Renato Galvão é o grande campeão do Local Motion Guarujá Surf Pro, etapa de nível 6 estrelas do WQS encerrada neste domingo (4/10) na praia do Tombo, Guarujá (SP).
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Pela vitória, o ubatubense embolsa US$ 20 mil e soma 2.500 pontos no ranking, que o colocam mais próximo à zona de classificação, na 37ª posição.
Em ondas com até 1 metro na série e formação regular, Galvão deu um verdadeiro show de surf e moeu as direitas do
pico. Com notas 8.00 e 7.70, arrancadas com sequências de manobras fortes e expressivas, ele não deu chances aonorte-americano Patrick Gudauskas.
O público compareceu em peso e foi ao delírio em cada
manobra do brasileiro, que ignorou a presença de um dos competidores mais experessivos deste campeonato. No final da bateria, ainda fez bom uso da prioridade para impedir que Gudauskas tentasse a virada na última série.
“Estou me sentindo muito emocionado porque o público aqui torceu muito por mim, não só agora na final, mas em todos os dias”, destaca Renato Galvão, 27 anos, que só tinha uma vitória do Circuito Mundial na carreira, em 2004 na Inglaterra.
Agora, ele consegue seu segundo título na histórica centésima etapa do WQS realizada no Brasil, completada no Local Motion Guarujá Surf Pro. “Estou muito feliz pela galera do Tombo estar comemorando este título comigo e a final foi
irada. O Patrick surfa muito e só tenho a agradecer a Deus por ter feito essa final e mais ainda por ter vencido o campeonato”, comemora Renato Galvão.
A vitória deu até um novo ânimo para o ubatubense. “Eu queria ter corrido mais etapas este ano. Fui bem em Fernando de Noronha (PE) com um nono lugar, em Portugal cheguei nas quartas-de-final e fiquei em quinto, agora essa vitória com certeza vai dar um levante na firma”, explica o ubatubense.
“Então agora vou pro Rio de Janeiro, quem sabe pras Ilhas Canárias também ou Califórnia e aí tem as duas últimas etapas no Hawaii. Sei que será muito difícil conseguir uma vaga no G-15, mas vamos ver no que vai dar”, finaliza Renato Galvão.
O norte-americano que é o quarto colocado do ranking WQS, vinha de performances excelentes nas outras baterias e tirou grandes nomes do evento, porém não resistiu ao surf do instigado brasileiro e perdeu por 15.70 a 12.16 pontos, sem chances de obter a virada.
“Eu realmente queria muito ter vencido aqui. Fiz algumas semis e finais este ano e queria muito vencer aqui, mas o Renato pegou ótimas ondas e está de parabéns pela vitória”, reconhece Patrick Gudauskas, que levou US$ 10 mil e 2.188 pontos pelo segundo lugar.
“As ondas na final melhoraram bastante, o mar deu uma reagida e talvez tenha sido o melhor momento do dia, então não há muito mais o que pedir, apenas gostaria de ter vencido. Eu quero muito vencer uma etapa este ano, este é o meu objetivo até o fim do ano e não estou pensando muito em ranking e colocações”, conta o norte-americano.
O cearense Pablo Paulino também levou a bandeira verde-amarela ao pódio e apresentou uma ótima campanha durante o evento, com performances de alto nível. Ele começou o dia passando pelo catarinense Marco Polo, mas acabou barrado na semifinal pelo campeão da prova.
Este resultado também coloca Pablo mais perto da zona de classificação para o ASP World Tour e agora ele assume a 33ª posição no ranking.
Derrotado por Renato Galvão nas quartas-de-final, o irlandês Glen Hall marcou sua entrada na zona de classificação do World Tour, depois de vencer o potiguar Jadson André nas oitavas-de-final.
Já o sul-africano Brandon Jackson, subiu ao pódio na terceira posição, com destaque para sua atuação nas quartas-de-final, em que derrubou o aussie Owen Wright.
“Eu vim para o Brasil focado em conquistar bons resultados e o terceiro lugar aqui foi ótimo”, destaca Brandon Jackson, que subiu da 31ª para a 21ª posição no WQS no Guarujá.
“Comecei muito bem o ano, mas depois dei umas escorregadas. Este resultado aqui com certeza me traz mais motivação para brigar por uma vaga no G-15. Ainda temos mais algumas etapas importantes pela frente e sei que tenho boas chances de classificação, mas para isso vou precisar repetir bons resultados como esse agora lá no Rio de Janeiro e também no Hawaii, onde tudo será decidido”, analisa o jovem sul-africano de 20 anos.
Confira entrevistas em nossas próximas atualizações.
Local Motion Guarujá Surf Pro 2009
Resultados
1 Renato Galvão (Bra)
2 Patrick Gudauskas (EUA)
3 Pablo Paulino (Bra)
3 Brandon Jackson (Afr)
5 Marco Polo (Bra)
5 Glenn Hall (Irl)
5 Jayke Sharp (Aus)
5 Owen Wright (Aus)
Ranking WQS depois de 31 etapas
1 Daniel Ross (Aus) – 14.975 pontos
2 Jadson André (Bra) – 14.813
3 Owen Wright (Aus) – 14.338
4 Patrick Gudauskas (EUA) – 13.551
5 Adam Melling (Aus) – 13.026
6 Matt Wilkinson (Aus) – 12.150
7 Joan Duru (Fra) – 12.050
8 Blake Thornton (Aus) – 11.925
9 Brett Simpson (EUA) – 11.863
10 Travis Logie (Afr) – 11.851
11 Austin Ware (EUA) – 11.575
12 Dusty Payne (Haw) – 11.425
13 Glenn Hall (Irl) – 11.200
14 Willian Cardoso (Bra) – 11.151
15 Luke Munro (Aus) – 11.139
20 Rodrigo Dornelles (Bra) – 10.350
22 Marco Polo (Bra) – 9.975
25 Wiggolly Dantas (Bra) – 9.650
30 Leonardo Neves (Bra) – 9.363
33 Pablo Paulino (Bra) – 8.963
34 Neco Padaratz (Bra) – 8.851
37 Renato Galvão (Bra) – 8.488
39 Jean da Silva (Bra) – 8.400
40 Marco Giorgi (Uru) – 8.288
41 Yuri Sodré (Bra) – 8.275
44 Miguel Pupo (Bra) – 8.075
48 Paulo Moura (Bra) – 7.539
50 Bernardo Pigmeu (Bra) – 7.438
Final
Renato Galvão (Bra) 15.70 x Patrick Gudauskas (EUA) 12.16
Semifinais
1 Renato Galvão (Bra) 10.43 x Pablo Paulino (Bra) 7.17
2 Patrick Gudauskas (EUA) 14.00 x Brandon Jackson (Afr) 13.20
Quartas-de-final
1 Renato Galvão (Bra) 11.50 x Glenn Hall (Irl) 3.76
2 Pablo Paulino (Bra) 13.60 x Marco Polo (Bra) 11.07
3 Patrick Gudauskas (EUA) 14.60 x Jayke Sharp (Aus) 11.33
4 Brandon Jackson (Afr) 13.16 x Owen Wright (Aus) 7.90
Colaborou João Carvalho.