Garotas dominam Itacaré

Silvana Lima, Roxy Pro 2006, Cloudbreak, Ilhas Fiji

Silvana Lima representa o Brasil nas etapas do WQS e WCT em Itacaré (BA). Foto arquivo: ASP World Tour / Karen.
O mês de agosto chegou e começa a contagem regressiva para o evento que ficará marcado na história do surf brasileiro e sul-americano.

 

A Bahia se transformará na capital mundial do surf feminino entre os dias 17 e 28, com a estréia em dose dupla do Billabong Girls Pro Itacaré, que promoverá uma etapa do WQS nível 5 estrelas entre os dias 17 e 20 e de 21 a 28 uma do WCT que desde 1999 não é realizada no Brasil.

 

A australiana Melanie Redman-Carr venceu os três primeiros desafios do ano na Austrália, Ilhas Fiji e no Tahiti e defenderá a liderança invicta do ranking mundial na praia da Tiririca, Itacaré, litoral Sul da Bahia.

 

Será a primeira vez que as 16 integrantes da elite mundial feminina vêm competir no Brasil. A competição é a realização de um sonho das atletas brasileiras, principalmente para a catarinense Jacqueline Silva, que desde que entrou no restrito grupo que disputa o título mundial, sempre desejou competir em casa.

 

Ela e a cearense Silvana Lima são atualmente as únicas brasileiras no WCT, mas muitas outras defendem a bandeira verde-amarela na etapa do WQS nível 5 estrelas que inaugura o Billabong Girls Pro Itacaré.

 

Além da competição, os organizadores preparam uma grande programação para que o retorno do WCT ao Brasil – depois de sete anos de ausência.

 

?O Billabong Girls Pro Itacaré inicia uma nova fase na história do surf feminino no Brasil e nossa proposta é reviver os antigos campeonatos, considerados verdadeiros festivais. Teremos sessões de pilates e ioga pela manhã, um belo dia de surf e durante a noite sempre uma boa festa para divertir?, garante Alessandra Berlinck, gerente de marketing da Billabong Girls no Brasil.

 

O Billabong Girls Pro Itacaré é uma realização da Icontent Entretenimento e da Premium Sports, que já realizam grandes eventos e estréiam na organização de campeonatos de grande porte.

 

?Para nós, da Icontent, é um orgulho realizar este evento de relevância internacional. Acreditamos na força do esporte e escolhemos o surf feminino por ser um evento que não acontecia no Brasil desde 1999?, destaca Amaury Pekelman, gerente executivo da Icontent.

 

?Achamos, inclusive, que este evento tinha um potencial tão grande que merecia ser produzido separadamente. Quanto à escolha do local, Itacaré nos pareceu ser ideal por ser na Bahia e porque é um destino turístico bastante cobiçado, além de ser uma surf city reconhecida internacionalmente?, comenta Pekelman.
 
Este é o grande diferencial deste evento inédito na Bahia. Todas as sete vezes que a disputa pelo título mundial das meninas passou pelo Brasil, a etapa foi sempre realizada no Rio de Janeiro e junto com a categoria masculina.

 

O Billabong Girls Pro Itacaré será o primeiro exclusivamente feminino e distribuirá um total de US$ 92,5 mil, com US$ 67,5 mil sendo divididos pelas 18 participantes do WCT e US$ 25 mil pelas melhores colocadas no WQS, que terá uma participação maciça das atletas brasileiras.
 
Buscando uma melhor adaptação às ondas quentes do Nordeste, Melanie Redman-Carr e outras quatorze surfistas da divisão de elite, incluindo a hexacampeã Layne Beachley e a campeã mundial do WCT em 2004, a peruana Sofia Mulanovich participam da etapa do WQS.

 

Com isso, o Billabong Girls Pro Itacaré já atinge um feito inédito na temporada, pois nenhuma outra etapa reuniu tantas estrelas do WCT. A única exceção é a atual campeã mundial Chelsea Georgeson, que já tinha outro compromisso agendado e só vem disputar a etapa do WCT, cujo prazo vai do dia 21 ao dia 28 na Bahia.
 
Ela é uma das que não conhece o Brasil, pois nem disputava o circuito mundial em 1999, quando aconteceu a última etapa do WCT feminino na América do Sul.

 

Não viu a carioca Andréa Lopes entrar para a história ao se tornar a primeira brasileira a vencer uma etapa do WCT e também a primeira surfista do mundo a ser campeã participando como convidada.

 

E toda a torcida é para que a catarinense Jacqueline Silva e a cearense Silvana Lima, únicas brasileiras na divisão de elite, repitam o feito e que o troféu de campeã do Billabong Girls Pro Itacaré fique no Brasil, ou pelo menos na América do Sul, com uma vitória da peruana Sofia Mulanovich.
 
O Billabong Girls Pro Itacaré, quarta etapa da ASP Women?s World Championship Tour 2006, é uma realização da iContent e Premium Sports, com apoio do Governo da Bahia e da Prefeitura de Itacaré, da ASI (Associação de Surf de Itacaré), da Ong Yonic e ITI (Instituto de Turismo de Itacaré).

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