Jacque Silva luta pelo bicampeonato no WQS

Jacqueline Silva - billabong Pro, Maui

Jacqueline Silva briga por um bom resultado na reta final do Tour. Foto: Pierre Tostee/ASP World Tour.
A catarinense Jacqueline Silva está no Hawaii para treinar nas ondas do arquipélago e disputar a Tríplice Coroa Havaiana, fase decisiva do circuito mundial que conta com dois eventos do WQS e a decisão do WCT.

 

Atualmente, Jacque figura na nona colocação no ranking da primeira divisão do Tour com 2.028 pontos (a líder Kealla Kenelly está com 3.120).

 

No WQS, a catarinense aparece em quinto lugar com 5.905 pontos. Na ponta está a havaiana Melanie Bartels com 6.873.

 

Se mandar bem no Roxy Pro, que já está em período de espera, e depois no Turtle Bay Resorts, também válido pelo WQS, pode melhorar ainda mais sua posição no ranking.

 

A primeira prova da Tríplice Coroa Havaiana, o Roxy Pro, distribui 2,5 mil pontos e US$ 6 mil para a campeã.  Jacque está escalada nas oitavas-de-final e pega a peruana Sofia Mulanovich.

 

Jacque Silva, campeã do Billabong Pro Maui 2002. Foto: Ellis/ASP.

Se Jacqueline vencer e suas adversárias diretas se derem mal, a catarinense pode tornar-se bicampeã mundial do WQS, título que já havia conquistado em 2001.

 

A seu favor, a surfista catarinense tem o retrospecto de vitórias nos últimos três anos no  Hawaii. Ela já faturou duas vezes o Roxy Pro (2000 e 2001), em Haleiwa. E no ano passado, venceu o Billabong Pro Maui, em Honolua Bay, com uma excelente performance, conquistando a melhor posição de um atleta brasileiro no circuito mundial WCT: o vice-campeonato mundial.

 

Confira abaixo a expectativa da atleta sobre a decisão do Tour 2003.

 

Quando você chegou ao Hawaii? Como está sua expectativa em relação a estas duas etapas importantes do WQS, e a última do WCT, afinal você tem um histórico positivo em eventos no Hawaii?

Jacqueline Silva sempre se dá bem no Hawaii. Foto: Pierre Tostee/ASP World Tour.

 

Cheguei no Hawaii há três dias e o campeonato continua parado por falta de ondas. Sempre que venho para o Hawaii, fico apreensiva com o campeonato, na expectativa de começar logo e poder surfar as ondas de Haleiwa, que me amarro muito por sinal. Já tenho um pouco a manha de me posicionar no pico. Isso facilita bastante. Turtle Bay não tem o mesmo potencial de Haleiwa. É uma onda menor e sem muita força. Ano passado perdi de cara e neste ano pretendo ir melhor.

 

Neste ano você chega ao Hawaii em situação parecida com a do ano passado no WCT,
em que você figurava na oitava posição no ranking, venceu o Billabong Pro e sagrou-se
vice-campeã mundial. Neste ano, a diferença é que você aparece em nono lugar. Você tem alguma carta na manga para se dar bem novamente e pular para o topo?


Levar um campeonato no Hawaii não é para qualquer uma. E ainda por cima levar o título mundial do WQS, não é mole não. Foto: Pierre Tostee/ASP World Tour.
Não tenho nenhuma carta na manga, não. Acho que se for para ser de novo, vai ser. Claro que também tenho que dar um gás, pois depende bastante de mim. Aqui sempre entro na água com vontade de ganhar, já que tenho um histórico legal em competições no Hawaii.

 

Você está em em quinto lugar no ranking WQS. Só o Roxy Pro distribui 2,5 mil pontos para a campeã. Ou seja, se você se der bem nesse evento e suas adversárias diretas forem mal, você tem grandes chances de tornar-se bicampeã mundial do WQS, não é?

 

Acredito que tenho chances de levar esse título sim. Só vai depender do meu resultado, principalmente em Haleiwa. Bom, vou deixar as coisas rolarem como fiz quando fui campeã em 2001. Não fiquei fazendo cálculos para saber as chances que tinha de ser campeã do WQS. Simplesmente pensei comigo: Vou fazer o melhor para vencer essa etapa. Depois soube que com a vitória, tinha chances de assumir a ponta. E foi o que aconteceu, Só depois no pódio que me falaram do título. Então, vou deixar rolar e esperar para ver o resultado final.

 

Como você avalia este seu ano no circuito mundial?


Não foi do jeito que esperava. Meu objetivo era teminar como campeã do WCT, mas não foi desta vez. A luta não pára e vou correr atrás. Tenho chances de melhorar minha posição nos dois rankings, só depende dos meus resultados. Vou me esforçar bastante para terminar bem no ranking.
 

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