Coca-Cola Pro

John John Florence esculacha Saquarema

Alejo Muniz, Coca-Cola Pro 2010, Itaúna, Saquarema (RJ)

John John ataca o lip com pressão. Foto: Daniel Smorigo / ASP South America.

O Coca-Cola Saquarema Pro 2010 recomeçou em mais um dia de boas ondas em Itaúna, Saquarema (RJ), com as baterias pendentes do segundo round, porém um forte vento Sudoeste entrou rasgando por volta das 10 horas da manhã e forçou a paralisação do campeonato.

 

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Entre as seis baterias que foram realizadas, o destaque foi o representante havaiano da nova geração John John Florence, que teve sua estreia na prova e com um backside pra lá de afiado destruiu as ondas do pico com fortes manobras muito bem encaixadas e uma leitura de onda perfeita, para arrancar 7.33 e 9.63 dos juízes na vitória sobre o paranaense Jihad Khodr (2º), o capixaba Krystian Kymmerson e o norte-americano Taylor Thorne.

“Eu remei mais pro inside e sabia que não era uma onda grande da

Alejo Muniz rasga forte na esquerda. Foto: Daniel Smorigo / ASP South America.

série, mas eu precisava de uma nota pequena e achei que podia conseguir ela nessa onda. Ela foi abrindo e eu fui fazendo as manobras. É minha primeira vez aqui e estou feliz por ver essas ondas, fortes, grandes, com pressão, bem parecidas com algumas do Hawaii”, elogia o jovem havaiano.

Atual 29º colocado no ASP World Ranking, o catarinense Alejo Muniz fez uma bela estreia na prova também. Ele somou notas 7.50 e 7.00 para derrotar o paulista Renato Galvão (2º), o sul-africano Chad Du Toit e o local Yan Guimarães.

“Tem altas ondas e consegui achar umas boas dentro da bateria graças a Deus, pois nos dias anteriores ao campeonato eu não tinha conseguido surfar direito e estava até triste com isso. Entrei um pouco desanimado na bateria, mas deu tudo certo”, conta Alejo Muniz aliviado.

Simão Romão vai na base da bomba. Foto: Daniel Smorigo / ASP South America.

O ex-campeão brasilieiro também comemorou a passagem ao round seguinte. “As ondas que eu peguei ali no começo estavam um pouco cheias e não deu pra sair com uma primeira manobra forte, mas acabei fazendo duas notinhas mais ou menos. Graças a Deus a última armou bastante e conseguir dar uma na cara bem forte, voltei e ainda conseguir dar mais duas. Graças a Deus consegui virar e passar ao próximo round”, comemora Renato Galvão.

“A galera do Brasil está mostrando que o surf em nosso país vem crescendo muito. Um exemplo disto é a vitória do Jadson e várias outras vitórias brazucas nos WQS e Pro Juniors. A galera do Brasil está reconquistando cada vez mais o espaço que tinha antes”, diz o ubatubense em relação à dobradinha brazuca e a eliminação em massa dos atletas estrangeiros.

Outro que fez uma ótima apresentação foi o carioca Jerônimo Vargas. Com 7.83 em sua melhor onda, Jerônimo venceu uma dura batalha contra o conterrâneo Leo Neves (2o), o paulista Thiago Camarão e o cearense Thiago de Sousa.

Já o último confronto do dia foi disputado somente por braslieiros e terminou com vitória do cearense Charlie Brown. O carioca Simão Romão passou em segundo. Ambos despacharam o paulista Gabriel Medina, que competiu com dores no tornozelo e terminou em último.

“As condições pioraram muito nesta última bateria, tanto que o campeonato parou, mas ainda tem altas ondas e 25 minutos dá para pegar ali pelo menos uma onda boa. Elas estão bem manobráveis e oferecem potencial alto para high score”, explica Charlie Brown.

“Optei por esperar uma onda boa para começar a bateria bem, pois sabia que o confronto era forte, principalmente contra o Gabriel Medina que é uma das sensações do surf brasileiro e o Simão Romão que é daqui do Rio e também surfa muito, mas graças a Deus deu tudo certo”, declara o atelta cearense.

A próxima chamada para avaliação das condições do mar acontece às 7:30 horas desta sexta-feira. Faltam duas baterias para o término da segunda fase.

 

 

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