Rip Curl Pro

Jadson vira no fim

Jadson André, Rip Curl Pro 2010, praia dos Belgas, Portugal. Foto: © ASP / Cestari.

Jadson André derruba Brett Simpson nos últimos instantes. Foto: © ASP / Cestari.

Com uma virada brilhante nos últimos instantes, o potiguar Jadson André derrotou o norte-americano Brett Simpson e garantiu vaga na quarta fase do Rip Curl Pro na tarde desta terça-feira (12/10) em Peniche, Portugal.


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Depois de checar as condições em Supertubos que não eram favoráveis pela manhã, a direção de prova optou por utilizar um dos palanques alternativos e recomeçar a competição na praia dos Belgas, onde as ondas quebraram com até 1 metro durante todo o dia e vento maral suave.

 

Owen Wright arranca primeira nota 10 do evento com aéreo insano. Foto: © ASP / Cestari.

Para garantir a vitória no terceiro round, Jadson André arriscou tudo nos segundos finais da bateria e completou dois aéreos alucinantes de frontside na mesma onda, para vencer o confronto que foi dominado por Brett Simpson praticamente do início ao fim, pelo apertado placar de 13.83 a 13.67 pontos.

 

Depois de ver o norte-americano arrancar facilmente as notas com os aéreos, Jadson conseguiu a esquerda salvadora pela qual havia esperado durante todo duelo e logo depois saiu da água aplaudido para comemorar com a torcida na areia.

 

“Eu amo surfar em Supertubos porque amo os tubos, mas também gosto muito desta onda aqui. Eu estava só olhando o Brett Simpson conseguir as notas com os áereos e pensei que eu tinha que dar logo dois, então arrisquei tudo e deu certo”, comemora Jadson André.

 

“Tive muitas oportunidades, mas caí em várias ondas. Eu sabia que precisava de uma pontuação alta e aquela onda foi perfeita. Quando aterrisei do segundo aéreo fiquei muito feliz”, complementa o potiguar.

 

Atual líder do ranking, o eneacampeão mundial Kelly Slater conseguiu seu melhor resultado da carreira em Portugal ao passar para a quarta fase.

 

Com um placar de 13.17 a 11.60, ele despachou sem dificuldades o compatriota Gabe Kling, que não entrou em sintonia durante a disputa e errou muitas manobras.

 

“Você não pode ter um plano pré-definido lá fora. Você tem que estar ativo o tempo todo e pegar muitas ondas. Era isto que eu estava buscando em minha bateria. Quero vencê-las, então preciso ser agressivo e buscar grandes pontuações, mas também é preciso ser esperto para garantir suas ondas”, revela Kelly Slater.

 

Para a felicidade de Slater, ele assistiu uma das principais ameaças ao seu possível décimo título mundial ser eliminada precocemente em Portugal.

 

Atual campeão mundial e defensor do título da etapa, o australiano Mick Fanning caiu diante de um inspirado Travis Logie, que vinha de más atuações na etapas anteriores e agora está dando muita dor de cabeça aos adversários.

 

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Mick Fanning abre caminho para Kelly Slater. Foto: © ASP / Kirstin.

Derrotado pelo apertado placar de 16.04 a 15.93, Fanning nada pode fazer contra as potentes manobras do sul-africano, que foi o autor da virada mais impressioanante do dia. Nos últimos duelos tem sido orientado pelo próprio Kelly Slater, seu parceiro de equipe e agora técnico.

 

“Eu não posso acreditar. Na metade da bateria eu estava em combinação e não sabia o que estava fazendo de errado. Então, eu consegui duas boas direitas e tentei surfar o melhor que pude. As pontuacões demoraram para sair. Quando soube que havia tomado a dianteira o Fanning ainda pegou uma boa. Estou amarradão”, comemora Travis Logie.

“Com certeza este é um evento crucial para mim. Eu perdi muitas baterias por muito pouco e realmente preciso conseguir bons

Kelly Slater segue cada vez mais próximo do décimo título. Foto: © ASP / Kirstin.

resultados se quiser sobreviver ao corte depois de Pipeline. Estas duas últimas baterias me deram muita confiança e espero continuar neste caminho”, complementa o sul-africano.

