Gosurf Rusty Pro estréia em São José do Norte

Felipe Ximenes - Gosurf Rusty Pro 2003

Estrutura do Gosurf Rusty Pro na praia dos Molhes Leste. Foto: Likoska (FGS).
O vento sul voltou com força total na sexta-feira e a estréia do Gosurf Rusty Pro aconteceu debaixo de muito frio e água gelada na praia dos Molhes Leste, em São José do Norte (RS).

 

Antes prevista para às 8 horas, a competição só foi iniciada três horas depois em ondas ainda irregulares de 1 metro, mas elas foram melhorando durante o dia e a previsão é de que fiquem maiores e com boa formação durante o final de semana.

 

No primeiro dia, competiram os surfistas que não tiveram boas colocações no ranking brasileiro do ano passado e a maior estrela do surfe gaúcho, Rodrigo Dornelles, estreou com uma bela vitória na quarta bateria.

 

As finais do Gosurf Rusty Pro devem ocorrer por volta das 14 horas deste domingo em São José do Norte ou em Rio Grande, as duas cidades vizinhas do extremo sul do Estado que estão sediando o evento de maior premiação da temporada – R$ 40 mil – e que dá 2.000 pontos no ranking que classifica 28 surfistas para o SuperSurf 2004.

 

O veterano Rodrigo Dornelles foi um dos destaques do primeiro dia do evento. Foto: Likoska (FGS).
Neste sábado, a competição esquenta com a entrada dos cabeças-de-chave e grandes destaques do ABRASP Super Trials 2003, como os líderes do ranking, Renato Galvão (SP), Heitor Alves (CE), Tadeu Pereira (SP) e os baianos Cristiano Spirro e Flávio Costa, que venceram as duas últimas etapas da divisão de acesso do Circuito Brasileiro de Surfe Profissional, realizadas respectivamente no Rio de Janeiro (RJ) e em Guarujá (SP).

 

Na sexta-feira, atletas de renome internacional como Rodrigo Dornelles (RS) e Danylo Grillo (SP) se destacaram junto com grandes valores da nova geração, como o carioca Leandro Bastos e o catarinense Felipe Ximenez, que executou uma das manobras mais radicais do dia.

 

Já Leandro Bastos venceu a bateria que inaugurou o Gosurf Rusty Pro. “As ondas estavam muito difíceis, a correnteza é muito forte e acho que dei sorte de pegar uma direita boa que abriu, dando chance para fazer várias manobras”, contou Leandrinho, que gostou do lugar que está estreando no calendário brasileiro de surfe profissional.

 

“É um lugar diferente, tem que pegar um barco para chegar no pico e parece ser um lugar que dá uma boa direita, pois mostrou que tem potencial para ter boas ondas. Tomara que as ondas melhorem, porque tem muita gente boa que ainda vai entrar no campeonato”, ressaltou Leandro, que se classificou junto com o também carioca Simão Romão, com ambos despachando o surfista local do Cassino, em Rio Grande, Daniel Pinto, além de David Hommer.

 

Felipe Ximenes mostra a força da nova geração catarinense. Foto: Likoska (FGS).
Mas, a torcida gaúcha pôde vibrar três baterias depois com a tranqüila vitória de Rodrigo Dornelles sobre os paulistas David do Carmo (segundo) e Felipe Magalhães (terceiro) e o gaúcho Niles Dornelles, que não é parente de Rodrigo, com os dois últimos sendo eliminados da competição.

 

“A bateria foi legal e hoje até que estava bom na hora da minha bateria, mas o pico tem potencial e as ondas devem melhorar quando este vento der uma parada”, analisou Pedra Dornelles, que está buscando uma das 28 vagas para o SuperSurf do ano que vem.

 

“Esse é o meu objetivo. Estou correndo atrás, já disputei vários campeonatos e este aqui pode até decidir minha classificação. Minha esperança é de que as ondas melhorem no fim de semana para que todos possam ver um show de surfe aqui”, completou.

 

Além do vento sul muito frio e da correnteza, a água gelada também ajudou a complicar a vida dos competidores. “Caramba, acho que essa é uma das ondas mais geladas que já peguei na vida”, revelou Danylo Grillo, que já viajou para surfar em muitos países.

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