Força barra no OP Pro

Neco Padaratz, OP Pro Hawaii 2006, Haleiwa, Oahu

Australiano Kai Otton avança no OP Pro Hawaii e segue na briga pela vaga no WCT. Foto: ASP / Covered Images.

“As menores ondas no mês de novembro da história de Haleiwa nos últimos 60 anos”, afirmou a National Oceanic & Atmospheric Administration (NOAA), no Hawaii.

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A inauguração da Tríplice Coroa Havaiana continuou como em qualquer praia do Brasil, em ondas de meio metro, boa formação e algumas séries passando de 1 metro de altura durante o domingo ensolarado no Alli Beach Park.

O OP Pro Hawaii vale os mesmos 2.500 pontos do igualmente 6 estrelas Onbongo Pro Surfing realizado na última semana de outubro, na praia de Itamambuca, em Ubatuba, em condições parecidas com as apresentadas até agora no North Shore da ilha de Oahu.

Mesmo eliminado na segunda fase, Neco Padaratz permanece na lista dos top 15 do WQS. Foto: ASP / Covered Images.


Um total de 20 brasileiros competiu no domingo e nove continuam na disputa da penúltima etapa do WQS, enquanto outros oito ainda vão estrear nesta segunda-feira.

Os brasileiros foram os destaques do dia, com o pernambucano Bernardo Pigmeu estabelecendo um novo recorde de 16,50 pontos para o campeonato, numa dobradinha vitoriosa com o cearense Pablo Paulino, que na mesma bateria achou a ?rainha? para receber a maior nota ? 9,57 ? deste ano em Haleiwa.

Alguns enfrentaram as pequenas ondas do Alli Beach Park duas vezes, com o carioca Simão Romão sendo o único a passar invicto pelas triagens.

Além dele, mais quatro já avançaram para enfrentar os principais cabeças-de-chave do OP Pro Hawaii e outros sete ainda vão disputar classificação na segunda metade da quarta e última rodada das triagens, que vai abrir a segunda-feira no Hawaii.

O cearense Heitor Alves ganhou seu primeiro confronto e depois completou a segunda dobradinha verde-amarela do domingo, com o gaúcho Rodrigo Dornelles passando em primeiro lugar. Os dois estão na briga direta pelas últimas vagas na lista dos 15 surfistas que o WQS classifica para o WCT.

Só que agora vão começar a estrear as principais estrelas da competição e Dornelles já terá pela frente o vice-líder e o terceiro colocado do ranking, o australiano Michael Campbell e o sul-africano Ricky Basnett, além do norte-americano Mike Todd, que ainda tem chance matemática de brigar por um lugar entre os 15 do WQS.

A missão de Heitor Alves é ainda mais ingrata: vai ter de encarar os havaianos Andy Irons e Sunny Garcia, sempre candidatos ao título da Tríplice Coroa Havaiana, com a sensação da África do Sul, Jordy Smith, completando a bateria. O sul-africano já foi derrotado pelo cearense na terceira fase, mas o maior desafio é enfrentar os ídolos locais na casa deles.

O potiguar Marcelo Nunes e o catarinense Jean da Silva completaram a lista dos cinco surfistas que passaram pelas triagens, dobrando o número de brasileiros para a estréia dos cabeças-de-chave do OP Pro Hawaii, quando começa a ser distribuida a premiação de US$ 125 mil oferecida nas etapas com nível 6 estrelas.

Fazem parte deste grupo de 32 privilegiados, que já entram disputando vagas para as oitavas-de-final, o atual campeão mundial do WQS, Adriano de Souza, Raoni Monteiro, Pedro Henrique, Yuri Sodré e o campeão brasileiro Jihad Kohdr completa a relação dos cinco cabeças-de-chave do Brasil na competição que é decisiva para muitos surfistas que estão na briga pelas últimas vagas que vão completar a elite mundial do WCT no ano que vem.

Vagas no WCT – Apesar da eliminação de Neco Padaratz logo no primeiro dia, ele deve permanecer nesse grupo. Agora, quem está mais próximo de ultrapassar a barreira dos 9.000 pontos no ranking, que garante matematicamente a classificação, é o carioca Leonardo Neves. Ele vai estrear no segundo confronto desta segunda-feira no Hawaii e tem de passar três baterias para chegar às quartas-de-final, quando atinge 9.015 pontos.

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Jordy Smith é um dos adversários de Heitor Alves na quinta fase. Foto: ASP / Covered Images.
O primeiro desafio terá seu companheiro de equipe, o jovem catarinense William Cardoso, o havaiano campeão mundial Pro Junior, Kekoa Bacalso, e o já confirmado no WCT 2007, Ben Dunn, da Austrália.

