Herdy e Bronco quebram na segunda fase

0

Guilherme Herdy supera Mark Occhilupo com a melhor performance na segunda fase do Globe Fiji. Foto: ASP World Tour / Tostee.
O niteroiense Guilherme Herdy foi o grande destaque nas esquerdas clássicas de 2,5 metros neste domingo em Cloudbreak, Tavarua, Ilhas Fiji.

 

Ele despachou o ex-campeão mundial Mark Occhilupo com dois tubos sensacionais nas duas primeiras ondas que pegou na quarta bateria da repescagem do Globe WCT Fiji.

 

Recebeu nota 8,33 no primeiro e 9,00 no segundo para registrar imbatíveis 17,33 pontos, marca que só não superou os 18,63 pontos do hexacampeão mundial Kelly Slater, obtida na sexta-feira.

 

Agora, Herdy e Slater se enfrentam num verdadeiro tira-teima de recordistas na terceira fase.

 

Quem chegou mais perto de Herdy no domingo foi o paranaense Peterson Rosa, que somou 17 pontos na vitória sobre o cabo-friense Victor Ribas no confronto brasileiro da repescagem.

 

O Brasil ainda sofreu mais quatro baixas. No entanto, quatro guerreiros estão na terceira fase: Peterson, Herdy e o catarinense Neco Padaratz e o pernambucano Paulo Moura.

 

Convocado para substituir o australiano Toby Martin, que torceu o joelho competindo no Tahiti, Guilherme Herdy foi o primeiro brasileiro a disputar a repescagem no domingo.

 

O experiente Mark Occhilupo começou com uma nota 8,33. Minutos depois, Herdy pegou sua primeira onda, completa um belo tubo e recebe os mesmos 8,33 pontos. A segunda onda é ainda melhor e ganhou nota 9 dos juízes para confirmar a primeira vitória brasileira com imbatíveis 17,33 pontos, contra 15,23 de Occy.

 

O outro reforço do Brasil em Fiji também fez bonito no confronto seguinte. O pernambucano Bernardo Pigmeu era o primeiro alternate do WCT 2005 e entrou no lugar do defensor do título desta etapa, o norte-americano Damien Hobgood, outra vítima dos temidos tubos de Teahupoo.

 

##

 

Guilherme Herdy vibra com o resultado. Foto: ASP World Tour / Tostee.
Ele arrancou uma nota 8 em sua segunda onda e na quinta recebeu 7,6 pontos, porém o californiano Chris Ward ganhou a disputa por centésimos de diferença. Uma nota 8,83 em sua melhor apresentação decidiu o apertado placar de 15,66 x 15,60 pontos.

 

O pernambucano passou a precisar de 7,67 pontos para reverter o resultado e só conseguiu chegar perto em sua quarta tentativa, já na última onda, que recebeu nota 6,07.

 

O Brasil ainda continuou na água e também por bem pouco o paulistano Renan Rocha não consegue derrubar Luke Egan, mais um surfista da ?velha guarda? da Austrália.

 

A bateria começou fraca e uma nota 4,33 na segunda onda deu a liderança ao brasileiro até os minutos finais, quando Luke Egan conseguiu pegar sua primeira onda boa: nota 6,83.

 

Renan deu o troco em alto estilo na onda de trás e ganhou nota 8,33 na melhor apresentação da bateria. Todavia, o australiano ficou precisando de poucos pontos ? 5,84 ? e conseguiu achar uma onda abrindo para manobrar, avaliada em 6,33.

 

Faltavam apenas 2 minutos para terminar, não entrou nenhuma outra onda e Renan acabou derrotado por meio ponto de diferença: 13,16 x 12,66.

 

A série de derrotas continuou com o carioca Raoni Monteiro não tendo qualquer chance contra o australiano Troy Brooks, que ganhou com facilidades a 11a bateria por 14,83 x 11,17 pontos.

 

Na 13a, o potiguar Marcelo Nunes também foi dominado pelo californiano Tim Curran. Sua maior nota foi 6, enquanto seu adversário tirou um 7,0 e um 8,5 para garantir uma igualmente tranquila vitória por 15,50 x 9,40 pontos.

 

Os quatro brasileiros derrotados na repescagem terminaram em 33o. lugar, receberam 225 pontos e levaram US$ 3.6 mil de prêmio pela participação no Globe WCT Fiji 2005.

 

O quinto eliminado saiu do confronto verde-amarelo entre Peterson Rosa e Victor Ribas na penúltima bateria do domingo.

 

O paranaense achou um tubão logo no início e abriu a disputa com uma nota 8,17. Vitinho errou na primeira escolha e em sua segunda apresentação recebeu um 6,17 que acabou sendo sua maior nota na bateria.

 

##

 

Tim Reyes foi eliminado mas deixou esse tubão como recordação do Globe Fiji. Foto: ASP World Tour / Tostee.
Peterson respondeu com uma nota 6,73 e ainda achou outro tubo fantástico que valeu nota 8,83, passando a totalizar 17 pontos.

 

O tricampeão brasileiro já tinha recebido um 9,5 na primeira fase, nota que até agora só foi superada pela 9,63 recebida por Kelly Slater igualmente nas ondas tubulares da sexta-feira em Cloudbreak.

 

Desta vez, Peterson Rosa atingiu a terceira maior soma das 32 primeiras baterias com seus 17 pontos, ficando atrás apenas dos 18,63 totalizados pelo norte-americano Kelly Slater na sexta-feira, bem como dos 17,33 pontos marcados por Guilherme Herdy nesta manhã em Tavarua.

 

O tira-teima entre os donos das duas melhores apresentações do Globe WCT Fiji ocorre na nona bateria da terceira fase. Os outros confrontos do Brasil serão contra a Austrália.

 

O primeiro envolve Paulo Moura e Nathan Hedge na quinta bateria, quando o pernambucano tenta vingar a derrota sofrida nas quartas-de-final do Billabong Pro Tahiti, realizado na semana passada.

 

Na 11a bateria, Neco Padaratz, outro brasileiro nota 10 nos temidos tubos de Teahupoo, pega Mick Fanning, campeão da primeira etapa deste ano na Austrália. Peterson Rosa fecha a terceira fase tendo Daniel Wills como adversário.