A equipe havaiana causou uma grande surpresa ao anunciar o ex-top da elite mundial Kalani Robb como um dos seus representantes no ISA Masters em Montañita, Equador.
Ídolo de muitos surfistas em todos os cantos do planeta, ele andava afastado das competições há muito tempo e resolveu aceitar um convite do amigo Sunny Garcia para reforçar os atuais campeões mundiais da ISA na categoria Master.
“Tudo começou com o Sunny. Ele veio em minha casa, sabia que eu não participava de uma competição havia muito tempo e perguntou se eu queria fazer parte do time. Falei ok, claro, tudo bem, mas achei que fosse brincadeira!”, comenta Kalani.
“Mais tarde eu recebi uma ligação do pessoal da equipe dizendo ‘Ok, você está no time, vamos nessa!’. Fiquei meio surpreso e falei ‘Beleza, acho que vou!’. E foi isso, Sunny foi quem me inspirou a vir para cá e estou feliz”, continua o havaiano.
Com sua conhecida fluidez, Kalani tem feito boas apresentações em Montañita e já está na quarta fase da categoria Master (acima de 35 anos).
“As ondas são muito boas. Nunca estive aqui antes, é muito empolgante. As ondas são divertidas, apesar do crowd, e espero passar minhas baterias porque as condições estão muito boas”.
Kalani foi o caçula de uma geração que marcou o surf nos anos 90, como Kelly Slater, Shane Dorian e Rob Machado. Depois de 10 anos no tour, ele deixou o WCT em 2005. Sua melhor colocação no ranking final foi o sexto lugar, em 2001.
Em 1994, ele conquistou o título mundial da ISA na Barra da Tijuca. Também na Barra, ele venceu sua única prova no WCT, em 2000, o Rio Marathon Surf Pro.
“Não sei se muitas pessoas sabem, mas o Brasil dá muita sorte para mim. Já estive em muitos lugares do mundo e o único WCT que venci foi no Rio, na Barra. Não sei, mas tenho um ótimo sentimento em relação ao Brasil quando vou lá. Adoro as pessoas, os havaianos têm muito suporte lá. Tenho ótimos amigos, e muitos brasileiros moram no Hawaii. Nós somos muito próximos, acho que me sinto em casa quando estou no Brasil. Adoro o país”, elogia Kalani.
Apesar das especulações, o retorno ao WQS é descartado pelo atleta. “Não acho, que não. Talvez só participe de eventos especiais como este. Em qualquer competição que eu for convidado, provavelmente eu irei. Para participar do WCT é necessário ter muitos pontos no ranking, investir muito dinheiro, então no momento prefiro atuar como um embaixador do surf e me divertir”, conclui o havaiano.