Brasil Surf Pro

Jones defende título

Alan Jones, Brasil Surf Pro 2011, praia do Cupe, Ipojuca (PE)

Alan Jones defende título da etapa do Brasil Surf Pro em Ipojuca (PE). Foto: Fábio Minduim.
Bruno Galini avança com grande desempenho na praia do Cupe. Foto: Fábio Minduim.

As semifinais do Brasil Surf Pro 2011, evento válido pela primeira etapa do Circuito Brasileiro Profissional, foram decididas neste sábado na praia do Cupe, Ipojuca (PE).

 

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Em ondas de meio metro e boa formação, continuaram na briga por 1.000 pontos no ranking e R$ 25 mil de premiação os atletas Tomas Hermes (SC), Jano Belo (PB), Alan Jones (RN) e Bruno Galini (BA).

 

Marcado pelas altas pontuações e um grande nível de surf, o dia alternou sol e chuva no litoral Sul pernambucano durante a realização das baterias das oitavas e quartas-de-final.

 

Prova disso, oito das dez maiores notas e oito dos maiores dez somatórios de todo o evento foram computados nas ondas deste sábado, que apresentaram melhor formação durante a manhã, no período de maré baixa e pouco vento no Cupe.

 

Alan Jones, atual vice-campeão brasileiro e defensor do título da etapa de Ipojuca, foi dono de duas grandes atuações em Ipojuca. Sintonizado com as marolas do pico, ele derrotou o baiano Franklin Serpa nas oitavas-de-final com direito a nota 9.00 e venceu um duelo de alto nível contra o capixaba Krystian Kymerson na terceira bateria das quartas-de-final.

 

Depois de ver o adversário sair na frente com um aéreo sem as mãos de nota 7.33, Jones manteve a calma e só conseguiu achar as ondas da vitória nos cinco minutos finais de bateria. Com uma rasgada de frontside e um coice na junção, ele anotou 8.53 pontos para tomar a liderança do capixaba. O potiguar ainda completou o somatório com uma rabetada de nota 6.33 para vencer o atual campeão brasileiro Pro Junior pelo placar de 15.26 a 12.40. 

 

“Conheço bem esta onda do Cupe. Vi que a maré estava enchendo e optei pelas direitas. A bateria foi irada, o Krystian surfa muito bem. Ele já abriu com um aéreo e tentei não me distanciar muito dele. Demorei para achar as ondas, mas nos minutos finais elas vieram e consegui soltar as manobras”, afirma Jones. 

 

Campeão em 2010, o potiguar demonstrou bom-humor ao ser questionado se está ansioso para tentar o bicampeonato da etapa de Ipojuca. “É verdade, acho que ninguém é bicampeão do BSP aqui no Cupe. É bom eles providenciarem uma coroa ou algo parecido se eu conseguir vencer (risos)”, brinca Alan. 

 

Seu adversário na semifinal é o baiano Bruno Galini, outro surfista do Nordeste que teve atuações inspiradas neste sábado. Galini foi o único atleta que avançou suas baterias com dois somatórios acima dos 16.00 pontos.

 

Nas oitavas, ele desbancou o cearense Messias Félix em um duelo de alto nível. Depois de sair na frente com notas 8.33 e 7.93, o atleta de Ilhéus viu Messias decolar em um aéreo kerrupt e mandar outro rodando na sequência. O cearense precisava de 9.35 para virar o placar, mas obteve nota 9.07 e saiu da água reclamando muito com os juízes.

 

“Nem sei o que falar. Escolhi essas manobras porque são de alto risco e sabia que precisava de uma nota alta. Consegui mandar um kerrupt, não foi tão alto, mas foi uma manobra radical. Em seguida mandei outro aéreo rodando. Vi as imagens que meu videomaker fez e achei que merecia a virada, ainda mais pelas notas que estavam saindo. Não entendi, vou esperar terminar o campeonato e conversar com os juízes para saber qual foi o critério usado”, lamenta Messias.  

 

O baiano Galini não quis nem saber e continuou em grande forma. Na última bateria das quartas-de-final, disputada contra o carioca Simão Romão, ele exibiu boa leitura das ondas, além de um grande repertório de rasgadas e batidas para vencer por 16.17 a 8.00 sem dar muitas chances ao rival.

 

“Estou com uma prancha muito boa do Joca Secco. E isso me ajuda bastante. Estou focado, desde o começo do ano venho treinando muito para ser campeão brasileiro. Graças a Deus estou achando ondas boas e conseguindo fazer notas altas. Agora é continuar com o mesmo foco e determinação. Sei da dificuldade que vai ser enfrentar o Alan, mas estou preparado”, comenta Galini.

 

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Tomas Hermes representa o estado de Santa Catarina nas semifinais. Foto: Fábio Minduim.
Jano Belo rasga forte no Cupe e também segue na briga. Foto: Fábio Minduim.

Tomas x Jano Na outra chave, o confronto será entre Tomas Hermes e Jano Belo. O catarinense garantiu sua vaga ao derrotar o paulista Caio Ibelli, autor da maior nota e do maior somatório do Brasil Surf Pro, pelo placar de 14.10 a 12.23 na segunda bateria das quartas-de-final.