 

Apesar da queda do australiano, o sul-africano Jordy Smith continua na segunda posição do ranking e apesar da grande distância de pontos, ainda pode ser uma pedra no sapato de Kelly Slater.

 

Owen nota 10 Estreante na elite mundial do surf, o jovem australiano Owen Wright protagonizou o momento mais emocionante do dia e levou a torcida ao delírio com a primeira nota 10 do evento, conquistada com um aéreo rodando impressionante e aterrissagem perfeita em uma esquerda, quando saía da água para trocar de prancha, que estava trincada ao meio.

 

“Eu tinha realmente trincado minha prancha na onda anterior e estava apenas saindo para trocá-la, mas a junção armou na minha frente e mandei aquele aéreo. Sinceramente voei mais alto do que eu imaginava e achei que sairia rodando para trás da onda. Fiquei muito empolgado quando ouvi o placar”, surpreende-se Owen Wright.

 

Com mais uma nota 7.50 somada, ele não deu chance alguma ao seu compatriota Kai Otton, que anteriormente havia eliminado o tricampeão mundial Andy Irons, mas desta vez não teve chances. Placar final: 17.50 a 12.80 pontos.

 

O dia foi marcado por baterias muito disputadas e vitórias por pequenas diferenças de pontos em sua maioria.

 

Combate aéreo Com o formato novo, vigente desde a segunda metade da temporada, depois do corte promovido pela ASP, na quarta fase nenhum surfista é eliminado.

 

Eles voltam a se enfrentar com três homens na água e em baterias sem prioridade. O vencedor avança direto às quartas-de-final, enquanto os outros dois encaram a quinta fase em baterias homem-a-homem.

 

Neste desafio, o potiguar Jadson André irá enfrentar o sul-africano Jordy Smith e o australiano Owen Wright. Os três são conhecidos por terem nos aéreos suas armas mais mortais e certamente assistiremos a um show de surf moderno e progressivo, assim como valoriza o novo critério de julgamento do circuito.

 

Uma nova chamada para possível reinício da competição acontece nesta quarta-feira às 4 horas da manhã (horário de Brasília) na praia dos Belgas.

 

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Matt Wilkinson e Taj Burrow dão exemplo de espírito competitivo. Foto: © ASP / Cestari.

Quarta fase do Rip Curl Pro 2010

 

1 Matt Wilkinson (Aus), Michel Bourez (Tah) e Adrian Buchan (Aus)
2 Damien Hobgood (Eua), Chris Davidson (Aus) e Kelly Slater (EUA)
3 Travis Logie (Afr), Jeremy Flores (Fra) e Patrick Gudauskas (EUA)
4 Owen Wright (Aus), Jadson André (Bra) e Jordy Smith (Afr)

 

Terceira fase

1 Matt Wilkinson (Aus) 14.67 x Taj Burrow (Aus) 14.50
2 Michel Bourez (Tah) 11.00 x Daniel Ross (Aus) 7.56
3 Adrian Buchan (Aus) 11.17 x Dusty Payne (Haw) 10.40
4 Damien Hobgood (EUA) 10.90 x Tom Whitaker (Aus) 10.24
5 Chris Davidson (Aus) 12.60 x Taylor Knox (EUA) 10.67
6 Kelly Slater (EUA) 13.17 x Gabe Kling (EUA) 11.60
7 Travis Logie (Afr) 16.04 x Mick Fanning (Aus) 15.93
8 Jeremy Flores (Fra) 10.60 x Bobby Martinez (EUA) 8.50
9 Patrick Gudauskas (EUA) 13.77 x CJ Hobgood (EUA) 8.70
10 Owen Wright (Aus) 17.50 x Kai Otton (Aus) 12.80
11 Jadson André (Bra) 13.83 x Brett Simpson (EUA) 13.67
12 Jordy Smith (Afr) 13.17 x Dean Morrison (Aus) 11.26

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