Guilherme Tâmega é pentacampeão mundial

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#Mais uma vez o carioca Guilherme Tâmega, 29 anos, fez história e sagrou-se pentacampeão mundial de bodyboarding na última quarta (16/01), ao vencer o Mike Stewart Pipeline Pro 2002, em Pipeline, Hawaii, último evento válido pelos circuitos GST (Global Super Tour) e GQT (Global Qualyfing Tour) de 2001.

Além da vitória em Pipeline, o bodyboarder, apelidado de ?Mega?, levou também os títulos dos dois circuitos mundiais de bodyboarding, o GST e o GQT, o qual já havia vencido por quatro vezes. No GST, criado no ano passado, a divisão de elite, similar ao WCT no surf, Tâmega foi o primeiro campeão da história.

Somando a esses títulos as vitórias de Guilherme nos dois campeonatos mundias da ISA (International Surfing Association), o carioca alcançou a imbatível marca de oito títulos de nível mundial.

E mais uma vez ele venceu sem deixar margens para dúvidas com uma performance sensacional em Pipeline, uma das ondas mais temidas e respeitadas do circuito. Em ondas de 3 a 6 pés (1 a 2 metros), ele dominou a final com manobras precisas e radicais, abusando de rollos, ARS e tubos.

#Outro brasileiro, o paulista Paulo Barcellos ? que vive no Rio de Janeiro ?, detentor do título mundial até então, parou na semifinal, ficando com a sétima colocação no Mike Stewart Pipeline Pro 2002.

Confira os rankings finais em nossas próximas atualizações.

Resultados oficiais do Mike Stewart Pipeline Pro 2002:

1) Guilherme Tâmega (Bra)
2) Ben Player (Aus)
3) Ryan Hardy (Aus)
4) Rui Ferreira (Port)
5) Jeff Hubbard (Haw); Andrew Lester (Aus)
7) Paulo Barcellos (Bra); Naoshi Grady (Haw)

Trajetória de sucesso
Por Xandão Barros

Guilherme ?Mega? Tâmega, carioca, 29 anos é uma daquelas pessoas especiais. O conheço há mais de 10 anos e a impressão que tenho é de que toda a história, desse que é a maior referência do bodyboarding mundial, já estava pré-definida desde seu nascimento.

Nascido em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, GT conheceu o bodyboarding no quintal de casa, o posto 5, e lá se preparou para fazer história. Nos últimos três anos ouvi coisas absurdas sobre ele, tais como: ?o Guilherme acabou, não é mais aquele…?, ou ainda: ?o que está acontecendo com o Guilherme??. Brasileiro tem mania de depreciar a si mesmo, e eu, quando ouvia esses absurdos, me limitava a perguntar: ?Como assim, acabou??.

Vale lembrar que nesses anos ruins, ele foi duas vezes vice-campeão mundial, campeão do ISA Surfing Games e campeão brasileiro, além de conseguir a terceira colocação na temida onda de Teahupoo. Será que não é cobrança demais para uma pessoa só?

Alguns dias atrás, conversando com amigos e vendo a politicagem que rola da parte dos gringos (entenda-se quase todos), falei que não bastava para o Guilherme ser o campeão, ele tinha que ganhar Pipeline e com isso calar a todos de uma só vez. Pois é, ?voilá?.

Espero que essa conquista sirva de incentivo para a nova geração, que vem melhorando a performance ao longo dos anos inspirados no nosso super campeão. Segue abaixo as conquistas de Guilherme Tâmega em quase duas décadas de carreira. Parabéns GT, pentacampeão do mundo.

1985 ? Ganhou sua primeira prancha e fez sua primeira final de campeonato.
1986 ? Competidor convicto e cheio de patrocínios.
1987 ? Começa a ser idolatrado pela imprensa que o aponta como futuro campeão mundial.
1988 ? Primeiro inverno havaiano e se consagra o primeiro campeão brasileiro amador.
1989 ? Profissionalizou-se e fez a primeira final internacional na Austrália. Conheceu os tubos balineses e foi campeão brasileiro profissional.
1990 ? Quebrou a perna andando de skate, ficou cinco meses parado e começou a comercializar seu modelo de pranchas.
1991 ? Competiu pela primeira vez em Pipeline e foi para a final. Bi-campeão brasileiro profissional.
1992 ? Perdeu o calção na final de Pipeline e mesmo assim conseguiu a terceira colocação. Tri-campeão brasileiro e campeão carioca.
1993 ? Vice em Pipeline, fechou contrato internacional com a Wave Rebel. Foi contratado pela Redleyfins e se consagrou tetracampeão brasileiro.
1994 ? Campeão mundial num Pipeline insano com 12 a 15 pés. Pentacampeão brasileiro.
1995 ? Venceu a primeira etapa do primeiro circuito GOB (Global Organization of Bodyboarding) e sagrou-se bicampeão mundial.
1996 ? Tricampeão mundial por antecipação. Liderou o circuito de ponta a ponta e foi campeão dos dois circuitos americanos e do ISA Surfing Games.
1997 ? Tetracampeão mundial. Campeão Pan-americano. Vice em Pipeline.
1998 ? Vice-campeão mundial. Perdeu o penta por 72 pontos.
1999 ? Venceu a perna brasileira do circuito mundial e foi vice-mundial de novo.
2000 ? Terminou o circuito na quinta colocação, a pior da história. Venceu o ISA novamente. Hexacampeão brasileiro.
2001 ? Venceu os dois circuitos mundiais (GQT e GST). Ganhou o campeonato de Pipeline e calou a boca dos gringos…

É isso galera, espero que sirva de referência…
Keep bodyboarding…