Aula teórica

Lelot fala sobre a evolução das rabetas

Henry Lelot

Shaper Henry Lelot produz pranchas para tops brasileiros e estrangeiros. Foto: Divulgaçao.

Vamos iniciar um estudo sobre as rabetas, abordando o funcionamento de cada uma delas dentro d?água, além de suas qualidades e deficiências.

 

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O outline é historicamente a referência mais considerada pelo surfista ao avaliar a performance de uma prancha.

 

A rabeta faz parte do outline e existem vários tipos disponíveis no mercado como squash, swallow, round pin, entre outras.

 

Cada uma influencia de maneira diferente o arco que a prancha faz na onda a cada mudança de direção.

 

Mas o que realmente faz diferença é a largura da rabeta. Mais área significa maior projeção. Se o surfista coloca uma parte maior da prancha dentro de água afundando o pé, consegue mais impulsão.

 

Rabetas com menos área são ideais para ondas maiores porque proporcionam mais segurança e estabilidade em situações críticas na onda. As mais estreitas são mais coladas na água e funcionam melhor em ondas mais fortes.

 

A round squash é ainda a mais popular. Mas alguns clientes pedem rabeta round pin em pranchas para o dia-a-dia. Nesse caso, o ideal seria uma round-round, bem redonda ou quase sem ponta. Caso contrário, fica muito agarrada e não projecta tão bem se a onda não tiver força.

 

Para ondas maiores, estreitamos a área da rabeta e então temos uma round pin, que vai afinando e ganhando mais ponta de acordo com o tamanho da onda surfada.

 

A round pin domina o outside em dias de ondas maiores. Porém, uma mini swallow também é uma boa opção para ondas ocas, pois tem uma rabeta com menor área e ponta atuando em conjunto com cada lado da borda.

 

A round swallow, também conhecida como half moon, permite um arco mais curto e redondo devido seu formato. A half moon surgiu há poucos anos e mostra-se bastante versátil funcionando em ondas fracas e fortes.

 

Derivada da swallow, muito utilizada em ondas pequenas, é projetada com largura maior, principalmente nas extremidades, de maneira a garantir maior projeção e o surfista possa afundar o pé nas manobras com maior impulsão.

 

A prancha dá retorno da mesma maneira que uma bola cheia de ar pula para fora da água quando afundada, de maneira que fica melhor em  ondas pequenas, se for mais larga e espessa.

 

Round-round não é round pin, ou seja, não tem ponta. É bastante versátil, porém, é mais indicada para ondas com alguma pressão, já que perde em projecção para round squash por ter menor área. Em compensação, inverte a direção num menor espaço de onda, e com mais agilidade no movimento sem perder a fluidez.

 

Na próxima edição completaremos o estudo e apresentarei as novas rabetas que estao sendo desenvolvidas e começam a ganhar espaço no mercado, como a Moby Dick, com a qual o norte-americano CJ Hobgood fez a mala na perna americana do WQS (Trestles e Huntington Beach).

 

Boas ondas a todos!

 

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