Pan Universitário

Fortaleza em ponto de bala

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Quando o Ceará for palco, em janeiro, de etapa com premiação máxima da divisão de acesso (WQS) à elite Mundial, talvez Wesley Sousa volte ao Ceará como primeiro campeão pan-americano de surf universitário, competição cujas disputas acontecem este fim de semana na praia do Futuro, Fortaleza, Ceará, e ele integra ao quarteto dos Estados Unidos, formado por dois casais oriundos da Flórida.

Wesley, recém habilitado ao curso de medicina pela FAU Florida Atlantic University, nasceu no Brasil, mas é cidadão dos Estados Unidos, onde mora desde os seis meses de idade, enquanto os demais integrantes da forte equipe são Mallory Turner (substitui Christa Alves), Amy Elisabeth Nicholl, Wesley e Eric Colby Taylor, que geralmente só encontram condições de ondas pequenas, uma característica do palco do inédito Pan-Americano.

O anfitrião Brasil terá em casa a vantagem da torcida mas enfrentará atletas de outros oito países, os quais em sua maioria costumam a surfar em ondas idênticas, caso de Edward Portocarrero, do Chile, um dos que treinaram na tarde de ontem, a exemplo do peruano Gonzalo Velasco, campeão individual em seu pais do Desafio Peru x Brasil, realizado em setembro passado e onde por equipe o visitante Brasil foi campeão com uma equipe de oito atletas que tem um único remanescente: o cearense Gutembergue Silva, que até este domingo representa ao Brasil no Pan Universitário, a exemplo do conterrâneo Glauciano Rodrigues, a quem passou a faixa de campeão brasileiro, e da dupla feminina Ana Ceccarelli do Paraná, e Renata Tambon, da Bahia, respectivamente campeã e vice universitária do Brasil.

Todos os quartetos previstos vieram ao Brasil,com o Peru tendo além de Velasco, Alícia Barreda, Brissa Málaga e Guillermo Gonzales, enquanto a Venezuela trouxe força total através de Jean Carlos Flores, Carlos Martinez, Adriana Gamero e Natacha Veith, além de outros cinco países: Uruguai, com Javier Camargo e Santiago Madrid, o Equador de Karla Aguilar e David Villarroel, os guatemaltecos Harvy Gil e Alejandra Marroquin, os chilenos Edward Campos e Gerald Jará e a dupla da possessão francesa Guadalupe Ravi Bailleux e Thibaut Breneol, que chega ao evento apenas no início da tarde deste sábado, quando então sua primeira bateria pode ter remanejamento de horário.

Caso mesmo assim ele não chegue a tempo para o que seria sua estreia, terá a opção da repescagem, o caminho mais longo para garantir o título individual, que entre as mulheres busca sua compatriota Ravi Bailleux. A tarde da sexta-feira marcou o início do evento através de palestra do mestre em química ambiental Saulo Maio que abordou ao tema

“ Aquecimento global e os oceanos” prestigiado por todos os competidores, pessoas interessadas e dirigentes da Associação Panamericana de Surf (Pasa): a presidente Maile Aguerre, seu vice Juca de Barros, o secretário Paul West e o diretor do departamento universitário Ailton Júnior.

Na praia do Futuro a cerimônia de hasteamento de bandeiras e execução do hino dos anfitriões Fortaleza, Ceará e Brasil por um sexteto “sanfônico”, estão entre atrações que a partir das nove horas antecedem ás disputas inaugurais do I Panamericano de Surf Universitário, que tem entre atrações a “Arena digital” e o museu da Pena, marca brasileira de surfwear surgida a partir de uma oficina de conserto que inicialmente se transformou em fábrica de prancha.

O I Pan-Americano de Surf Universitário conta com patrocínio da Pena e Lojas Surfbeat, apoio Governo do Estado do Ceará através da Secretaria de Esporte, Prefeitura de Fortaleza, Ministério do Turismo, Ministério do Esporte, Agência Ponto Inicial, Revista Fluir, site Waves, Confederação Brasileira de Surf, Federação Cearense de Surf, Associação Cearense de Surf Universitário, Reggae Club, sendo promoção da Fortal FM e realização da PASA, ABRASU e Classic Promoções.