Espêice Fia

Encontros do Festival

Surf Culture Festival

Entre os dias 22 e 25 de outubro, rolou na Praia do Forte, Bahia, o Surf Culture Festival. Idealizado por Ivan Lopes, Guiga Matos e com suporte de outros envolvidos, o evento teve entre os convidados Ricardo Bocão, Romeu Andreatta, Jojó de Olivença, Armando Daltro e Cristiano Spirro. 

A mesa de debates rolou solta em meio a palestras sobre meio ambiente e documentários de surf.  Diversos foram os assuntos, desde os primórdios em um dos berços do surf no Brasil, o Arpoador, passando pelas gerações desbravadoras nos picos nacionais e mundiais, ainda nos anos 70 e 80, a profissionalização do esporte no Brasil e sua solidificação em meados dos anos 80 e 90, já fazendo um link com anos 2000 até hoje, com a brilhante atuação dos “Brazillian Storms”. 

Em todos estes aspectos, debates sobre o surf baiano sempre rolavam junto com os outros assuntos. No segundo dia, contamos com a presença do renomado shaper, Maurício Abubakir, responsável por alguns modelos exóticos da Blue Coast.

O evento, de certa forma, serviu para resgatar as histórias dessa marca de pranchas criada em 1974. Na loja Farol, situada no coração da rua principal do Centro da Barra da Forte, foi montado um museu de pranchas e um acervo especial de Armando Daltro, campeão do WQS em 2000. Atualmente, o espaço conta com troféus, pranchas usadas por Mandinho ainda na época de amador, lycras de competição e muito mais. Simplesmente demais!

Voltando a programação do evento, no anoitecer a galera comparecia em peso nos happy hours. Participei de algumas sessões de filmes no auditório do Instituto Jubarte, que exibiu Fábio Fabuloso. Após 10 anos, é incrível ver como esse documentário ainda desperta atenções. Mérito dos produtores Pedro Cezar, Antônio Ricardo e Ricardo Bocão que, como eu, estava empolgado de estar ali e ainda poder falar sobre a produção de todo o documentário, o que acabou resultando na participação do doc. em festivais de cinema e, consequentemente, faturando prêmios do júri popular.

Outro documentário que chamou minha atenção foi produzido recentemente por Marco Polo com apoio da Liquid Trips, que abraçou projeto inóspito do surfista, que desbrava o extremo sul do continente e suas ondas geladas e paisagens de tirar o fôlego, sendo o primeiro surfista brasileiro a surfar pelos lados de Falkland Island, nas Malvinas.

No primeiro dia de evento no Instituto Jubarte, tivemos a oportunidade de ver o trabalho realizado pelo mestre Kiko no grupo Capoeira Esporão, com crianças e adolescentes da Praia do Forte. Embalados pelos sons do berimbau e pandeiro, os cânticos eram entoados e tudo com direito, é claro, da exibição da arte/luta dos alunos.

Dentro dos debates sobre surf, me chamou atenção o fato da possível entrada do esporte nas Olimpíadas do Japão em 2010, sendo que, já no jogos do Olímpicos do Rio em 2016, uma exibição será feita no Arpoador. Se não me falha a memória, cinco novos esportes serão apresentados – Karatê, show ball, escalada, skate e surf-, e, possivelmente, ingressarão nos jogos.

Foi muito legal escutar e reviver histórias das carreiras dos presentes que, invariavelmente, fizeram parte um das histórias dos outros. Também curti conhecer mais sobre o surf baiano e ter a companhia dos presentes no outside juntamente com os locais, tudo muito bem organizado e repleto de alto astral.

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