Revelação do longboard brasileiro, a carioca Chloé Calmon, 16, parte para um novo desafio na carreira: ser a primeira mulher a surfar a pororoca chinesa, conhecida como Black Dragon.
Nona colocada no Mundial da categoria, a atleta não esconde a expectativa em surfar a onda quebra do rio Quintang, localizado na cidade de Hangzhou e um dos fenômenos mais exóticos e assustadores do mundo.
“Quero surfar uma onda bem longa e venho me preparando para isso. Sei que vai ser um grande desafio e isso é o que me move. Estou muito ansiosa para surfar na Black Dragon e depois competir o Mundial”, conta Chloé.
Ela volta ao país entre os dias 26 e 30 de outubro e disputa a última etapa do Mundial, que acontece na Ilha de Hainan. Este será o primeiro grande evento de surf profissional realizado na China.
De acordo com Sergio Laus, idealizador do projeto, o fenômeno é muito impressionante, o que faz com que a população local lote as margens do rio para cultuar a chegada do Dragão.
Depois Chloé Calmon, Serginho Laus seguem com a equipe do programa Nalu pelo Mundo para Pequim, capital do país, para um passeio pela Muralha da China, Praça da Paz Celestial e os principais pontos das Olimpíadas.
O paranaense Serginho Laus leva na bagagem a sua Flying Fish 5’6’’ quadriquilha de Power Lights Surfboards e o conhecimento de duas temporadas na muralha de água da China para guiar a equipe brasileira no evento Surfing China Silver Dragon Championship, que acontece entre os dias 12 e 19 de setembro.
De Hong Kong serão duas horas de carro até Shenzen e mais uma hora de avião até Hangzhou, palco do evento que em 2009 reuniu mais de meio milhão de pessoas para acompanhar Laus e equipe, distribuídos ao longo dos 20 quilômetros de surf.
O evento também terá a presença de uma equipe de norte americanos que estará realizando uma confraternização na onda de maré proibida.
“As expectativas são muito grandes, uma vez que a lua nova tem uma amplitude de maré imensa. Com isso, esperamos que a lua cheia venha com mais força e intensidade. Os desafios serão surfar num rio que parece uma arena e com obstáculos incomuns na Amazônia, como: decks de contenção da maré, pontes e estruturas de ferro que ficam largados no rio após construções”, explica Laus.
Depois de Hangzhou, Laus e a equipe irão até Beijing fazer filmagens e fotos na Muralha da China, Praça da Paz Celestial e os famosos Templos chineses.
“Essa é a minha terceira temporada na China e desta vez, além do surf, teremos atividades extras como o skate e o SUP, além de uma rodada de negócios com grandes chances de realizar um intercâmbio Brasil x China fomentando as pororocas dos dois países, assim gerando um fluxo no corredor turístico econômico no entorno desses fenômenos fluviais”, diz Laus.
A trip está sendo 70% patrocinada pelo governo chinês e passagens da Plan Air, Surfing China, Wavsono/SAA. Já Serginho Laus é patrocinado pelas marcas Ogio, Goofy, Sumatra e Reserva, com apoio das Pranchas TBC, Power Light Surfboards, Academia Gustavo Borges e MGM Surf.
“O mais difícil nós temos – autorização do governo comunista para surfar a pororoca chinesa. Teremos todo o suporte e apoio das autoridades locais! Tem tudo para ser um espetáculo cheio de adrenalina e emoção”, revela um dos maiores especialistas em ondas de marés no mundo.
Acompanhe tudo pelo site oficial do evento, bem como no site da equipe brasileira Surfando na Selva, no Twitter @serginholaus e no Facebook.