Jet ski alivia surfistas no SuperSurf

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Romeu Bruno e sua equipe rebocaram os atletas ao outside durante o evento. Foto: Ricardo Macario.
Durante a primeira etapa do Circuito Brasileiro Profissional, o SuperSurf, jet-skis foram usados para rebocar os atletas até o outside de Maresias, que contou com ondas de até 2 metros.

 

Esse recurso existe desde o início do ano passado, com a equipe do salva-vidas e big rider Romeu Bruno, que é contratada para comparecer em todas as etapas do circuito.

 

“Foi excelente o trabalho executado pelo Romeu Bruno e equipe. As condições do mar no sábado estavam muito ruins e por isso decidimos utilizar o reboque para dar mais dinamismo ao campeonato”, explica Evandro de Abreu, organizador do evento e gerente de produto da Unidade Jovem do Grupo Abril.
 
“Nas últimas baterias do domingo, o mar já estava mais tranqüilo, porém os atletas solicitaram à direção do evento a continuidade do serviço. Aí definimos que nos últimos cinco minutos o jet não podería ser mais utilizado. Mas foi exclusivamente porque as

Além de rebocar os surfistas ao outside, os jets garantem a segurança dos atletas dentro d’água. Foto arquivo: Ricardo Macario.
condições do mar tinham melhorado”, conta ele.


De acordo com Abreu, a equipe do jet estará sempre presente no circuito independentemente de estar previsto swell grande ou não. “Contamos com eles também como um serviço de segurança e salvamento”, complementa.
 

Além de Maresias, em 17 anos de circuito brasileiro, o reboque dos surfistas com o jet-ski só funcionou no SuperSurf de Florianópolis no ano passado, quando a praia da Joaquina apresentou ondas de até 2,5 metros.

 

Os surfistas acham esse recurso importante, pois permite que eles peguem mais ondas, ao invés de perderem tempo varando a arrebentação.

 

“Achei superpositiva a iniciativa da organização em colocar os jets na água. O mar não estava tão grande, mas tenho certeza de que se não tivessemos os jets, poucas ondas seriam surfadas nas baterias. Com isso, o público perderia em ação e o fator sorte iria contar ainda mais. Ou seja, com eles nos rebocando de volta ao fundo, tivemos a chance de pegar muito mais ondas e venceu quem realmente mereceu”, analisa Fábio Gouveia, nono colocado no evento.

 

A equipe entrou em ação para facilitar a vida dos atletas nas ondas de até 2 metros em Maresias. Foto: Ricardo Macario.
“O lance agora é só aprimorar o trabalho para que a coisa fique ainda mais organizada. Eu particularmente adorei, pois peguei várias ondas na bateria e me diverti muito. Tudo é aventura”, afirma Fabinho.

 

Já Andréa Lopes, tricampeã brasileira de surf profissional, acha muito importante o apoio do jet em condições difícies.

 

“O espetáculo para quem assiste fica melhor. No meu caso, quando o mar estava grande ainda tinha uma carta na manga, o meu preparo físico, pois com ele conseguia pegar mais ondas do que as outras meninas. É superimportante o pessoal da organização valorizar esse tipo de trabalho e dar mais infra-estrutura aos atletas”, comenta Andréa, que finalizou a competição na terceira colocação.