Enquanto os Tops duelavam no Arpoador, no segundo dia de disputas do WT no tradicional pico da zona Sul carioca, um grupo de locais fazia a cabeça nas ondas tubulares do Alfabarra, point localizado no fim da praia da Barra (quase na Reserva), onde diversos talentos da cidade foram lapidados nas últimas décadas.
Apelidado de 'Alfabarrels', o pico tem seus dias de tubos inacreditáveis. Entre os profissionais, criaram-se nos canudos do ‘Alfa’ o longboarder Eduardo Bagé e o surfista Jerônimo Vargas. 'Habitués' do pico, Felipe 'Gordo' Cesarano, Eric de Souza, Gabriel Pastori, Diego Silva, Ian Consenza, entre outros, marcam presença sempre nos melhores dias.
O local Bruno ‘Frene’ Couto, 37, surfa lá desde os 12 anos e dá as coordenadas. “A esquerda é chamada de 'Rotor', enquanto a direita é a 'Alfa The Wall'. Ali, quebra-se prancha igual batata palha. A melhor época é o outono e tem que cair bem cedo, por volta das sete horas, com o vento terral”, diz.
Mas, nem tudo são flores. De acordo com Couto, a dificuldade é varar a arrebentação do pico. “A onda explode bem no raso. Já vi o Gordo quebrar quatro pranchas ali numa queda. Nos dias bons, o crowd de profissionais e fotógrafos é grande, mas a galera ali é bem tranquila. Tem muito tubo pra quem tem disposição”.
Confira a performance dos atletas (no vídeo de Tatiane Araújo).