O havaiano Jamie Sterling conquistou o título de campeão mundial de ondas grandes após o encerramento do prazo de espera das duas últimas etapas do Big Wave World Tour (em Mavericks e Todos os Santos).
Criado pelo renomado shaper Gary Linden, o circuito deste ano contou com cinco provas, mas apenas três foram realizadas. Em um ano de “La Ninã”, Linden teve o apoio dos atletas e patrocinadores, mas faltou a ajuda da Mãe Natureza para enviar swells XXL para realização das duas últimas etapas.
Melhor para o havaiano Jamie Sterling, recuperado de uma contusão sofrida no ano passado, foi o competidor” mais constante na temporada. No “Quiksilver Ceremonial Punte de Lobos, no Chile, o vencedor foi o local Christian Merello, com Sterling na quarta posição
Na etapa seguinte, os big riders encararam o “Billabong Pico Alto Invitacional”, no Peru. O havaiano subiu no lugar mais alto do pódio, com os brasileiros Carlos Burle (3o) e Marcos Monteiro (4o) também entre os destaques. Na estreia no circuito do “Nelscott Reef Big Wave Classic”, em Oregon (EUA), outro havaiano levou a melhor. Kohl Christensen obteve o primeiro lugar e Jamie ficou em terceiro.
Aí, faltaram alguns pés de ondas para realização do “The Jay at Mavericks Big Wave Invitational”, em Half Moon Bay, Califórnia, e “The Peligros at Todos Santos 2011”, no México. São necessários no mínimo 15 pés. No total participam 24 big riders divididos entre 12 locais e 12 internacionais – além de alternates. As baterias duram entre 45 minutos e uma hora.
Para Sterling, não tem como ganhar um circuito desses sem estratégia. “É pura tática. Antes eu não tinha muito disso, mas descobri como fazer. Não é apenas ir lá para trás e pegar uma onda gigante. Você precisa de duas em cada bateria. E muitos dos surfistas fazem isto há muito tempo. É como em uma bateria de WCT. Cada competição é diferente”, analisa.
“Para participar de um circuito assim, você precisa ser um waterman, estar fisicamente e mentalmente em forma, pois as condições são duras. Não é fácil estar preparando para longas disputas, com wipeouts sinistros em condições geladas. Você não senta lá fora com a tranqüilidade de quem faz um freesurf, mas sim com os nervos à flor da pele, tendo que enfrentar ondas gigantes e os melhores atletas destas condições”, reconhece Sterling.
Surfando com pranchas de Rusty Preisendorfer, as maiores ondas do havaiano contaram com cerca de 20 pés (em escala havaiana), com cerca do dobro de face no Peru e em Oregon.
Campeão do circuito no ano passado, o pernambucano Carlos Burle ficou com a quarta posição na classificação geral. De Saquarema (RJ), Marcos Monteiro foi o quinto no ranking.
Ranking final – após três etapas
1 Jamie Sterling – 2509
2 Kohl Christensen – 1300
3 Anthony Tashnick – 1257
4 Carlos Burle – 1250
5 Marcos Monteiro – 1131
1ª etapa no Chile
1 Cristian Merello (Chile)
2 Gabriel Villaran (Peru)
3 Peter Mel (EUA)
4 Jamie Sterling (Hawaii)
5 Mark Healey (Hawaii)
6 Greg Long (EUA)
2ª etapa no Peru
1 Jamie Sterling (Hawaii)
2 Anthony Tashnick (EUA)
3 Carlos Burle (Bra)
4 Marcos Monteiro (Bra)
5 Greg Long (EUA)
6 Grant Baker (Africa do Sul)
3a etapa no Oregon
1 Kohl Christensen (Hawaii)
2 Chris Bertish (Africa do Sul)
3 Jamie Sterling (Hawaii)
4 Kealii Mamala (Hawaii)
5 Rusty Long (EUA)
6 Peter Mel (EUA)