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Deu Brasil mais uma vez no Maresia Surf International de Itajaí, agora com o paraibano Jano Belo festejando sua primeira vitória no circuito mundial WQS. No domingo decisivo da etapa nível 6 estrelas do WQS, ele derrotou três brasileiros para chegar à final.
Jano não deu qualquer chance ao havaiano Dustin Barca na decisão do título no último dia de ondas de 1 metro na praia Brava.
A vitória valeu um prêmio de US$ 15 mil e 2500 pontos no ranking da divisão de acesso à elite mundial, mas o campeão não estava bem colocado no ranking e subiu da 166ª para a 91ª posição. Enquanto o havaiano Dustin Barca ingressa na zona de classificação ao WCT.
O cearense Márcio Farney e o japonês Masatoshi Ohno, também muito embaixo no ranking, dividiram a terceira colocação no pódio da 39ª etapa do WQS.
A próxima começa terça-feira em Ubatuba (SP), também oferecendo US$ 135 mil e valendo 2500 pontos nesta reta final da corrida pelas 15 vagas que completam a elite do ASP World Tour 2009.
?Já estava buscando um resultado assim há muito tempo e só tenho que agradecer a Deus por ter me dado muita tranqüilidade para suportar toda a pressão de uma final. O mar estava difícil, a bateria foi tensa e Dustin Barca estava surfando muito. Hoje só peguei bateria pedreira e estou muito feliz. Obrigado meu Senhor?, agradeceu apontando ao céu.
?Quero oferecer este título a toda minha família, meus pais, meus sogros, minha esposa que está sempre ao meu lado me dando força, mas primeiramente a Deus que esteve junto comigo durante todo o evento. Dei tudo de mim na final e o bom é que deu Brasil na cabeça mais uma vez?, vibra o paraibano de 26 anos de idade.
O paraibano começou o último dia de disputas derrotando o catarinense Beto Mariano nas oitavas-de-final, depois passou pelos cearenses Adilton Mariano nas quartas e Márcio Farney na semifinal.
Na final, Jano Belo largou na frente com força total e não deu qualquer chance de reação ao havaiano. Já largou com nota 7.50 e depois tirou um 7 redondo, que em seguida foi trocado por outro 7.50.
Minutos depois, Jano Belo achou mais uma esquerda com boa parede e foi desferindo várias manobras com velocidade e segurança para arrancar 8.10 dos juízes.
Dustin Barca, que pegou ótimos tubos no sábado e domingo, só surfou uma onda regular na decisão do título, que acabou com o paraibano Jano Belo comemorando sua primeira vitória no circuito mundial pelo placar de 15.60 a 12.90 do havaiano.
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Apesar do vice-campeonato, o havaiano ficou feliz com o resultado e vai tentar confirmar sua entrada no WCT em casa, nas etapas finais do WQS no Hawaii.
?Infelizmente as melhores ondas da final entraram para ele, que mereceu a vitória. Bom para ele e para a torcida que fizeram a festa em casa. Também estou contente com o segundo lugar, que me colocou dentro do grupo que sobe ao WCT?, fala Dustin Barca, único havaiano na lista atualizada dos 15 do WQS depois do Maresia Surf International e da etapa encerrada também no domingo nas Ilhas Canárias.
?Os havaianos têm dificuldade para correr o circuito porque lá temos ótimas ondas, clima tropical e água quente, então fica difícil a gente sair para competir em eventos com ondas ruins e água gelada. Não foi o caso daqui que deu boas ondas, bons tubos e estou feliz porque me aproximei do meu grande objetivo que é entrar no WCT?, ressalta o havaiano que assumiu a 14ª posição no ranking.
Seu último adversário antes da decisão do Maresia Surf International foi o japonês Masatoshi Ohno, que fez a festa com o seu melhor resultado na carreira, pois nunca tinha chegado às semifinais de uma etapa nível 6 estrelas.
?Eu queria muito fazer a final aqui, mas estou amarradão pelo meu resultado, que é o melhor da minha carreira. Pena que ele veio justamente no ano que tirei para dar uma parada nas viagens. Venho correndo o circuito completo há muito tempo e neste ano preferi escolher só alguns eventos para disputar e estes aqui do Brasil já estavam escolhidos, pois gosto muito de competir aqui?, conta Masatoshi Ohno.
Ele e o cearense Márcio Farney receberam US$ 4,5 mil dólares de prêmio e 1.875 pontos no WQS. O brasileiro pulou de 203 para 125, pois só disputou as etapas realizadas no Brasil.
?Fiquei feliz pela vitória de Jano Belo. Ele me tirou do campeonato, mas pelo menos deu Brasil mais uma vez e isso era importante para a gente. Mais uma vez bati na trave e, como no Rio de Janeiro semana passada, surfei a melhor onda da bateria e perdi. Mas é isso mesmo. O importante é que consegui surfar no mesmo nível que os surfistas internacionais e no ano que vem quero ver se consigo entrar com tudo no WQS para tentar uma vaga para o WCT?, promete o cearense.
Brasil fora do G-15 ? Como só os que não estavam bem colocados no ranking tiveram sucesso na praia Brava, pela primeira vez na história do WQS iniciada em 1992, nenhum brasileiro aparece na zona de classificação para o WCT depois dos resultados em Itajaí e da etapa nas Ilhas Canárias.
O último a sair da lista foi o paranaense Jihad Khodr, que foi ultrapassado pelo havaiano Dustin Barca no domingo e agora é o 17º colocado, logo a frente do carioca Simão Romão em 18º, do paulista Hizunomê Bettero em 19º e do carioca Pedro Henrique em 20º lugar.
A última esperança para que o quadro mude antes das etapas finais no Hawaii rola nesta semana em Ubatuba (SP).
O Maresia Surf International é realizado com patrocínio da Nova Schin, Vivo, Governo do Estado de Santa Catarina e Fundesporte – Fundo de Incentivo ao Esporte da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, além do apoio da Haco Etiquetas, Revista Fluir, site Waves.Terra, Pousada Ondas da Brava, Kiwi Bar, Jornal Drop e Movie Action. O evento é uma realização conjunta da Prefeitura Municipal de Itajaí, Fundação Itajaiense de Turismo, Federação Catarinense de Surf e da Associação de Surf Praias de Itajaí.
