Kelly Slater conquista a segunda vitória consecutiva na Austrália. Foto: Surfing Australia.com. |
Em duas semanas, ele embolsou US$ 22 mil em prêmios e deu um show de surfe para o enorme público que acompanhou o evento.
O título foi confirmado com uma nota 10 em sua quinta onda surfada na bateria decisiva do Energy Australia Open.
Agora, Slater já aparece em terceiro lugar no ranking WQS, que voltou a ser liderado pelo potiguar Marcelo Nunes. O alagoano Tânio Barreto ainda venceu duas baterias no último dia da sexta etapa do WQS e terminou em quarto lugar no pódio, com os australianos Adrian Buchan e Phillip MacDonald na segunda e terceira colocações, respectivamente.
Nesta segunda-feira, já começa o primeiro evento “prime” de nível 6 estrelas da temporada, com o Salomon Masters fechando a série de etapas do WQS na Austrália, distribuindo US$ 125 mil e 2.750 pontos em Margaret River.
O único – dos 22 brasileiros – classificado para o último dia da competição fez bonito nas boas ondas de 1 a 1,5 metros em Newcastle Beach.
Tânio Barreto venceu a primeira bateria do dia e também a semifinal, sempre com o australiano número 13 do WCT no ano passado, Phillip MacDonald, passando em segundo lugar. No primeiro confronto, a dupla despachou o inglês Russell Winter e o neozelandês Maz Quinn e depois eliminou o sul-africano Travis Logie e o australiano Chris Davidson.
Tânio Barreto (à esquerda) representa o Brasil no pódio do Energy Australia Open. Foto: Surfing Australia.com. |
Esta foi a primeira final de Tânio Barreto no WQS deste ano. Porém, na decisão ele não conseguiu repetir suas boas atuações e terminou em quarto lugar, recebendo US$ 2.4 mil de prêmio e 1.005 pontos no ranking.
Mesmo assim, foi um ótimo resultado, já que o Energy Australia Open foi disputado por quase 300 surfistas de 19 países. Ele chegou em Newcastle na 65a. colocação e agora já aparece em 29o. lugar no ranking que garante 15 vagas na elite mundial do WCT.
A bateria final começou bem para os australianos. O jovem Adrian Buchan abriu a disputa pelo título com uma nota 8,17 e Phillip MacDonald arrancou um 8,67 em sua segunda apresentação.
Mas, Kelly Slater foi feliz na escolha de uma ótima onda, que abriu uma longa parede para que ele pudesse apresentar todo seu amplo repertório de manobras e receber a primeira e única nota 10 de todo o campeonato. No final, ainda tirou um 8,10 para sacramentar sua segunda vitória consecutiva na Austrália com um total de 18,10 pontos.
Na semifinal, Slater já tinha feito uma grande apresentação ao registrar 18,43 pontos de 20 possíveis, com notas 8,93 e 9,50 em suas duas melhores ondas surfadas na bateria.
O outro destaque do domingo foi o jovem Adrian Buchan, que merecidamente conquistou o vice-campeonato no Energy Australia Open. O australiano fez a maior pontuação das quartas-de-final – 17,50 pontos – para superar dois compatriotas da elite mundial do WCT: Mick Fanning e Darren O’Rafferty.
Na semifinal, Buchan marcou 16,67 pontos com notas 8,50 e 8,17 e na grande final fez 16,10 pontos para garantir o prêmio de US$ 5 mil, metade do oferecido para o campeão, além de 1.290 pontos que o levaram para a quinta posição no ranking do WQS.
O terceiro colocado Phillip MacDonald somou 13,37 pontos e ganhou US$ 3 mil e 1.095 pontos, com Tânio Barreto ficando em quarto lugar com 11,84 pontos em suas duas melhores ondas.
Eliminado nas semifinais, o sul-africano Travis Logie dividiu a quinta colocação com Darren O’Rafferty e o também australiano Chris Davidson terminou empatado em sétimo lugar com o franco-brasileiro Eric Rebiere. Já entre os brasileiros, Tânio foi o único que avançou para o domingo, com quatro sendo barrados nas oitavas-de-final que fecharam o sábado de disputas em Newcastle Beach.
Depois de despachar duas das maiores atrações do Energy Australia Open, os campeões mundiais Andy Irons e Layne Beachley na “Batalha dos Sexos” de Newcastle, o pernambucano Bernardo Pigmeu foi superado junto com o paulistano Renan Rocha pelo australiano Bede Durbidge e pelo havaiano Kekoa Bacalso na quarta bateria.
Era a última chance de uma dobradinha verde-amarela em Newcastle. O potiguar Marcelo Nunes e o carioca Pedro Henrique também ficaram em terceiro lugar nas suas baterias e terminaram empatados com Pigmeu em 17º lugar na prova, com cada um recebendo US$ 1 mil e marcando 600 pontos no ranking do WQS. E por ter ficado em último na sua bateria, Renan Rocha ficou em 25.o lugar no Energy Australia Open e recebeu US$ 900 e 540 pontos.
Os dois enfrentaram três australianos, com Nunes sendo barrado por Andrew King e Drew Courtney e Pedro Henrique por Mick Fanning e Adrian Buchan. Mesmo assim, a 17a. colocação foi suficiente para o potiguar Marcelo Nunes recuperar a liderança isolada no ranking do WQS, pois o australiano Kirk Flintoff não passou pela nona fase e caiu para o segundo lugar, com Slater assumindo a terceira posição com incríveis 91% de aproveitamento. Ele só disputou três provas do WQS neste ano, venceu as duas da Austrália e foi vice-campeão na etapa de abertura da temporada, em Sunset Beach, no Hawaii.
Resultado do evento
1 Kelly Slater (EUA)
2 Adrian Buchan (Aus)
3 Phillip MacDonald (Aus)
4 Tânio Barreto (Bra)
Ranking do circuito mundial WQS após seis etapas
1 Marcelo Nunes (Bra) 3870
2 Kirk Flintoff (Aus) 3790
3 Kelly Slater (EUA) 3715
4 Travis Logie (AfrS) 3568
5 Adrian Buchan (Aus) 3520
6 Greg Emslie (AfrS) 3480
7 Chris Ward (Aus) 3292
8 Neco Padaratz (Bra) 3095
9 Jihad Kohdr (Bra) 2940
10 Eric Rebiere (Fran) 2908
11 Dustin Barca (Haw) 2657
12 Shaun Cansdell (Aus) 2607
13 Yuri Sodré (Bra) 2600
14 Pedro Henrique (Bra) 2590
15 Leonardo Neves (Bra) 2545
16 Marcelo Trekinho (Bra) 2445