Laje da Jagua

Janeiro abençoado

Laje de Jaguaruna, Santa Catarina.

Passamos um ano difícil com poucas ondas em 2014, mas neste ano Netuno já deu a letra que vai bombar. Mal começou e já tivemos quatro grandes swells pela região Sul do Brasil. Os períodos tinham entre 11 a 13 segundos e as ondas variavam entre 8 a 10 pés de face.

No Farol de Santa Marta, onde temos a base II, pousada do big rider João Baiuka, surfamos três grande swells antes do sábado (31). Já na última ondulação que entrou no fim de semana, encaramos a Laje da Jagua de manhã e o Cardoso novamente, só que no período da tarde.

No início da semana, Fabiano Tissot havia me ligado avisando das ondas que entrariam pno fim de semana, e logo avisei ao time da Atow-inj. Carlos Casagrande foi comigo ao Farol para pegar o jet-ski que estava na base da Atow-inj, na Baiuka, junto com as pranchas e equipamentos. Deixamos tudo pronto na sexta para encarar a Laje no sábado de manhã.

Tudo certo, jets abastecidos, equipamentos em mãos e equipe reunida na base da Atow-ini, em Jaguaruna (SC). Na barca estavam Fabiano Tissot, Marcelo Ulyssea, Luiz Casagrande, Gabriel Galdino, Thiago Jacaré, Carlos Piri e os fotógrafos Christian Jung e Lucas Barnis. Acordamos cedo e fomos encarar a primeira Laje do ano em pleno mês de janeiro.

Chegando ao pico, já puxamos as gunzeiras e fomos pra água. No resgate ficou Luiz Casagrande, e o resto da galera ficou dando apoio para os fotógrafos nos outros jets.

Na primeira session caímos na esquerda do pico eu e o Tissot. Ondas entre 8 a 10 pés com séries maiores, perfeitas e com o mar muito liso. Marcelo também foi remar, mas lesionou o ombro e acabou abortando a missão.

Não demorou muito e Tissot já veio na bomba do dia lá de trás, mostrando que conhece a bancada na palma da mão. Tinha altas ondas, mas com ela, uma corrente muito forte, e tivemos que ficar remando o tempo todo sem parar, o que favoreceu para um cansaço geral. Logo eu peguei uma intermediária, mirei na pedra e fiz a onda até o fim. Tissot estava um monstro na água, dropou as maiores e fez um surf impecável. Ficamos remando durante duas horas e Luiz Casagrande (o “Sapão”) ficou no resgate da galera e mandou a ver no salvamento. E olha que não deixamos qualquer um no resgate, não, mas o cara está muito bom na pilota.

Depois de algumas morras surfadas na remada, o vento apertou e fomos fazer um tow na direita. Apenas Sapão e Galdino se arriscaram, e olha que se arriscaram mesmo, pois a onda estava mutante e na pedra. Sapão foi o primeiro a encarar no tow, pegou boas ondas e representou. Galdino foi na sequência e andava no limite, sempre virando na parte mais rasa da bancada, provando que tem muito surf no pé.

Ficamos exaustos e seguimos embora pra praia, agradecendo a Deus por mais um dia surfado naquela onda perigosa. Que dia, que água, que ondas. Esse pico é incrível mesmo, tão incrível que dedicamos essa session de abertura de 2015 ao nosso ídolo Ricardo dos Santos, um grande amigo que vivia me dizendo que tinha um sonho em mente: surfar a direita da Laje da Jagua.

Aloha e até a próxima!

Exit mobile version