Qualquer semelhança com Teahupoo não é mera coincidência. Foto: Reprodução. |
Aos 38 anos, ele começou a pintar aos 17, fazendo estampas nas camisetas dos amigos. Hamilton pode ser considerado um auto-didata, já que nunca fez curso nem possui formação técnica.
“Somente 15 anos depois, em 97, que entrei em uma sala de aula para obter alguma formação técnica”, explica o artista, referindo-se ao curso de grafite em lápis no Senac de Florianópolis, onde mora.
William Cardoso e Jean da Silva ilustram suas pranchas com as pinturas de Hamilton. Foto: Reprodução. |
Atualmente, ele pinta para as fábricas Schilickmann, Skull, Endyroy e Jorge Costa. Figura presente no meio do surf catarinense, o artista tem entre seus clientes alguns dos melhores surfistas do Brasil.
Fernando Moura, Fábio Carvalho, Jean da Silva, Tiago Bianchini, Wiliam Cardoso, Rodrigo Lins, Gustavo Shilickmann, Ricardo Wendhausen e outros usam os monstros psicodélicos de Ferreira em suas pranchas.
Em 98, começou a pintar ondas e praias alucinantes inspirado nos artistas Lacen e Miller.
Ambientes marinhos fazem parte do repertório do artista catarinense. Foto: Reprodução. |
Mas admira Salvador Dali e Boris Valejo desde a adolescência.
“Sempre gostei do surrealismo”, diz. Suas ondas – inspiradas em Teahupoo, Pipeline e outras – também são encontradas em bares e até casas de Floripa.
O objetivo do artista é viajar, e o próximo destino é Santander, na Espanha. “Lá, o artista é mais valorizado. Quase fui, mas acabou não dando certo”, explica.
Enquanto não mostra seu talento no velho continente, continua em Floripa. Pintando e surfando.