ASP World Masters

Lendas aguardam sinal

Fábio Silva, ASP World Masters 2011, Arpoador, Rio de Janeiro (RJ)

Lendas do surf mundial posam para foto no Copacabana Praia Hotel. Foto: Pedro Monteiro.
Cearense Fábio Silva vence triagem da categoria Master. Foto: Pedro Monteiro.

A coletiva de apresentação do SuperSurf ASP World Masters 2011 foi realizada nesta segunda-feira no Copacabana Praia Hotel, localizado na zona Sul do Rio de Janeiro (RJ) e bem próximo ao Arpoador, palco do evento que reúne grandes nomes do surf mundial a partir desta terça-feira.

 

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Estiveram presentes no encontro o norte-americano e tricampeão mundial Tom Curren, os australianos Gary Elkerton e Cheyne Horan, além dos brasileiros Fábio Gouveia, Renan Rocha e Daniel Friedman. Todos exaltaram a importância da volta do campeonato dez anos depois da última edição, em 2003 no Hawaii.

 

Cheyne Horan, vice-campeão mundial por várias vezes e campeão mundial Master em 1999, era um dos mais felizes com a realização do evento na capital carioca. O atleta, que fez parte da geração dos Bronzed Aussies, arriscou até algumas palavras em português.

 

“Estou muito contente de estar com os meus amigos dez depois. O Arpoador tem boas ondas ‘sometimes’ (às vezes). Espero que elas apareçam no campeonato”, afirma Horan, que participa da categoria Grand Master (acima de 50 anos) e já venceu duas vezes o Waimea 5000, antiga etapa do circuito mundial realizada no Arpoador.

 

Os brasileiros da Master, Fábio Gouveia e Renan Rocha, além de Daniel Friedman, integrante da Grand Master, também exaltaram a volta do circuito mundial e revelaram o significado de um evento deste porte para o surf nacional.

 

“É uma chance para os brasileiros da nova geração conhecerem de perto quem construiu a história do esporte. Voltar ao Arpoador é sempre bom e o espírito de confraternização prevalece sempre”, diz Friedman, único atleta do país que participou do último mundial na Irlanda e que estará presente nas ondas do Arpoador.

 

“Este campeonato serve para educar, mostrar e dar informação para molecada que está chegando. Independente dos resultados, a iniciativa de realizar um mundial com os maiores nomes da história fortalece a nossa cultura”, complementa Renan Rocha.

 

Já Fábio Gouveia, maior ídolo do surf nacional, exalta o formato único do campeonato, no qual todos competem várias baterias contra adversários diferentes, somando os pontos das suas colocações nas disputas. Por exemplo: o vencedor marca 10 pontos, o segundo lugar ganha 7, o terceiro leva 4 e o último fica com 1 ponto.

 

“É interessante porque todos surfam várias vezes. Não fica aquele negócio de perder e ser eliminado, dá mais tranquilidade e alivia um pouco a pressão. Me preparei bastante, na base do ‘pilhates’, que é uma pilha danada de exercícios”, brinca Gouveia.

 

Tom Curren e Gary Elkerton mantiveram um semblante mais sério durante a coletiva, mas também se revelaram felizes com a volta do campeonato. “É sempre uma honra vir ao Brasil. Dez anos sem uma competição deste nível é muito tempo. Se tivermos uma etapa desta por ano será excelente”, diz Curren. 

 

“Realmente dói muito parar. A gente fica dez, quinze anos competindo no tour e de uma hora para outra tem que largar tudo. Abre uma grande lacuna nas nossas vidas”, complementa Elkerton, bicampeão do evento na categoria Master (de 36 a 49 anos).

 

Triagem Enquanto rolava a coletiva de imprensa no Copacabana Praia Hotel, a poucas quadras dali, lendas do surf brasileiro tentavam duas vagas para o evento principal em cada categoria.

 

Na Master, quem levou a melhor foi o cearense Fabio Silva, campeão da triagem, O paulista Ricardo Toledo ficou em segundo e também está classificado. Já na Grand Master conseguiram classificação Zé Alla, em primeiro, e Lula Menezes, em segundo.

 

O SuperSurf ASP World Masters distribui premiação recorde de US$ 220 mil no total e tem janela de espera até o domingo no Arpoador. A primeira chamada acontece nesta terça-feira a partir das 8 horas (horário de Brasília).

 

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Legenda completa dos legends (de cima para baixo, da esquerda para direita) Renan Rocha, Marty Thomas, Brad Gerlach, Glen “Mr X” Winton, Terry Richardson e Richie Collins. Terry Fitzgerald, Nathan “Noodles” Webster e Simon Anderson. Robbie Bain, Fabio Gouveia, Daniel Friedman, Cheyne Horan, Peter Townend, Shea Lopez e Barton Lynch. Ian “Ratso” Buchanan, Victor Ribas, Kaipo Jaquias, Jake Paterson e Tom Curren.

 

Primeira fase categoria Master

 

1 Barton Lynch (Aus), Rob Bain (Aus), Flavio Padaratz (Bra) e Richard Lovett (Aus)
2 Gary Elkerton (Aus), Brad Gerlach (EUA), Richie Collins (EUA) e Guilherme Herdy (Bra)
3 Derek Ho (Haw), Victor Ribas (Bra), Kaipo Jaquias (Haw) e Jojó de Olivença (Bra)
4 Tom Curren (EUA), Jake Paterson (Aus), Shea Lopez (EUA) e Renan Rocha (Bra)
5 Mark Occhilupo (Aus), Fabio Gouveia (Bra), Marty Thomas (EUA) e Ricardo Toledo (Bra)
6 Luke Egan (Aus), Peterson Rosa (Bra), Nathan Webster (Aus) e Fábio Silva (Bra)

 

Primeira fase categoria Grand Master

 

1 Shaun Tomson (Afr), Hans Hedemann (Haw), Buzzy Kerbox (Haw), Daniel Friedman (Bra)
2 Wayne Bartholomew (Aus), Glen Winton (Aus), Peter Townend (Aus), Iain Buchanan (Nzl)
3 Michael Ho (Haw), Simon Anderson (Aus), Ian Cairns (Aus) e Lula Menezes (Bra)
4 Cheyne Horan (Aus), Terry Richardson (Aus), Terry Fitzgerald (Aus) e Zé Alla (Bra)

 

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