Oakley Pro Junior

Jessé Mendes espanca a Joaca

Jessé Mendes, Oakley Pro Junior 2010, Joaquina, Florianópolis (SC)

Jessé Mendes encontra a boa e não perdoa. Foto: Basílio Ruy / Oakley.

Os cabeças-de-chave entraram em ação e as 14 primeiras baterias da round inicial do Oakley Pro Junior 2010 rolaram nesta quarta-feira (2/6) na praia da Joaquina, Florianópolis (SC). A prova decide o título brasileiro profissional Sub-20.     


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As condições do mar em ressaca continuam difíceis para os atletas. Ondas com cerca de 1,5 metros e formação totalmente prejudicadas quebraram sob forte vento, que oscilou em diversas direções no decorrer do dia. O evento chegou a ser paralisado algumas vezes.

 

Julio Terres aproveita oportunidade e bota pra dentro. Foto: Basílio Ruy / Oakley.

O paulista Jessé Mendes não tomou conhecimento das onda ruins e de cara esculachou as direitas que encontrou pela frente, com manobras muito fortes na parte crítica e soube conectá-las muito bem para estabecer as novas marcas do evento.

 

De cara já arrancou nota 9.00, a melhor do dia, e ainda somou 15.33 pontos, também a melhor soma, para não deixar dúvidas e mandar os catarinenses João Paulo Abreu e Diego Michereff para a repescagem sem chances de reação.

 

“O mar está difícil, mas fiquei prestando atenção e percebi que não adianta ficar pegando onda pequena e vir até o raso, então investi nas maiores da série, que proporcionam manobras mais fortes. O ano passado fui bem neste campeonato, acabei perdendo para o campeão (Alejo Muniz), mas este ano estou confiante”, diz Jessé Mendes.

“Normalmente os tubos e aéreos são prioridade nos campeonatos, mas aqui está muito difícil de achar ondas que proporcionem isto, pois está balançando e com vento, então tem que achar o momento certo da onda para mandar batidas fortes e manobras bem definidas, principalmente se você encontrar as ondas mais limpas da série”, revela o guarujaense.

 

Na sequência foi a vez do principal cabeça-de-chave entrar em cena e também garantir passagem direta ao terceiro round. Com fortes manobras nas ondas da série, Miguel Pupo pegou duas notas na casa dos 6 pontos logo no início da bateria e depois soube proteger o posto, para mandar à repescagem o potiguar Ítalo Ferreira e o paulista Gustavo Araújo.

 

“A bateria foi difícil. Peguei duas ondas no começo, mas depois o Ítalo me surpreendeu com um 7.50. Não fiquei marcando ele, mas tentei proteger a direita, já que ele é de Baía Formosa (RN) e surfa muito bem de backside. Então quanto mais eu protegesse a direita, melhor para mim”, explica Miguel Pupo.

“Como ainda temos uma segunda chance na respescagem, para mim o mais importante nesta bateria foi saber como estava o mar e me adaptar, procurando sempre melhorar o surf durante a competição”, complementa o sebastianense, que neste ano está invicto no Pro Junior do Brasil.

 

Quem também estreou neste round e se deu bem foi o paranaense Peterson Crisanto, que no começo do duelo teve dificuldade para encontrar as boas, mas abriu os scores com uma onda regular e depois arrancou um 6.40 com uma forte manobra na junção, que lhe rendeu a vitória em cima do catrinense Ian Daberkow e do paulista Odarci Nonato.

 

“Para ser bem valorizado neste mar, acho que uma batida boa na junção chutando ou até mesmo um aéreo completo podem valorizar bem a nota. Você mandando duas manobra boas no outside é possível conseguir uma boa pontuação”, acredita Peterson Crisanto.

“A expectativa para o próximo round é boa. Estou bem concentrado e com muita vontade de vencer este campeonato. Vou lutar bastante para isto”, promete Petersinho.

 

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Luel Felipe ataca o lip em Floripa. Foto: Basílio Ruy / Oakley.

O paulista Matheus Toledo foi o primeiro cabeça-de-chave a estrear com vitória. Na sexta bateria do dia, ele derrubou o catarinense Bruno Lopes e o cearense Thomas Demetrio. No duelo mais fraco de onda do dia, ele conseguiu achar uma onda 4.50 que lhe deu a vitória.

 

“Vou te falar que hoje está bem na sorte, tem que vir a boa pra ti, porque a condição não está muito favorável, mas eu consegui achar uma direita, que na verdade não foi tão boa, mas pelas circunstâncias da bateria deu para classificar”, conta Matheus Toledo.