 

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Campeão da última etapa do BSP na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ), o atleta de Barra Velha teve um ótimo dia nas direitas e esquerdas do Cupe. Primeiro ele desbancou o inspirado local Halley Batista nas oitavas-de-final em um momento com poucas ondas no Cupe. Depois, deu poucas chances a Ibelli em um dos duelos mais aguardados das quartas.

 

Em séries de meio metro e formação ruim por causa da maré cheia, Tomas soube trabalhar melhor as ondas e saiu na frente com 7.33 em boas batidas de backside. O catarinense aumentou a vantagem com 6.77 pontos em uma direita até o inside. Caio Ibelli buscou a reação, mas teve dificuldade de encontrar uma onda com potencial de virada e perdeu com notas 5.40 e 6.33 no somatório.

 

“Procurei sair na frente e deixar o Caio nervoso, assim como fiz com o Halley. Fiz a nota logo no começo e deixei eles correrem atrás. Acabou que os dois ficaram perdidos. Essa tática deu certo e consegui adicionar uma segunda onda boa. Estou bem feliz e agora vou me cuidar para amanhã acordar disposto”, diz Tomas.

 

No outro duelo, o paraibano Jano Belo venceu o cearense Marcio Farney na primeira bateria das quartas pelo critério de desempate (fez uma terceira nota maior), depois de somarem duas ondas idênticas, 5.83 e 4.20. A disputa teve poucas ondas boas surfadas em um dos piores momentos do mar na praia do Cupe, logo depois da forte chuva que caiu sobre Ipojuca.

 

“Estava muito difícil, a maré encheu muito. O Marcio é um atleta de alto nível e dei muita sorte que fiz uma terceira nota melhor. Dei um pouco de azar em um aéreo que não consegui voltar, de manhã estava bem melhor. Mas graças a Deus que eu consegui passar essa bateria, foi a mais difícil pra mim neste evento, com certeza”, afirma Jano, que somou 4.17 em sua terceira onda para avançar. 

 

Manobra ambiental Eliminado nas quartas, o paulista Caio Ibelli encomendou o plantio de dez novas mudas de árvores nativas para a Mata Atlântica ao estabelecer os novos recordes do Brasil Surf Pro neste sábado. Isso porque a cada nota acima de 8.00 obtida por um atleta, cinco mudas de árvores são plantadas na região da Serra da Bocaina, divisa entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

 

Ibelli conseguiu um 9.93 e um 8.17 na quarta bateria das oitavas-de-final para cravar 18.10 pontos e derrotar o cearense Michel Roque. O atleta do Guarujá quase conseguiu nota 10 com uma manobra superman. Três juízes chegaram a dar nota máxima para o surfista, que acabou com 9.93 na conta, a maior do Brasil Surf Pro até agora.

 

Se conseguisse um 10, Ibelli seria o responsável pela plantação de 50 mudas nativas, outra promoção do BSP no litoral Sul pernambucano. “Apostei nesta direita de novo e ela apareceu. Vi que a parede abriu e tentei o superman, já que venho treinando essa manobra há algum tempo. Quase que eu planto 50 mudas, mas dez já são um começo para ajudar a melhorar o nosso meio ambiente”, diz Ibelli.

 

Outros atletas que ajudaram a Mata Atlântica com notas acima de 8.00 neste sábado foram Bruno Galini, Alan Jones, Messias Félix, Krystian Kymerson e Jano Belo.

 

Expression Session O potiguar Alan Jones foi o grande vencedor da Skol Expression Session, realizada na tarde deste sábado na praia do Cupe, Ipojuca (PE). Com um aéreo muito alto na junção, Jones engordou a conta bancária em R$ 5 mil. 

 

Feminino As atletas da categoria Feminino do Brasil Surf Pro não entraram na água neste sábado. As semifinais também já foram decididas e no primeiro duelo a cearense Tita Tavares encara a catarinense Gabriela Leite. Na outra chave, a paulista Luana Coutinho enfrenta a paraibana Diana Cristina.

 

Uma nova chamada acontece neste domingo às 9:20 horas (horário de Brasília) para início das semifinais da categoria Feminino.

 

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Oitavas-de-final do Brasil Surf Pro 2011

 

1 Jano Belo (PB) 15.17 x 10.70 Isaias Silva (CE)
2 Marcio Farney (CE) 12.00 x 6.83 Patrick Tamberg (FN)
3 Tomas Hermes (SC) 12.74 x 11.84 Halley Batista (PE)
4 Caio Ibelli (SP) 18.10 x 10.50 Michel Roque (CE)
5 Alan Jones (RN) 15.53 x 12.17 Franklin Serpa (BA)

6 Krystian Kymerson (ES) 17.34 x 10.87 Edvan Silva (CE)
7 Bruno Galini (BA) 16.26 x 16.14 Messias Félix (CE)
8 Simão Romão (RJ) 10.97 x 10.84 John Max (RN)

 

Quartas-de-final

 

1 Jano Belo (PB) 10.03 x 10.03 Marcio Farney (CE)*
2 Tomas Hermes (SC) 14.10 x 12.23 Caio Ibelli (SP)    
3 Alan Jones (RN) 15.26 x 12.40 Krystian Kymerson (ES)    
4 Bruno Galini (BA) 16.17 x 8.00 Simão Romão (RJ)

 

Semifinais

 

1 Jano Belo (PB) x Tomas Hermes (SC)

2 Alan Jones (RN) x Bruno Galini (BA)

 

*Jano Belo venceu pelo critério de desempate.

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