A decisão da organização de prorrogar o prazo do Billabong Pro Teahupoo foi acertada e as fases finais da competição foram disputadas em excelentes ondas de até 2 metros na última quarta-feira no Tahiti.
O australiano Mick Fanning arrancou a única nota 10 da prova durante as semifinais e surfou a melhor onda na final, mas nos últimos segundos o americano Damien Hobgood conseguiu um belo tubo para derrotar o número 1 do ranking mundial por menos de meio ponto.
Com a vitória, Hobgood pulou do 13o para o terceiro lugar na classificação geral das três etapas disputadas até agora.
A próxima acontece entre 20 de junho e 1o de julho no Rip Curl Search WCT, que promove a estréia do Chile no calendário do circuito mundial.
O primeiro show em Teahupoo na quarta-feira foi apresentado por um estreante deste grupo em 2007, o australiano Kai Otton, que chegou perto do tubo perfeito levando nota 9,9 para fechar as quartas-de-final também com um novo recorde de 18,73 pontos para o Billabong Pro Tahiti.
Mas, as duas marcas foram batidas no confronto com Mick Fanning nas semifinais, quando o líder isolado do ranking arrancou a primeira nota máxima dos juízes num tubaço nas esquerdas de Teahupoo. E ele ainda pegou outro para totalizar imbatíveis 18,87 pontos nas duas ondas computadas.
Na chave-de-cima, Damien Hobgood começou o dia despachando o tricampeão mundial Andy Irons e também surfou os melhores tubos contra o australiano Joel Parkinson na semifinal, quando atingiu seu maior placar no Billabong Pro Tahiti: 18,10 pontos.
Na final, começou melhor com uma nota 8 na primeira onda e 7,13 na segunda. Mick Fanning só reagiu em sua quarta tentativa e foi num tubão que valeu nota 9,33, mas sua prancha acabou partida e ele perdeu tempo para trocar o equipamento.
O número 1 do ranking mundial desde a abertura da temporada na Austrália, ainda voltou faltando um pouco mais de dez minutos e assumiu a ponta com uma nota regular ? 6,87 ? que abriu 8,21 pontos de vantagem faltando três minutos para o fim da bateria.
Hobgood tinha a prioridade para a próxima onda e escolheu bem, achando um belo tubo nos últimos segundos para arrancar a vitória dos juízes com uma nota 8,60 na onda que fechou o Billabong Pro Tahiti 2007. Décimos de diferença definiram o campeão: 16,60 x 16,20 pontos.
A vitória valeu como revanche para Damien Hobgood, pois no ano passado Mick Fanning impediu que o americano conquistasse o bicampeonato no Nova Schin Festival WCT Brasil, derrotando-o na decisão em Imbituba, Santa Catarina.
Taj Burrow ocupa a segunda posição no ranking, Joel Parkinson é o quarto e Bede Durbidge o quinto colocado, todos à frente do octacampeão mundial Kelly Slater e do tricampeão Andy Irons, que sempre vinham encabeçando o ranking nas últimas temporadas.
Já os brasileiros continuam longe desta briga e nenhum conseguiu passar das oitavas-de-final este ano. No Tahiti, Bernardo Pigmeu chegou nesta fase e foi derrotado num mar quase sem ondas pelo australiano Luke Stedman.
Com o nono lugar no Billabong Pro Tahiti, o pernambucano subiu da trigésima posição no ranking para dividir a vigésima colocação com os cariocas Raoni Monteiro e Leonardo Neves, além do californiano Taylor Knox e o australiano Adrian Buchan.
Ranking WCT 2007
1 Mick Fanning (Aus) 3.108
2 Taj Burrow (Aus) 2.676
3 Damien Hobgood (EUA) 2.342
4 Joel Parkinson (Aus) 2.340
5 Bede Durbidge (Aus) 2.232
6 Kelly Slater (EUA) 2.208
7 Andy Irons (Haw) 1.989
8 Michael Campbell (Aus) 1.932
9 Jeremy Flores (Fra) 1.742
10 Kai Otton (Aus) 1.701
11 Tom Whitaker (Aus) 1.696
12 Bruce Irons (Haw) 1.610
12 Daniel Wills (Aus) 1.610
12 Travis Logie (Afr) 1.610
15 Ben Dunn (Aus) 1.557
16 Chris Ward (EUA); Pancho Sullivan (Haw) 1.420
20 Raoni Monteiro (Bra) 1.235
20 Leonardo Neves (Bra) 1.235
20 Bernardo Pigmeu (Bra) 1.235
25 Adriano de Souza (Bra) 1.230
32 Rodrigo Dornelles (Bra) 1.045
36 Victor Ribas (Bra) 860
43 Neco Padaratz (Bra) 675