Ressacão no Rio

Gabriel Sodré pega onda do sonho

Gabriel Sodré, Laje do Sheraton, Rio de Janeiro (RJ)

Gabriel Sodré na onda da vida. Foto: Luis Claudio.

Gabriel Sodré, 22 anos, surfista carioca que gosta de ondas grandes acaba de passar por mais um desafio em sua vida.

 

Sodré se amarra nos tubos, nas ondas grandes e está atrás do prêmio oferecido pela marca Greenish ao surfista que dropar a maior onda do Brasil nesta temporada de 2007.

 

Para tanto, ele foi em busca das ondas no último domingo, 29 de julho, que chegavam ao litoral carioca com a previsão de um swell de 4,5 metros e com bom período de 14 segundos de intervalo entre as séries.

 

O dia começou bem cedo para Gabriel. “Acordamos às 5 da manhã, se é que se consegue dormir com uma previsão dessas proporções”, disse ele, apreensivo com o que poderia acontecer.

 

 

Gabriel Sodré pega a bomba na Laje do Sheraton e surfa quase até o pontão do Leblon. Foto: Luis Claudio.

O destino principal era checar a Laje de Itaipuaçu, Niterói, onde durante um outro swell no Rio, Sodré foi com seu amigo Rafael Guimarães e observou que ali segurava ondulações de grandes magnitudes.

 

Desta vez, Gabriel estava acompanhado de outros amigos, Paulo e Luis Cláudio, mas a ida para Niterói foi em vão, pois o mar estava muito mexido e sem condições de surf.

 

Rapidamente a tripulação voltou à Zona Sul do Rio, atrás de uma outra laje um pouco mais conhecida, localizada no outside da praia do Leblon, a Laje do Sheraton, também conhecida pelo difícil drop.

 

“Voltamos ao Leblon e, assim que chegamos, vimos uma série enorme que quase emendou até o pontão. Eu tava pilhado, mas a galera estava achando muito difícil o drop. Nisso, aparece o Juninho, surfista local e perguntou se eu ia cair. Com a minha prancha 7″2 do shaper Beto Santos debaixo do braço, falei que sim e ele topou ir junto”, conta Gabriel, que não queria cair sozinho.


Depois de passar 10 minutos remando, chegaram à laje com séries bem grandes. Juninho tentou ir na primeira onda que viu e não conseguiu dropar.

 

Já Sodré preferiu esperar uma melhor quando veio a onda. “Eu virei e dropei meio sem pensar. A onda fez um ladeirão e depois de muito tempo fui quase até o pontão do Leblon”, completou Gabriel, muito empolgado por ter surfado a onda que sempre sonhou, estimada em quatro vezes o seu tamanho, com cerca de 12 pés.

 

Só essa onda foi surfada na laje e assim voltaram remando até o Pontão do Leblon, onde cada um pegou uma onda para sair do mar que apresentava ondas com cerca de 3 metros.

 

O prêmio de R$ 25 mil oferecido pela marca Greenish ao surfista que dropar a maior onda na remada no Brasil nesta temporada está aberto, e segundo Sodré, o primeiro passo dele já foi dado.

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