O'Neill SP Prime

Italo em alta

Italo Ferreira O'Neill SP Prime 2014, Maresias, São Sebastião (SP).

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Italo Ferreira volta a superar Gabriel Medina e está nas oitavas-de-final do O’Neill SP Prime em Maresias (SP).  Foto: © ASP / Smorigo
 

O potiguar Italo Ferreira deu mais um importante passo rumo à elite do surf mundial. Nesta quinta-feira, o atleta de Baía Formosa voltou a derrotar Gabriel Medina e avançou direto às oitavas-de-final do O’Neill SP Prime, etapa do WQS que acontece na praia de Maresias, São Sebastião (SP).

Como era esperado, um swell de sul trouxe ondas de 1 metro e séries maiores ao pico. Grande estrela do evento, Medina começou bem de backside, somando uma nota acima de 7 pontos.

Porém, o líder do WCT surfou outra direita quando a prioridade pertencia ao pernambucano Ian Gouveia. Ian tentou fazer o drop logo adiante e Medina abortou a missão antes do choque, mas, na opinião dos juízes, o local de Maresias atrapalhou a investida do pernambucano na onda.

Mesmo com a perda de uma nota – punição aplicada em situações com prioridade -, Medina ainda tentou botar fogo na bateria e acertou um belo aéreo rodando de frontside avaliado em 8.50 pelos juízes.

Sem chance de virar, pois só poderia somar um total de 10 pontos, o atleta optou por abandonar a bateria e poupar energia caso tivesse de voltar ao outside mais tarde, deixando Italo e Ian livres no outside. O potiguar já tinha 8.60 na melhor onda (uma direita muito bem atacada de backside) e disparou na ponta com 7.03 na segunda melhor nota.

“Estou muito feliz por passar por mais uma bateria. Medina cometeu um erro, mas acontece. Eu escutei quando ele saiu da água faltando cinco ou seis minutos, mas não entendi muito bem. Ele poderia virar a qualquer minutos, pois surfa muito, está em casa e conhece muito bem a onda. Mas nessa fase ninguém é eliminado e na próxima ele pode voltar mais forte”, revela Italo.

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Gabriel Medina comete interferência e deixa a bateria faltando pouco mais de cinco minutos. Foto: © ASP / Smorigo
 

O atleta chegou a Maresias como oitavo no ranking e assumiu o quinto lugar na lista provisória com a classificação às oitavas. “Não estou pensando muito nisso, pois ficar pensando só em pontos às vezes atrapalha. Quero pensar em uma bateria de cada vez, e que seja feita a vontade de Deus”, finaliza o potiguar.

Gabriel Medina também falou sobre a marcação da interferência: “Eu fui na onda, achei que ele (Ian Gouveia) não ia entrar, aí eu pulei da prancha. Já fiz isso várias vezes no WCT e não marcaram interferência, mas acontece, é da competição. Eu poderia ter ganho essa bateria se não fosse isso, mas vamos pra próxima que vai começar do zero”, disse Medina, que comentou sobre os destaques do dia também. “As ondas estavam boas e com certeza o Filipinho (Toledo) puxou o ritmo. É legal ver os moleques arrebentando, eu também sou moleque, mas o Filipe quebrou. Eu estava surfando ali do lado, vi ele tirar aquela nota 10 e um 9 e pouco, vi os dois aéreos e foram irados mesmo. O Italo (Ferreira) também está quebrando, está num momento bom, tentando a vaga para o WCT e me venceu de novo, mas poderemos nos encontrar de novo mais pra frente”.

Medina x Julian Medina terá uma batalha de alto nível na repescagem. Ele reencontra o australiano Julian Wilson em sua casa e o duelo promete pegar fogo, trazendo à tona uma rivalidade que começou em 2012, depois do resultado final do WCT em Peniche, Portugal. Na ocasião, o brasileiro levou a virada do australiano na última onda e ficou muito irritado com a polêmica decisão dos juízes.

De lá pra cá, eles só se enfrentaram uma vez em duelo homem-a-homem, e o brasileiro deu o troco no australiano nas quartas-de-final do WCT em Hossegor, França, em 2013.

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