Um belo dia de Sol, calor e boas ondas de até 1 metro formaram um lindo cenário para a estréia do Circuito Brasileiro Profissional 2008 na Joaquina, Florianópolis (SC).
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Desde 2004 que um dos principais palcos do esporte no país não sediava uma etapa da Divisão Principal do Circuito Brasileiro e os surfistas estavam com saudades de competir na Ilha de Santa Catarina.
Eles também aprovaram a volta do formato do WCT no Brasileiro Pro, principalmente pela segunda chance na repescagem, caso não consigam sair vitoriosos em suas estréias nas etapas.
Nesta quarta-feira, toda a elite do surf nacional fez sua primeira apresentação na temporada, que terá mais quatro etapas para definir os campeões brasileiros.
Uma triagem envolvendo oito surfistas convidados abriu o primeiro dia de competição na capital catarinense. Esta é outra novidade do circuito, dando chance para surfistas que não figuram na elite completar o quadro de 48 participantes nas etapas.
Na primeira, o cabo-friense Victor Ribas e o surfista local Fabrício Machado ficaram com as vagas, superando o paraibano Fábio Gouveia e o catarinense Guilherme Ferreira na final das triagens.
?Uma oportunidade legal que o Brasileiro deu pra gente que saiu do WCT, como é meu caso, mas é uma pedreira porque só tem surfistas bons e acho que vai ser difícil assim em todas as etapas?, fala Victor Ribas, que até o ano passado representava o Brasil no WCT.
?Na real, será um outro evento dentro do principal e estou muito satisfeito por ter passado?, completa Vitinho, que depois derrotou dois surfistas catarinenses para garantir classificação direto para a terceira fase, mandando Marco Polo e Davi de Jesus para a repescagem.
Eles disputaram a nona bateria da primeira fase classificatória, que foi inaugurada com vitória do primeiro cabeça-de-chave a se apresentar na Joaquina, o paulista Hizunomê Bettero, que também estava muito feliz.
?Tá dando tudo certo. O Palmeiras ganhou do Corinthians. Passei a bateria e peguei boas ondas. Apesar do mar estar um pouco difícil, tá tudo dando certo?, brinca Hizunomê, que derrotou o catarinense Pedro Norberto e o niteroiense Bruno Santos.
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O experiente carioca Pedro Muller, presidente da Associação Brasileira de Surf Profissional (Abrasp), que ainda compete na divisão de elite do surfe nacional, foi barrado pelo paraibano Jano Belo na terceira bateria e comentou sobre a volta do formato de competição.
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Aos 41 anos de idade, Muller ainda detém o recorde de vitórias (nove) na história do Circuito Brasileiro, inaugurado em 1987 na mesma praia da Joaquina. Além de ser o único a faturar o título brasileiro por antecipação, em 1989.
Já os que vencem suas baterias acabam ganhando uma folga. O primeiro high-score da temporada foi a nota 8.67 do carioca Leandro Bastos, na segunda bateria da primeira fase.
O baiano Bruno Galini foi o primeiro a superar os 15.50 pontos do paulista Hizunomê Bettero, totalizando 15.80 pontos.
Já o catarinense Jean da Silva atingiu exatos 16.00 pontos para barrar o cabeça-de-chave número 1 da etapa, o paulista Renato Galvão, junto com o surfista local da Joaquina Fabrício Machado para a repescagem.
?Entrei com bastante paciência no mar e procurei me posicionar mais no meio da praia para pegar as esquerdinhas que estavam rolando. Já comecei com um 7.50 e logo na volta pintou mais uma onda que abriu até a beira. Aí executei as manobras que resultaram no 8.50. Estou amarradão por começar a temporada com o maior somatória até agora. Legal que com este novo formato, passei direto para a terceira fase?, comenta Jean da Silva.
Para o primeiro dia do Brasileiro Pro 2008 foi programada uma verdadeira maratona de baterias. Além dos três confrontos das triagens, seriam realizadas as 16 da primeira fase classificatória Masculino e ainda as 6 da rodada inicial Feminino. Já a quinta-feira fica reservada para a repescagem das duas categorias.