Jacque Silva fecha com a LuiLui

Jacqueline Silva

A catarinense Jacqueline Silva acerta co-patrocínio com a LuiLui. Foto: Nancy Geringer.

A catarinense Jacqueline Silva voltou ao Brasil nesta terça-feira, depois de disputar a perna européia do circuito WQS, segunda divisão do surf mundial.

 

Antes de seguir até sua casa em Floripa, a atleta passou por São Paulo, acompanhada pelo seu técnico Bira Schauffert, para assinar contrato de co-patrocínio com a LuiLui e conversar com a imprensa.

 

A parceria entre a surfista e a marca segue até dezembro de 2005 e ela agora faz parte da equipe que já conta com as atletas Andréa Lopes, Juliana Guimarães, Bruna Schmitz e Geórgia Paschoal.

 

Jacqueline Silva parte com tudo para a reta final do circuito mundial. Foto: Divulgação Rip Curl.
?Esse é o começo de um trabalho legal. Ter um patrocínio forte, de uma empresa estruturada, garante tranqüilidade para que eu possa pensar exclusivamente nos campeonatos. Só me preocupar em fazer sempre o melhor?, afirma Jacque.

 

Devido ao intervalo de quatro meses nas provas do WCT, a elite do esporte, onde ocupa a terceira posição, Jacque disputou uma etapa do WQS nos Estados Unidos, além da perna européia, para manter o rip nas competições.

 

De quebra, foi campeã do O’Neill Angels Challenge, nona etapa do WQS Feminino, e ficou em quarto lugar no Honda US Open, na Califórnia.

 

A atleta confere a linha de calçados LuiLui. Foto: Ivan Storti / FMA Notícias.

“O campeonato em Anglet, na França, foi bem legal. Era um evento  pequeno, mas resolvi disputá-lo porque estava no caminho. Desde o começo fui bem, me adaptei bem ao mar e consegui boas notas até chegar à final”, disse Jacque.

 

Aos 25 anos, a catarinense disputa o circuito mundial há oito. “Passei praticamente toda  minha adolescência competindo no Tour”. Neste ano, segura do potencial de seu surf e amadurecida, começou o ano com o pé direito, ao vencer a primeira etapa do WCT na Austrália. Depois obteve três quintos lugares – Indonésia, Tahiti e França.

 

Atualmente, Jacque tem 2.856 pontos, ocupa a terceira posição no ranking e segue com o objetivo de conquistar o título mundial, ainda em 2004. A líder é a peruana Sofia Mulanovich, que em ótima fase, faturou três etapas seguidas e soma 3.960 pontos.

 

“Ainda faltam três etapas. Assim como a Sofia Mulanovich ganhou três seguidas, posso ganhar também estas três últimas provas. Com certeza tenho esperanças. Estou numa fase legal, surfando bem. Competições são imprevisíveis, as outras meninas também estão ali, surfando de igual para igual”, diz a atleta.

 

Para Jacque, Sofia não é a adversária a ser batida. “Não é porque ela ganhou três eventos que ela é melhor que as outras atletas. Ela surfou bem e mereceu as vitórias. Porém, todas as atletas estão surfando muito bem e estão em busca do mesmo objetivo. Ela venceu em eventos com ondas para esquerda, agora todos rolam em picos para direita. O ano ainda não acabou e tudo pode acontecer”.

 

A competidora permanece no Brasil até outubro, quando parte para a quinta etapa do WCT, o Rip Curl Malibu Pro, entre os dias 2 e 10, na Califórnia (EUA). “Esse período sem campeonatos é bom para rever a família, renovar a bateria, surfar com os amigos. Isso é o que faz a diferença. Quando rola um campeonato atrás do outro, o desgaste é muito grande. Vou recarregar as baterias e voltar com força total”, afirma determinada.

 

Em seguida tem as etapas finais no Hawaii, em Haleiwa, Oahu, de 12 a 24 de novembro, e Honolua Bay, em Maui, de 8 a 19 de dezembro. O histórico da atleta é positivo em eventos havaianos. Ela já fez quatro finais, uma no WCT e três no WQS com pontuação máxima (seis estrelas), garantindo três vitórias, uma delas em 2002, quando assegurou o vice-campeonato e ficou entre as três primeiras surfistas em eleição promovida pela revista norte-americana Surfer, feita entre os próprios atletas do Tour.

