Único representante da América Latina no julgamento do Circuito Mundial de Longboard, o santista Mauro Achiamé, o Rabellé, será um dos destaques no 2º Festival de Longboard Pioneiros do Litoral Paulista ? A Tribuna.
Ele terá a missão de coordenar o julgamento e também competir. ?Será um prazer, porque estarei ao lado de amigos. O clima é de festa e o melhor é ver famílias inteiras na praia, curtindo. Claro que todos querem ganhar, no entanto o reencontro de várias pessoas tem mais importância. Espero me destacar nas duas funções?, disse o juiz e atleta, que é formado em jornalismo, pela Unisanta. ?Ainda não tive tempo de trabalhar nesta área, mas não descarto começar em breve?, revelou.
Aos 49 anos, Mauro Rabellé tem sua história totalmente ligada ao surf. Começou no esporte em 1973, nas ondas do Canal 1. Foi competidor de longboard de 88 a 93 e desde 96 é juiz do Circuito Mundial Profissional da categoria.
Hoje é o ?head judge? (diretor de julgamento) do Campeonato Brasileiro e há uma década o único representante latino-americano da comissão técnica nas disputas internacionais.
Este ano já atuou nas duas etapas realizadas, ambas na França – Biarritz, no feminino, e Anglet, no masculino. Também já está escalado para a final em San Clement, nos Estados Unidos, em novembro.
Segundo ele, a responsabilidade é grande, principalmente pela grande atuação dos brasileiros no Mundial.
No ano passado, o Brasil faturou o título, com Phil Razjman, o vice, com Carlos Bahia, e o terceiro com Danilo Mullinha.
Além deles, há nomes de destaque como Picuruta Salazar e Amaro Matos, por exemplo. ?Acredito que com a minha atuação no Mundial, posso trazer de forma concreta para o Circuito Brasileiro o conceito e o que o surf mundial vem apresentando?, destacou.
O apelido Rabellé surgiu ainda nos anos 70. Na época, como a maioria dos companheiros de prancha, tinha cabelo longo, loiro. ?No Guarujá tinha a turma dos Rabellés, por causa do Paulo Rabello, que era o grande nome na época, e eles usavam cabelo curtinho. Já o pessoal de Santos era tudo cabeludão. Quando cortei o meu cabelo raspadinho, começaram a falar que eu também era Rabellé e o apelido pegou e ficou até hoje?, lembrou Mauro.