Ilha do Kauai, Hawaii, direita potente e tubular. Foto: Duda Fotos. |
Depois de ter conhecido a ilha de Maui, fiquei na fissura de conhecer outra ilha havaiana. Esse é mais um beneficio de estar no Hawaii.
Querendo fazer uma viagem e pegar ondas animais, bastam 30 minutos de vôo e pronto, outra ilha paradisíaca, com imensa variedade de picos de fundo de coral, pedra ou areia.
Pude trocar idéia com um dos locais da ilha. Kyle é bodyboarder e durante toda minha estadia, deu as coordenadas de picos e condição ideal para o surf.
No primeiro dia, aluguei um carro e debaixo de chuva fui olhar o mar.
Duda delira no tubo do Kauai, Hawaii. Foto: Duda Fotos. |
Uma ventania me dizia que não seria dia de ondas. Dirigi mais
dez minutos e cheguei em um pico de visual inesquecível.
Direitas de 12 pés se formavam no pico e rodava um tubo com lip muito pesado. Fiquei do lado de fora olhando e pensando se tinha jeito de surfar aquela onda. Até então não havia ninguém na água. Logo que estacionei o carro vi dois surfistas entrando no mar. Olhei como varavam a arrebentação e não foi nada agradável ver um deles levando um seriado na cabeça.
Ilha do Kauai, Hawaii. Foto: Duda Fotos. |
Fiquei lá por quase uma hora e não vi droparem nenhuma onda. E nenhuma delas abria, nessa, resolvi dar uma dormida e ver os picos
no dia seguinte.
Acordei cedo, chequei as ondas e o vento continuava. A chuva também. Fui olhar a Waialua falls. Quem lembra do seriado Ilha da Fantasia? Aquela cachoeira fica no Kauai e chama-se Waialua.
Fui depois ao Waimea Canion, visual muito maneiro a quatro mil pés de altitude. Mais um dia sem bodyboard.
Acid Drop, a direita predileta do local Andy Irons. Foto: Duda. |
Surfei uma direita muito rasa com mais três surfistas. A pedra era tão rasa que até para varar a arrebentação era difícil. Fiquei no mar por uma hora, bati várias vezes no fundo de pedra arredondada, que não machuca como o coral.
Depois caí em Poipu, onde morreu um surfista vítima desse swell. A onda é bem forte e a correnteza também. Imagino que em um mar do tamanho descrito na coluna do Waves, com 12 à 14 pés, deve ser realmente muito dificil se dar bem.
A onda é um drop meio Sunset e depois rola uma sessão que lembrou OTW. Um lip bem pesado, que nem sempre abre.
Ainda dei uma olhada na minha maior esperança, Acid Drop, direita predileta do bicampeão mundial Andy Irons. Não havia ninguém na praia e nem no mar. Ondas de seis pés explodiam no reef quase exposto, tornando a queda impossível.
Depois do drop ultra-vertical, rodava um tubo parecido com Shark Island. Logo depois, a onda fechava inteira em uma laje totalmente exposta. De qualquer forma valeu pelo visual e pelas fotos.
Aloha!