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Para o gaúcho Rodrigo Dornelles, que defende a 15a colocação no WQS, a marca de 9.000 pontos só é alcançada se ele for um dos quatro finalistas do OP Pro Hawaii.

O cearense Heitor Alves também precisa chegar à final e ainda ficar entre os três primeiros colocados para entrar na relação dos 15 do WQS.

Mike Todd ainda tem chances matemáticas de entrar na elite mundial. Foto: ASP / Covered Images.
Mas crava seu nome nos tops do WCT se vencer o campeonato, pois alcança 9.235 pontos com os 2.500 pontos que valem a vitória em Haleiwa.

O paranaense Jihad Kohdr igualmente atinge essa meta se for campeão da primeira prova havaiana, título que também pode colocar Simão Romão na briga direta pelas últimas vagas. E o carioca passou invicto pelas triagens, vencendo as duas baterias que disputou no domingo.

?Eu queria vir aqui competir em ondas de 10, 12 pés (3 a 4 metros), mas fazer o quê, não tem onda!?, lamentou Simão, 39o colocado no ranking.

?Pra mim está até bom. Sou do Arpoador e lá é só esquerdinha perfeita que nem essas que estão hoje aqui, mas está um pouco difícil porque as séries estão demorando muito para entrar em algumas baterias?, disse Simão Romão, logo após sua segunda vitória.

Na mesma bateria, o único brasileiro que já venceu uma etapa da Tríplice Coroa Havaiana – o paraibano Fábio Gouveia (em Sunset Beach) – acabou eliminado no confronto direto entre Brasil e Hawaii que terminou empatado, com Nathan Carroll ficando com a segunda vaga e Evan Valiere em último.

Além de Fabinho, o alagoano Marcondes Rocha e o carioca Marcelo Trekinho foram outros brasileiros que entraram direto na rodada final das triagens e não passaram das suas primeiras participações. Trekinho perdeu a briga pela segunda vaga na sua bateria para o catarinense Jean da Silva, na disputa vencida pelo australiano Dayyan Neve.

Apenas metade da última fase das triagens foi realizada no domingo e sete brasileiros ainda vão disputar classificação para tentar aumentar o número de dez brasileiros já confirmados na rodada de estréia dos cabeças-de-chave.

Só que três acabaram escalados na mesma bateria e entre eles está o recordista do OP Pro Hawaii, Bernardo Pigmeu, que somou 16,50 pontos com notas 8,83 e 7,67 na dobradinha com o cearense Pablo Paulino. A segunda apresentação em Haleiwa do pernambucano que já confirmou sua entrada no WCT 2007 durante o Onbongo Pro Surfing em Ubatuba, será na quinta bateria desta segunda-feira, com os ubatubenses Odirlei Coutinho e Hizunomê Bettero e o carioca Eric Rebiere, que representa a França, onde mora há muitos anos, no Circuito Mundial da ASP.

OP Pro Hawaii

Baterias pendentes da quarta fase

9 Nic Muscroft (Aus), Nathaniel Curran (EUA), Hira Teriinatoofa (Tah), Asher Nolan (EUA)
10 Leonardo Neves (Bra), Kekoa Bacalso (Haw), Willian Cardoso (Bra), Ben Dunn (Aus)
11 Gabe Kling (EUA), Danilo Costa (Bra), Teppei Tajima (Jap), Rhys Bombaci (Aus)
13 Odirlei Coutinho (Bra), Eric Rebiere (Fra), Bernardo Pigmeu (Bra), Hizunomê Bettero (Bra)
14 Royden Bryson (Afr), Chris Ward (EUA), Flynn Novak (Haw), Pablo Paulino (Bra)

Quinta fase

1 Joel Parkinson (Aus), Raoni Monteiro (Bra), Leigh Sedley (Aus), Jean da Silva (Bra)
2 Adriano de Souza (Bra), Dustin Cuizon (Haw), Dayyan Neve (Aus), Marcelo Nunes (Bra)
3 Tiago Pires (Por), David Weare (Afr), Simão Romão (Bra), Jay Thompson (Aus)
6 Bruce Irons (Haw), Pedro Henrique (Bra), Kai Otton (Aus), Sean Moody (Haw)
7 Michael Campbell (Aus), Ricky Basnett (Afr), Rodrigo Dornelles (Bra), Mike Todd (EUA)
8 Andy Irons (HAV), Sunny Garcia (Haw), Jordy Smith (Afr), Heitor Alves (Bra)
9 Mick Fanning (Aus) e Tom Curren (EUA) aguardam os adversários das triagens
10 Jeremy Flores (Fra) e Roy Powers (Haw)
11 Dean Morrison (Aus) e Yuri Sodré (Bra)
15 Jake Paterson (Aus) e Jihad Kohdr (Bra)

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