Billabong Pipeline Masters

Heitor garantido na elite

Dusty Payne, Billabong Pipeline Masters 2008, Pipeline, Hawaii

Leonardo Neves perde para Daniel Wills e está fora da elite mundial. Foto: ASP Rowland / Covered Images.

Mesmo perdendo na estréia em Pipeline, o cearense Heitor Alves já está garantido no ASP World Tour de 2009.

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Só ele, o paulista Adriano de Souza e o paranaense Jihad Khodr vão defender o Brasil na divisão de elite dos 42 melhores surfistas do mundo.

 

O carioca Leonardo Neves e o gaúcho Rodrigo Dornelles despediram-se da briga pelas últimas vagas já no primeiro dia do Billabong Pipeline Masters.

 

Os havaianos convidados para o desafio no templo do esporte, brilharam na terça-feira de tubos de 2,5 a 3 metros e séries até maiores nas esquerdas de Pipeline e nas direitas do Backdoor.

 

Líder da Tríplice Coroa Havaiana, Dusty Payne aposta nas direitas para eliminar Heitor Alves.. Foto: ASP Rowland / Covered Images.

Vinte deles enfrentaram os primeiros tops da elite na fase inicial, em baterias simultâneas com quatro atletas dividindo as ondas.


Líder da Tríplice Coroa Havaiana, Dusty Payne usou as direitas do Backdoor para tirar Heitor Alves, que tentou a classificação nas esquerdas de Pipeline.

 

Leo Neves estreou na disputa seguinte e os dois acabaram se encontrando na bateria, com o carioca sendo eliminado pelo australiano em fim de carreira esse ano, Daniel Wills.

 

Diferente das outras dez etapas da temporada, essa não tem repescagem e 23 surfistas são convidados para a primeira fase, contra nove da elite.

 

A maioria foi de havaianos, com apenas dois australianos e um tahitiano entrando na lista que não incluiu a fera Sunny Garcia, do lamentável incidente do ano passado com o catarinense Neco Padaratz.

 

E eles comandaram o show no primeiro dia, vencendo quatorze das dezesseis baterias da primeira fase e cinco das oito da segunda rodada que fecharam a terça-feira de direitas e esquerdas tubulares em Backdoor e Pipeline.

 

Tiraram até o havaiano Roy Powers, que estava na porta de entrada da zona de classificação e acabou pegando um já campeão do Pipe Masters, Jamie O´Brien.

 

Foi mais um que ajudou a confirmar a vaga de Heitor Alves nos top-27 do ASP World Tour 2008. Powers era o principal concorrente, ocupava a 28a posição, aí o 29o Michael Campbell também perdeu para Evan Valiere, o jovem John John Florence barrou o 32o Jay Thompson e o cearense ficou na lista.

 

O carioca Leonardo Neves precisava chegar à final e Rodrigo Dornelles vencer o campeonato para chegar nos 27.

 

O gaúcho foi o primeiro brasileiro a estrear no Billabong Pipeline Masters e foi batido por Torrey Meister, mais um havaiano da nova geração, por um largo placar de 16,34 x 8,50 pontos.

 

O paranaense Jihad Khodr, que confirmou sua permanência com um vice-campeonato no primeiro desafio da Tríplice Coroa Havaiana em Haleiwa Beach, entrou em seguida, também não encontrou um bom posicionamento no mar e perdeu por 11,17 x 7,73 para Mark Healey.

 

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Chris Ward totaliza 19.90 pontos na estréia. Foto: ASP Rowland / Covered Images.

Os tubos estavam lá e Dusty Payne registrou o segundo maior placar da primeira fase na bateria seguinte, até dividiu o pico com Jihad Khodr nas direitas do Backdoor.

 

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Os dois também se encontraram na final em Haleiwa e Payne ficou em quarto lugar, que somou ao quinto em Sunset Beach para liderar a Tríplice Coroa Havaiana.

 

Os 17,60 pontos da vitória sobre o tahitiano Manoa Drollet só não superaram os 17,90 de John John Florence contra Jay Thompson, um dos dez surfistas que tinham chances matemáticas de ultrapassar o cearense Heitor Alves no ranking em Pipeline.

 

Volta ao início – Ainda assim, o Brasil amargou seu pior desempenho

Visual das ondas em Banzai Pipeline, Hawaii. Foto: Kirstin / Covered Images.

no Circuito Mundial desde a estréia das duas divisões. Apenas dois ficaram entre os mantidos pelo ranking principal e só um se classificou pelo do acesso, fato que existiu uma única vez na história.

 

Foi na primeira edição em 1992, quando o paranaense Peterson Rosa entrou. Mas, naquele ano, Teco Padaratz se sagrou o primeiro campeão mundial do WQS e já tinha garantido sua permanência pelo WCT, assim como Fábio Gouveia. O ano de 1993 foi o único com apenas três brasileiros na divisão de elite do esporte.

 

No ano seguinte já eram nove entre os top-44, chegou a onze em 2001, dez em 2002, voltou a nove em 2003, manteve oito por três temporadas, aí caiu para sete, seis em 2008 e agora três, Adriano de Souza, Heitor Alves e Jihad Khodr.

 

O catarinense Neco Padaratz voltou a sentir dores nas costas e poderia ganhar um dos convites oferecidos pela ASP aos que se contundiram na temporada, mas vai entrar com um pedido para 2010, pois pretende fazer o tratamento completo e não poderá competir em sua plenitude no ano que vem.

 

Devem ser três mesmo e justamente no ano que a ASP South America promoveu o maior número de provas importantes no Brasil em toda a história do WQS.

 

Foram duas novas etapas nível 5 estrelas de 2.000 pontos, mais três 6 estrelas e o 5 estrelas Hang Loose Pro Contest nas ondas ?prime location? de Fernando de Noronha, todos de 2.500 pontos no ranking que o máximo disputado são 3.000 pontos e computa apenas os sete melhores resultados. Nove brasileiros chegaram com chances de vaga nas finais do WQS no Havaí, mas só Jihad Khodr conseguiu.

 

Melhores em Pipe – Voltando a Pipeline, apesar do domínio havaiano, o recordista do dia foi o americano Chris Ward, que atingiu incríveis 19,90 pontos de 20 possíveis na segunda fase.

 

E a maior nota da primeira foi a 9,93 do tubo do australiano Daniel Ross na primeira bateria da terça-feira. Só que o dia começou com vitória havaiana de Kamalei Alexander e terminou com Ezra Sitt tirando outro top, Dayyan Neve, assim como Dusty Payne contra Heitor Alves. Na segunda fase, só Chris Ward e Damien Hobgood derrotaram os havaianos e já garantiram suas vagas na elite de 2009.

 

Os dois também estavam na zona de perigo da tabela de classificação para o ASP World Tour junto com Heitor Alves, mas os principais adversários acabaram sendo dizimados pelos convidados especiais do último desafio do ano.

 

Ainda restam oito baterias para fechar a segunda rodada e aí entram as maiores estrelas da temporada, com o campeão mundial de 2007, Mick Fanning, abrindo a briga por vagas nas oitavas-de-final do Billabong Pipeline Masters.

 

A maior atração é o eneacampeão mundial Kelly Slater, Adriano de Souza é o último representante do Brasil e até Andy Irons vai participar, depois da ausência nas duas últimas etapas alegando problemas pessoais.

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