Não deu para Alejo Muniz na batalha por uma vaga na elite mundial em 2015. O catarinense chegou muito perto da zona de classificação com uma belíssima campanha no Billabong Pipe Masters, mas precisava chegar à final e foi derrotado nas quartas por Adrian Buchan.
Alejo ainda ficou na expectativa por um convite da ASP para os atletas que sofreram contusão. Porém, a entidade concedeu suas duas vagas a Glenn Hall e C.J. Hobgood.
Em 2013, num ano marcado por muitas lesões, Hall ficou impossibilitado de disputar 6 etapas. Porém, Tiago Pires e Owen Wright desfalcaram oito provas na temporada e o irlandês naturalizado australiano se deu mal na disputa.
Hall contestou a decisão da entidade e foi apoiado por muitos fãs. Na ocasião, o norte-americano Kelly Slater se envolveu na polêmica e apoiou a ASP.
A redação do Waves entrou em contato com Renato Hickel, tour manager da ASP, para saber mais detalhes a respeito das vagas.
“Infelizmente Alejo não recebeu um dos wildcards. O primeiro foi concedido a Glenn Hall, que, como todos sabemos, teve um caso seríssimo no ano passado que se estendeu até a metade deste ano. No ano passado informamos a todos que Glenn poderia aplicar novamente este ano”, diz Hickel.
“A segunda vaga ficou entre Alejo e C.J. Em termos de gravidade de contusão, as duas foram similares e eles perderam o mesmo número de eventos. O que pesou a favor de C.J. foi que, quando ele se machucou durante a etapa em Portugal, estava dentro dos 22 e obviamente tem um recorde de WCT muito mais forte do que Alejo, além de um título mundial”, continua o dirigente.
“Alejo ontem, com a sua performance, não só ajudou Medina e o Brasil na conquista desse tão sonhado título, mas, durante o processo, mostrou uma classe que testemunhei poucas vezes no meio do surf profissional! Ele foi um gigante na água e em cada entrevista pós-bateria”, finaliza Renato Hickel.
Alejo sofreu uma contusão no tornozelo no início do ano quando treinava em Margaret River, Austrália, palco da terceira etapa do Tour. Também desfalcou a prova seguinte, em Bells Beach.
Já C.J. sofreu um corte no pé na etapa em Supertubos, Portugal, e também não disputou o último evento do ano em Pipeline, Hawaii. O norte-americano terminou em 24o lugar no ranking que classifica 22 surfistas para a próxima temporada, enquanto o brasileiro foi o 26o.
TOP-22 DO SAMSUNG GALAXY ASP WORLD TOUR 2014 – 11 etapas com 2 descartes
Campeão mundial: Gabriel Medina (BRA) – 62.800 pontos
2.o: Mick Fanning (AUS) – 55.350
3.o: John John Florence (HAV) – 51.400
4.o: Kelly Slater (EUA) – 50.050
5.o: Michel Bourez (TAH) – 46.000
6.o: Joel Parkinson (AUS) – 43.100
7.o: Jordy Smith (AFR) – 42.900
8.o: Adriano de Souza (BRA) – 42.250
9.o: Taj Burrow (AUS) – 41.700
9.o: Josh Kerr (AUS) – 41.700
11: Kolohe Andino (EUA) – 35.900
12: Owen Wright (AUS) – 34.150
13: Nat Young (EUA) – 31.150
14: Julian Wilson (AUS) – 28.750
15: Adrian Buchan (AUS) – 28.700
16: Bede Durbidge (AUS) – 28.450
17: Filipe Toledo (BRA) – 28.150
18: Kai Otton (AUS) – 26.200
19: Miguel Pupo (BRA) – 25.900
20: Sebastian Zietz (HAV) – 21.450
21: Fredrick Patacchia (HAV) – 21.250
22: Jadson André (BRA) – 20.750
Os 10 que se classificaram para o WCT 2015 pelo Qualification Series
1 Matt Banting (AUS) com o 2.o lugar no ranking vencido por Filipe Toledo
2 Wiggolly Dantas (BRA) – 4.o no ranking
3 Adam Melling (AUS) – 6.o no QS e 24.o no WCT
4 Italo Ferreira (BRA) – 7.o no QS
5 Matt Wilkinson (AUS) – 8.o no QS e 23.o no WCT
6 Keanu Asing (HAV) – 9.o no QS
7 Dusty Payne (HAV) – 10.o no QS
8 Jeremy Flores (FRA) – 11.o no QS e 33.o no WCT
9 Brett Simpson (EUA) – 13.o no QS e 31.o no WCT
10 Ricardo Christie (NZL) – 16.o no QS
Wildcards para 2015
Glenn Hall (Irl)
C.J. Hobgood (EUA)
Saíram da elite mundial
26 Alejo Muniz (BRA) – 17.650
27 Aritz Aranburu (ESP) – 14.250
28 Dion Atkinson (AUS) – 14.200
29 Tiago Pires (PRT) – 13.000
30 Mitch Crews (AUS) – 11.750
32 Travis Logie (AFR) – 10.500
35 Raoni Monteiro (BRA) – 4.500