O pernambucano Halley Batista ficou com o título do Skol apresenta Mahalo Surf Eco Festival, etapa de nível 4 estrelas do WQS encerrada neste sábado, na praia da Tiririca, Itacaré (BA).
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Em ondas de meio a 1 metro e formação prejudicada pelo vento nordeste, Halley desequilibrou a final ao acertar um belo aéreo rodando de frontside que rendeu 8.43 pontos na vitória sobre o potiguar Alan Jhones.
Pela vitória, o pernambucano da Baía de Maracaípe, em Ipojuca, fatura US$ 15 mil e soma 1000 pontos no ranking mundial.
Foi a segunda vez que Halley subiu ao topo do pódio no WQS. Há um ano, ele venceu uma etapa de nível duas estrelas em Ogurahama Beach.
“Deus mais uma vez me abençoou com outra vitória em eventos da Mahalo. Eu venci uma etapa do Circuito Brasileiro em Pernambuco meses atrás, com boas ondas lá na praia do Cupe (Ipojuca) também, e hoje (sábado) aqui, a Tiririca provou que não pode ficar de fora do circuito. É uma onda que tem potencial, o lugar tem uma ´vibe´ muito boa, o público marcou presença lotando a praia e só tenho que agradecer a Deus por mais um troféu de campeão da Mahalo. Não estou nem acreditando que consegui isso de novo”, falou Halley Batista no pódio, depois de ser carregado pela torcida do mar até a arena do Mahalo Surf Eco Festival na praia da Tiririca.
“Foi muito difícil a final, porque estava complicado de achar boas ondas pra fazer as manobras grandes”, disse Halley. “Aí, decidi vir mais pro meio da praia e entrou uma onda mais emparedada. Resgatei as últimas energias que tinha e acertei aquele aéreo girando ali que foi decisivo pra vitória. Foi muito bom o campeonato terminar com uma final nordestina, contra o Alan (Jhones) que é um mestre nos aéreos. Agora já parto pra Margarita (Venezuela) mais confiante pra participar de um evento lá do Circuito Latino-americano que começa já nessa segunda-feira”.
Para levar a melhor em Itacaré, Halley apostou nos aéreos. Ele perdia para Alan Jhones quando mandou um voo sensacional na praia da Tiririca e virou o placar.
O pernambucano ainda mandou outro aéreo para obter 5.83 e deixar Alan em situação complicada. No caminho ao título neste sábado, Halley começou o dia passando pelo conterrâneo Gabriel Farias, que também foi vítima de uma virada e perdeu por 10.20 a 8.73.
Em seguida, Halley tirou da prova o defensor do título, Krystian Kymerson. O capixaba vinha arrepiando em Itacaré e queria muito o bicampeonato, mas não conseguiu repetir as ótimas atuações e caiu diante do pernambucano pelo placar de 12.90 a 9.00.
“Infelizmente não achei as ondas na semifinal e caí nas manobras que poderiam fazer a diferença, mas estou feliz com o terceiro lugar também”, falou Krystian Kymerson, que venceu a última edição do Surf Eco Festival realizada em Salvador no ano passado e tentava um inédito bicampeonato na história do evento em Itacaré. “O Halley (Batista) é um bom surfista, sabe competir bem, mereceu ir pra final e só tenho que agradecer a esse público que lotou a praia hoje e a todos que torceram por mim”.
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Já Alan Jhones frustrou a torcida itacareense ao eliminar o local Alandreson Martins nas quartas-de-final. Surfando em casa, Alandreson quase volta em aéreo 360 de backside que poderia ter mudado o panorama da bateria, mas a vitória ficou mesmo com Alan Jhones, autor de 7.20 e 7.17, contra apenas 3.33 e 2.80 do itacareense.
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Para Alandreson, que recupera-se de uma contusão no ombro e precisou tomar duas injeções para entrar na água neste sábado, o resultado foi muito satisfatório.
Depois da queda do local, Alan Jhones bateu o catarinense Jean da Silva, protagonista de excelentes atuações na última sexta-feira.
Jean insistiu nas direitas que quebravam no canto esquerdo da praia, enquanto Alan optou por surfar em frente às pedras, no canto direito.
Melhor para o potiguar, autor de 8.50 e 6.60, contra 7.87 e 6.87 do catarinense. Foi um dos melhores duelos do dia em Itacaré. “Mesmo não vencendo a etapa, fiz um excelente campeonato, passando várias baterias difíceis nessa semana toda, tirando notas altas, mas na final agora o mar piorou um pouco. Eu já sabia que quem achasse a onda boa e fizesse uma manobra diferente ia ser o campeão”, disse Alan Jhones. “O Halley (Batista) conseguiu isso, acertou os aéreos e venceu, mas ele merece porque corre o circuito mundial há vários anos e fazer essa final foi show pra mim. Eu estava numa fase meio difícil, sem bons resultados e o vice-campeonato em um WQS foi show também”.
Jean também comentou sua participação em Itacaré. “A condição do mar foi ficando cada vez mais difícil por causa do vento, as ondas ficaram bem mexidas, mas até que achei umas boas, só que acabei errando as manobras e o Alan (Jhones) está surfando muito bem, então mereceu vencer mesmo”, destacou Jean da Silva, que já parte para Portugal, para participar de uma etapa do ASP World Prime em Cascais. “Estou feliz porque fazer uma semifinal num WQS com tantos surfistas bons como aqui, já é um bom resultado. Mostrei que estou com um bom ´rip´ de competição e vamos pra Portugal agora tentar surfar bem lá também”.
Também entraram em ação neste sábado o paulista Victor Bernardo e o cearense Artur Silva. A dupla fez uma ótima campanha e deu trabalho aos adversários nas quartas-de-final.
Artur caiu diante de Jean da Silva no primeiro confronto do dia. Jean somou 7.67 e 4.17, contra 5.83 e 3.27 do cearense.
Na última batalha das quartas, Krystian Kymerson e Victor Bernardo travaram um duelo eletrizante. O capixaba abriu boa vantagem com 7.83 e 6.67, mas foi muito ameaçado por Vitinho, autor de 7.23 e 6.03.
Para ver os resultados completos da etapa, visite o site Surf Eco Festival. Na próxima semana, a partir da quarta-feira, a praia da Tiririca recebe a segunda etapa do Brasileiro de Bodyboarding, evento que também faz parte do festival patrocinado pela Skol e Mahalo.
Resultado
1 Halley Batista (Bra)
2 Alan Jhones (Bra)
3 Jean da Silva (Bra)
3 Krystian Kymerson (Bra)
5 Gabriel Farias (Bra)
5 Artur Silva (Bra)
5 Alandreson Martins (Bra)
5 Victor Bernardo (Bra)