 

Para ela, o segredo para se dar bem é o treinamento. “Treinar é fundamental. As próximas etapas rolam em point break, ou seja, um tipo de onda que não costumo surfar. Mas, é justamente nesses picos que consegui os melhores resultados da minha carreira. Levo uma grande vantagem nisso”.

 

Jacque Silva nasceu em Florianópolis em 17 de julho de 1979. O contato com o mar começou ainda quando criança, incentivada pelo irmão mais velho. ?No começo eu e o Leandro nos revezávamos no mar, com uma pranchinha de isopor, mas aprendia muito rápido. Logo na primeira semana fiquei em pé?, recorda.

 

A boa relação com as ondas despertou o interesse do técnico Bira Schauffert, que lhe deu sua primeira prancha de fibra de vidro. Incentivada pelo pai, José Irineu, logo começou a despontar, ainda na época em que os campeonatos não contavam com a categoria feminina.

 

Para poder participar, Jacque competia com os garotos de sua idade, nas categorias de base. Em 1996 foi campeã brasileira amadora e chegou à final do ISA Games. No ano seguinte seguiu para o Circuito Mundial e em 99 chegou ao WCT. ?Sei que posso chegar mais longe. É questão de tempo?, diz confiante.

 

Nos próximos dias, a atleta lança seu site pessoal disponível no endereço Jacquelinesilva.com . 

 

Clique aqui e confira a galeria de fotos da atleta na LuiLui.

 

Perfil da Jacqueline Silva


Nome completo: Jacqueline Schveitzer da Silva
Apelido: Jacque
Posicionamento na prancha: Regular
Patrocinador principal: Rip Curl
Co-patrocinadores: Star Point, Lui Lui
Prancha: João Schlickmann
Quiver: 5´10 (2) / 6´0 / 6´2 / 6´5 / 7´2
Altura: 1,64m
Peso: 56 quilos
Data de nascimento: 17/ 07/ 79
Cidade e estado de nascimento: Florianópolis/SC
Cidade onde mora: Florianópolis
Nome do pai: José Irineu da Silva – Profissão: Funcionário da Prefeitura
Nome da mãe: Terezinha Schveitzer da Silva
Estado civil: Solteira
Nível de escolaridade: 2° grau completo
O que gosta de fazer quando não está surfando: escutar música e assistir TV
Se não fosse surfista: ?não sei, nunca pensei nisso?
Sonho: ser campeã do WCT
Decepção: perder um campeonato
Ritmo musical preferido: Surf music e bandas brasileiras
Banda/Cantor preferido: Tribo de Jah
Comida preferida: Massa e também arroz, feijão, fritas, frango e salada.
Bebida preferida: Sucos
Melhor filme que assistiu: Sexto Sentido
Melhor livro que leu: O Zen nas Artes Marciais
Outro esporte que gosta, além do surf: Vôlei
Maior ídolo no surf: Kelly Slater
Outro ídolo: Teco Padaratz
Em que ano começou a surfar: 1989
Em que praia: Barra da Lagoa
Ano que se profissionalizou: 1997
Primeiro evento que participou como profissional: Perna australiana do WQS
Em que praia foi este evento: Manly
Colocação obtida: 9ª posição
Praias de treinamento: Barra da Lagoa, Moçambique
Praias preferidas para surfar: Barra da Lagoa, Moçambique
Melhor onda: Snapper Rocks (Gold Coast – Austrália) e Honolua Bay (Maui – Hawaii)
Principais resultados na carreira: Vitória na etapa de abertura do WCT deste ano, na Austrália; vice-campeã mundial do WCT em 2002; vitória na etapa final do WCT 2002, em Honolua Bay, no Hawaii; campeã mundial do WQS, a divisão de acesso do WCT, em 2001; vice-campeã do WQS em 2000; eleita a Rookie of the Year (revelação do ano) em sua primeira temporada como profissional, em 1997; melhor amadora no ISA World Surfing Games, na Califórnia, em 1996; campeã brasileira amadora em 1996; tetracampeã catarinense amadora de 91 a 94.
 

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