Jihad Kohdr vai com tudo

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Jihad Kohdr arrisca um surf nas valinhas da praia de Itaúna. Foto: Nancy Geringer.
O paranaense Jihad Kohdr foi um dos poucos atletas que caiu na água para surfar as ondas de no máximo meio metro que rolam nesta quarta-feira na praia de Itaúna, em Saquarema (RJ).

 

 

Tamanha fissura tem explicação: “Quando está tudo dando certo, mesmo que as ondas não estejam boas, dá vontade de surfar, treinar bastante”, explica Kohdr.

 

O paranaense passa por uma excelente fase na carreira. Ele obteve a terceira colocação no Mr. Price Pro, etapa do circuito mundial WQS realizada em Durban, África do Sul.

 

Bruno Moreira e Jihad Kohdr curtem o astral de Saquarema. Foto: Nancy Geringer.
O resultado teve um gostinho especial para Jihad. Para chegar à semifinal, ele derrotou duas vezes Taj Burrow e uma Taylor Knox, estrelas de primeira grandeza do surf mundial.

 

“O evento foi muito legal, ainda mais porque consegui passar por atletas que considero ídolos. É muito gratificante ver que você consegue chegar junto e vencer os caras”, comenta Jihad.

 

De acordo com o atleta, as ondas que quebraram para direita ajudaram na boa campanha na prova sul-africana.

 

Jihad é local de Matinhos, Paraná, pico conhecido pelas clássicas direitas. Por isso a etapa em Durban foi um prato cheio para o atleta, barrado na prova apenas pelo campeão da etapa, o havaiano Bruce Irons.

 

“Rolou altas ondas e consegui me adaptar facilmente às direitas. Em 2002, eu e o Bruno Moreira já tínhamos feito final em Durban no ISA Games”, comenta. Com o resultado, ele pulou para a 17a colocação no ranking do WQS e parte com tudo para as etapas do segundo semestre mirando uma vaga no WCT 2006.

 

No SuperSurf, o circuito brasileiro profissional, Jihad obteve a nona colocação na primeira etapa na praia do Rosa; e em seguida partiu determinado para a praia de Maresias (SP), onde ficou em terceiro lugar na segunda disputa do ano. Nesta terceira etapa, o  competidor disputa a décima primeira bateria do Evento Principal.

 

Atualmente, ocupa a quarta posição no ranking com 1.230 pontos. “Estou tranquilo, só quero fazer uma boa apresentação e ver o que acontece. Graças a Deus estou bem e com as pranchas no pé. Mas, conquistar o título brasileiro também está nos meus planos”, diz.

 

Para Jihad, os resultados refletem o momento que passa também fora da água. “Voltei a me dar bem nas baterias e estou com um patrocínio legal, que confia muito em mim. Estou competindo sem nenhuma pressão e isso só ajuda”.