Noosa Heads

Joia australiana

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Noosa é uma palavra aborígene que significa “um lugar de sombra”. Mas não foi por isso que Noosa Heads se tornou o lugar mais cultuado do longboard australiano. Situada a 150 milhas ao norte de Brisbane, Queensland, Noosa conta com pelo menos sete pontos de ondas perfeitas para o surf de longboard. 

 

Alguns locais afirmam que nos melhores dias quebram ondas com mais de 6 pés, mas é bastante inconsistente, pois encontra-se protegido das tempestades do Pacífico Sul, que geram ondas na costa sudeste da Austrália. Porém, sempre é possível encontrar condições de meio metro perfeitas para o surf clássico de monoquilha.

 

Surfando em Ti Tree Bay, um dos points de Noosa, o shaper Bob McTavish disse que surfar ali é como tomar uma xícara de chá com Deus, tamanha a satisfação em usufruir da perfeição das ondas.

 

Hayden Kenny, da cidade vizinha de Maroochydore, foi o primeiro a surfar no local, em 1940. Posteriormente passou a receber visitas de surfistas que viriam influenciar a história do surf australiano, como McTavish, Bob Evans, Bob Cooper e George Greenough.

 

McTavish e Greenough foram grandes responsáveis pelo início da revolução das shortboards, ainda nos anos 60, quando desenvolveram pranchas menores com Nat Young, sendo determinantes na conquista do primeiro título mundial de Nat.

 

Até 1965, as pranchas mediam acima dos dez pés, mas os australianos passaram a diminuir ainda mais o tamanho do modelo denominado Magic Sam, a 9’4 que Young usou para assombrar o mundial da Califórnia em 66.

 

O video acima mostra a proliferação da Magic Sam e outros modelos cada vez mais curtos, mas ainda era a época em que todas as pranchas eram longboards. Graças à sua perfeição, as ondas de Noosa foram as principais pistas de testes para a revolução australiana das pranchas, que poucos anos depois estaria influenciando até mesmo a escola californiana, de linha tradicionalmente horizontal.

 

Foto de capa Reprodução