação ambiental marca o evento. ?O objetivo é utilizar o campeonato para promover a consciência do desenvolvimento sustentável junto aos competidores, mídia e público em geral, dentro da proposta da Agenda 21 – ?Pense globalmente e aja localmente? – minimizando os impactos negativos e maximizando os impactos positivos causados por um evento de grande porte como esse?, explica Marco Gorayeb, mestrando em Engenharia Ambiental na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).

 

Com um bom resultado no Petrobras Open Surf, Armando Daltro também pode voltar para o WCT. Foto: Ricardo Macario.
Muitas festas vão marcar a estréia do Petrobras Open Surf em Florianópolis (SC). A maioria será realizada no Café Cancun, casa noturna mais badalada da capital catarinense, começando com a Festa de Abertura na quarta-feira.

 

Na quinta tem a Festa da Revista Alma Surf e na sexta a da Associação de Surf da Joaquina (ASJ). No sábado, será a vez da Festa Oficial Reggae / Rave do Petrobras Open Surf na “X”, com show ao vivo da banda Natiruts e presença de grandes DJs de São Paulo, como o Luis Sala “Feio”. Já a festa de encerramento está marcada para domingo à noite novamente no Café Cancun.

 

O Petrobras Open Surf tem patrocínio da Petrobras e Coca-Cola, apoio do Governo do Estado de Santa Catarina, Prefeitura Municipal de Florianópolis, Fundação Municipal de Esportes e Revista Alma Surf, com divulgação da Rede Atlântida FM numa realização da ASP (Association of Surfing Professionals) em conjunto com a FECASURF (Federação Catarinense de Surf).

 

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