No ano passado, a praia de Maresias, em São Sebastião, lotada, viu o potiguar Ítalo Ferreira garantir sua vaga para a elite mundial. Por pouco não viu o jovem talento na final, parando na semi, em terceiro lugar. Este ano, ele voltou, sem pressão por resultados, mas logo em sua estreia no evento já mostrou ser um dos fortes candidatos ao título do Oi HD São Paulo Open of Surfing apresentado por Banco do Brasil.
Assegurou o recorde do evento até agora, somando 17,33 pontos de 20 possíveis, com direito a uma nota 9,33, ao esbanjar dos aéreos muito altos. Melhor estreante na elite mundial este ano e vindo de um excelente segundo lugar na etapa de Portugal, o surfista de Baia Formosa demonstra estar “leve” para tentar a vitória. “É diferente. Estou surfando sem pressão. Ano passado estava disputando vaga. Agora, o cenário é outro”, comentou.
“É um evento que gostaria de vencer e vou tentar esse objetivo. É o evento mais importante no Brasil, com grande visibilidade. Estou com equipamento muito bom, que me deixa superconfiante. Então, é só entrar na água e fazer o trabalho bem feito”, relatou Ítalo, referindo-se às pranchas produzidas pela Fábrica Silver Surf, em Santos, no modelo T.Patterson. “Eles me dão um suporte incrível”, agradeceu.
Atual sexto colocado no ranking do WCT em sua primeira temporada, à frente de um dos candidatos ao título, Julian Wilson, e do ícone Kelly Slater, o surfista de 21 anos vem fazendo uma campanha exemplar entre os 34 melhores do Mundo e deve ser confirmado como o “Rookie of the Year”, o prêmio de melhor novato do Tour. Além da final na etapa portuguesa, soma um terceiro lugar, no Rio e Janeiro, e três quintos lugares, dois deles nas respeitadas ondas de Fiji e Taiti.
“As coisas aconteceram muito rápido. Consegui muitos resultados bons e só aproveito o meu momento. Lógico que estou me dedicando muito e isso é resultado. Tinha muitos objetivos, alcancei alguns deles e espero terminar o ano entre os top 10 do Mundo. Vou correr atrás. Como falei, estou surfando sem pressão. Vou me divertir e espero subir cada vez mais no ranking”, disse Ítalo, que também tem na carreira o título brasileiro e o vice mundial pro júnior, em Portugal, ambos conquistados no ano passado.
Para a etapa de Pipeline, ele prefere ser comedido e quer usar as esquerdas de Fiji e Taiti como exemplo no Havaí. “Acho que posso surpreender muitas pessoas. Vou me dedicar muito para esta etapa, como fiz em Fiji e Taiti, ondas que não conhecia, nunca tinha surfado, e consegui bons resultados. Espero fazer o mesmo em Pipe”, afirmou o atleta, orientado pelo técnico e manager Luiz “Pinga” Campos.
Para 2016, os planos são ambiciosos. “Tem muita coisa boa pela frente. Vou me dedicar o dobro. Já vi que tudo é possível e vou buscar meus sonhos”, revelou Ítalo, que assim como nas baterias, é agitado fora do mar e gosta muito de brincar com os companheiros de Tour, sobretudo o parceiro de viagens Jadson André. “Não fico quieto um minuto sequer. Gosto de brincar muito, principalmente com o Jadson”, contou o surfista, fã do rapper Chris Brown, usando a música para diminuir a intensidade. “Estou sempre ouvindo música. Me deixa mais relaxado”, completou.
Com premiação de US$ 250 mil, o Oi HD São Paulo Open of Surfing apresentado pelo Banco do Brasil garantirá ao campeão US$ 40 mil e importantes 10 mil pontos no ranking QS, enquanto que o vice fatura US$ 20 mil e 8 mil pontos.
O QS 10000 Oi HD São Paulo Open of Surfing apresentado pelo Banco do Brasil tem os patrocínios de Oi e HD (Hawaiian Dreams) e Banco do Brasil, copatrocínios de Construtora Nosso Lar, Vult Cosméticos, Back Fish e Rádio 89 FM. Apoios do Governo do Estado de São Paulo e Prefeitura de São Sebastião. O evento é homologado pela World Surf League, com apoio institucional da Federação Paulista de Surf, Associação de Surf de São Sebastião e Associação de Surf de Maresias. Divulgação: Revista Fluir, Waves, ESPN e 89 FM.