 

No primeiro duelo da rodada, o catarinense Julio Terres protagonizou uma ótima performance e derrubou o cabeça-de-chave Caio Ibelli, que começou bem com 7.17, porém foi surpreendido com 7.50 do catarinense, que somou 12.00 pontos e ainda encontrou o primeiro

Miguel Pupo mantém invencibilidade. Foto: Basílio Ruy / Oakley.

tubo do dia. Além de Caio, o capixaba Rafael Teixeira também caiu para a repescagem.

 

“Estou feliz porque consegui pegar uma onda boa para ganhar de um dos grandes nomes do Brasil na atualidade, o Caio Ibelli. A bateria foi boa, pois nós conseguimos notas acima dos 7 pontos. A minha foi um pouquinho melhor e garantiu a vitória. Já passei direto, então agora é torcer para o mar melhorar nos próximos dias para o evento ficar mais bonito”, diz Julio Terres.

O pernambucano Luel Felipe também chamou atenção e agrediu forte as ondas do pico com fortes pauladas no lip e também encontrou um tubinho, para despachar o cearense Ícaro Lopes e o paulista Tamaê Bettero para a repescagem.

 

“Dei sorte porque o mar está muito difícil e as ondas um pouco irregulares. Consegui achar uma boa direita abrindo para colocar duas manobras fortes, fazer a conexão com o inside para fazer mais duas, então os juízes gostaram e soltaram a nota. Está bem difícil competir, correnteza muito forte, mas acho que o mar vai dar uma melhorada e ficar perfeito para a galera mostrar um show de surfe aqui”, declara Luel Felipe.

 

Em meio às condições de ressaca, quem enfrentou condições adversas para trabalhar não foi só a molecada na água. A equipe do Salva Surf não mediu esforços para dar toda assistência necessária aos atletas com o jet-ski, garantindo a segurança do evento e dando uma carona aos competidores até o outside antes do início de cada bateria.

 

“Hoje está melhorzinho, o mar deu uma abaixada e uma alinhadinha. Ontem estava mais difícil para trabalhar, com muito vento e ondulação mais forte, até vimos um turista com um bodyboard que não saía do lugar, entrou em uma corrente. Fomos lá e tiramos ele da água. Estamos sempre cuidando da praia. Fazendo a prevenção de acidentes na praia enquanto estamos aqui. Agora já estamos completando 10 anos de existência e calejados”, explica o simpático Sidnei Arute. Conhecido como Galo, ele é socorrista e assistente em terra da equipe.

 

Uma nova chamada acontece às 7:30 desta quinta-feira para um possível reinício com as duas baterias restantes do primeiro round.

 

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Juízes sempre ligados na ação. Foto: Basílio Ruy / Oakley.

Oakley Pro Junior 2010

Primeira fase

1 Julio Terres (SC) 12.00, Caio Ibelli (SP) 11.17 e Rafael Teixeira (ES) 6.20
2 Medi Veminardi (FRA) 8.84, Marco Fernandez (BA) 6.16 e Bryan Franco (SP) 4.86
3 Luel Felipe (PE) 12.23, Tamaê Bettero (SP) 4.84 e Ícaro Lopes (CE) 3.97
4 Ricardo dos Santos (SC) 7.70, Krystian Kymmerson (ES) 6.64 e Pérsio Nóbrega (SC) 4.40
5 Luan Wood (SC) 7.87, Matheus Navarro (SC) 7.40 e Nathan Brandi (SP) 6.23
6 Matheus Toledo (SP) 6.30, Thomas Demetrio (CE) 4.80 e Bruno Lopes (SC) 2.37
7 Santiago Muniz (SC) 8.87, Luan Carvalho (SP) 8.60 e Bruno Moraes (SC) 5.83
8 Jessé Mendes (SP) 15.33, João Paulo Abreu (SC) 5.60 e Diego Michereff (SC) 3.20
9 Miguel Pupo (SP) 13.07, Ítalo Ferreira (RN) 10.67 e Gustavo Araujo (SP) 8.37
10 Peterson Crisanto (PR) 8.40, Yan Daberkow (SC) 7.60 e Odarci Nonato (SP) 6.70
11 Yan Guimarães (RJ) 10.10, Marco Aurélio (SP) 7.97 e Kalani Silva (SP) 5.54
12 Ian Gouveia (PE) 11.30, Cainã Barletta (RS) 6.40 e Gustavo Sanches (SP) 4.50
13 Pedro Husadel (SC) 9.77, Geovani Ferreira (SP) 6.93 e Jonatan Busetti (SC) 6.17
14 Filipe Braz (RJ) 7.57, Yuri Gonçaves (SC) 6.67 e Thayson de Souza (SC) 4.50
15 Thiago Guimarães (SP), Marthen Pagliarini (SC), Vicente Romero (SC)
16 Cauê Wood (SC), Daniel Gonçalves (RJ), Lucas Silveira (RJ)

 

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