Pipe e Waimea River

Hawaiian style

Gabriel Pastori, North Shore de Oahu, Hawaii

É um privilégio poder estar mais uma vez neste lugar. O Hawaii é realmente fantástico, não só pelas ondas, mas por toda energia que tem esta ilha.

Cheguei no dia 12 de dezembro e tive a sorte de pegar um swell logo na primeira semana. Segundo meus amigos que já estavam aqui há algum tempo, a temporada vinha bem fraca de onda, com exceção ao swell do Pipe Masters.

Depois de uns dois dias caindo em Rocky Point, a ondulação chegou e as atenções foram todas para Pipe, Backdoor e Off-The-Wall.

 

O primeiro dia de ondas foi de fato muito bom. Não vi confusões nem esporros dos locais na água. As ondas estavam perfeitas e se você tivesse um pouco de sorte e persistência ia acabar pegando a sua.

 

Alguns brasileiros se deram bem nesse dia. Ricardo dos Santos, Stephan Fiegueredo, Diego Silva, Pedro “Manga”, Felipe “Gordo” Cesarano e Wigolly Dantas pegaram pelo menos uma boa cada um, com destaque para uma bomba do Manga, uma baforada absurda numa onda de Gordo e um tubaço de Ricardinho para Pipe.

Consegui pegar umas boas, mas nenhuma absurda. Botei para dentro de um tubo grande para Backdoor que me fez a cabeça mesmo sem ter saído.

No segundo dia do swell, as ondas não estavam tão perfeitas, mas era uma oportunidade para nós, “haoles”, pegarmos uma boa. Infelizmente, nem eu nem meus amigos pegamos uma das boas, mas deu para a galera fazer a cabeça. Esse dia contei mais de dez brasileiros na água, mas o show ficou por conta do careca, o Kelly, que agora comprou uma casa na frente do pico.

Com o swell baixando, a galera teve que pensar em alguma atividade alternativa, e nada poderia ser melhor do que surfar nas ondas do Waimea River. Diferente do ano passado, dessa vez fomos barrados pelos salva-vidas enquanto estávamos cavando a areia para fazer a água correr do rio para o mar.

Segundo eles, agora está proibido surfar a onda formada pela corrente de água que vai do rio para o mar quando chove muito e o rio enche. Isso porque algumas pessoas sofreram acidentes com pedaços de metal que estão presos no fundo da areia e ficam expostos quando a água corre.

Mas a galera não desistiu da ideia e voltou às 5 da tarde, quando acaba o expediente dos salva–vidas. Abrimos o rio às 5:30 e mais ou menos às 6 da tarde as ondinhas já estavam rolando. Mais uma vez foi incrível.

 

Um crowd absurdo de brasileiros, loucos com a piscina de ondas natural, dominou o pico. Eu era um deles. Todo mundo se divertiu e muitos perderam as pranchas, que rapidamente sumiam na baía de Waimea com a correnteza. Como já era noite, estava quase impossível encontrá-las.

 

Ao todo, foram cinco pranchas e um bodyboard perdidos. Prejuízo alto para 40 minutos de diversão. Vai servir de aprendizado para aproxima vez que fomos abrir o rio, sempre com strep agora.

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